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sábado, 13 de novembro de 2010

Felicidade...


Um sentimento tão sublime...tão puro...tão desejado pelo ser humano, desde sempre...
...a felicidade é algo tão presente em nossas vidas, mas passa tão despercebida que, quando resolve se ausentar de fato, até se decepciona com a indiferença ilusória daqueles que já não sabem mais reconhecê-la...

Houve um tempo em que ganhar um buquê de flores, ou um aumento, ou conquistar uma garota eram festejados como um país que ganha uma guerra, como um filho nascido saudável e forte, como ganhar na loteria...

...hoje em dia, nem ganhando na loteria o ser humano se contenta, muitas vezes...

Mas...por quê? A que se deve essa distorção tão brutal do significado de um sentimento tão mágico e bonito, tão valoroso e importante para nossas existências???

Não sou comunista, socialista, capitalista ou qualquer outro alienado desse gênero (não desse gênero, pelo menos...rsrs)...

Conheço todos esses sistemas e considero os prols e contras de cada um, mas não faço preferência por algum...minha vida não gira em torno do dinheiro...dependo dele, fato...mas não dou a ele o valor que dou à felicidade....e, para mim, eles não estão necessariamente associados...mas voltando aos sistemas...rs...

...mas não se pode negar que, com a instauração do capitalismo, felicidade se tornou sinônimo de grande acúmulo de capital (em outras palavras, enriquecer). Tudo o que é bom, belo, agradável é, fatalmente, pago...e pior..."muito bem" pago...
"Bem" para o comerciante, "muito" para o consumidor...afinal, "se é tão importante para você, não está disposto a pagar o preço 'justo'?"...é a justificativa pusilânime que usam contra nós toda vez que buscamos argumentar contra o abuso do poder de posse e a supervalorização de uns pedaços de papel e metal, que vêm sido lentamente substituídos por novos pedaços, agora de plástico...

E, sejamos francos...acabamos cedendo a argumentos tão vis e venenosos em troca de estarmos com aquilo ou aqueles que amamos e queremos tanto perto de nós...

Com essa conformação, nos permitimos cada vez mais fazer parte do jogo, atuando sempre como vítimas fadadas à submissão e ao Sistema...afinal, "ele é composto por tanta gente que o apoia...que posso fazer para mudar?"...e, com isso, selamos cada veeez maaaais nosso destino enquanto "eternas vítimas do dinheiro"...a única coisa tida como importante na vida hoje...

Cada vez mais pais e parentes desejam ver os jovens formando-se médicos, advogados, engenheiros...não pela beleza e importância da profissão...mas pelo status e pelos salários exorbitantes que costumam girar em torno desses ofícios...
E o prazer em se exercer o que faz? Onde entra?
Está mais que comprovado que o profissional que exerce sua função com prazer e satisfação, realizado seja no que for, o exerce com absolutas proficiência e eficiência...enquanto a maior parte dos erros médicos, edifícios mal-calculados e bandidos à solta (e pessoas honestas presas) se devem a profissionais que escolheram a profissão pelo retorno fincanceiro previsto e acabam, na verdade, se afundando em dívidas e amargura por se sentirem (e de fato serem) incompetentes...

O que vale mais a pena? Ver seu filho feliz como malabarista de circo ou frustrado e desesperado atrás de serviço em nome de um título social? Vê-lo realizado, com sua "casinha própria de dois quartos", seu "carrinho popular" e seu "empreguinho mixuruca" ou com diploma de médico comprado, casa de três suítes em bairro nobre e carro do ano, mas todo endividado por isso, sempre estressado, de mau humor, preocupado...

O que é mais importante afinal...?

A verdadeira felicidade está em fazer tudo aquilo em que se acredita...tudo aquilo que te satisfaz, não importa como os outros interpretem...está em curtir momentos simples, como ver uma borboleta voando no meio da cidade, ver uma criança aprendendo a brincar de algo novo, ver um carro dando passagem a um idoso, ver dois amigos se abraçando com saudades no meio da rua...em descobrir o sabor de um sorvete novo, em ver uma flor brotar no meio do asfalto, em descobrir que a distância não é capaz de separar o verdadeiro sentimento de amor e bem-querer...

Que tal se redescobrissemos a felicidade? Pode ser de graça...garanto ;D

Um comentário:

  1. ameei *o*

    "a distância não é capaz de separar o verdadeiro sentimento de amor e bem-querer..."

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