
Fala galera!
Venho aqui hoje revisitar o tema
"Liberdade...", já abordado anteriormente.
Me deparei com uma situação um tanto
delicada, que eu já vivi anteriormente, e pela qual vi um dos grandes amores da minha vida, minha estimadíssima Minnie - que ganhará um post mais detalhado posteriormente ♥ -, passar recentemente:
amor à distância.
Nada contra...se você lida bem com isso, parabéns. Mas o fato é que é
raro que isso dê certo, pois o ser humano é um ser
social, cheio de
defeitos e
necessidades, que simplesmente não consegue viver
sozinho. Como já comentei em
"Liberdade...",
solidão é um tema que abordarei assim que possível, mas vamos ao que interessa.
Eu e essa grande amiga nos conhecemos pela internet a menos de um ano, na época "rolou um baita
affair" de ambas as partes, mas com o tempo, naturalmente fomos nos dando
espaço para vivermos nossas
vidas de forma
livre, pois a
distância - dentre outros diversos fatores - era um
complicador e tanto na efetividade de nossa
relação. Ambos estávamos carentes e ambos viamos - e acho que posso dizer que ainda vemos...rsrs - um no outro algo que
preenchia esse vazio que sentiamos.
Até aí, tudo bem. A questão é que algum tempo depois ela se
apaixonou perdidamente por um estrangeiro, também via internet, e até planejavam se
casar. Ele dava atenção a ela,
se importava, a queria e prometia-lhe o mundo. Era até "bonitinho" de se ver...rsrsrs
Mas aí vem a grande chave dessa postagem: ele se empolgou...e ela, com o gênio nada fácil que possui,
cansou da constante
exigência de
atenção e carinho por parte dele.
Então ela começou a se afastar da internet, evitar um
contato social virtual de modo geral e, de vez em quando, recorria secretamente a mim para
desabafar. Enfim, ela percebeu que não aguentaria viver uma
relação com uma pessoa que, entregue à
carência e ao
encanto por ela - que é, de fato, incrível -, a
controlava todo o tempo que podia.
Outro caso semelhante é de um grande amigo que tenho até hoje como um
irmão, que era baterista da minha banda, mas "encontrou o
amor da vida dele" e decidiu que era aquela a vida que realmente desejava. Cá estou eu com minha banda hoje e lá ele com a
esposa e a vida que ele construiu. Ainda nos falamos, mas é uma situação que alavanca uma série de questões.
Eu não tenho
direito, nem o
intuito, de
julgar a atitude deles aqui, mas devo apontar que esse meu amigo também conheceu sua atual
esposa pela
internet, que morava em outro estado, e era nítida a situação de
controle por ambas as partes - dele e dela.
A grande diferença entre minha amiga primeiro citada e esse amigo que citei agora é que ele
aceitava a situação de controle, não se sentia lá muito
incomodado ou
prejudicado com isso; Minha amiga não. Ela sente que nasceu para ser
livre, e que não há pessoa no mundo que ponha
rédeas em seu coração e sua vida.
Onde entro nisso? Há alguns dias ela me perguntou o que deveria fazer, pois estava
exausta mas com medo de ferir os
sentimentos dele. E eu, sensatamente baseado em tudo o que já vi e vivi, sugeri que ela buscasse a
felicidade, com ou sem ele.
O
rompimento poderia ser
doloroso, mas era
necessário para a saúde e o bem estar de ambos.
Fiz uma alusão à seguinte metáfora:
"Imagine que você foi atingida por uma flecha, ou uma bala. Se você tentar tirar lentamente, vai doer e você nunca vai conseguir executar o ato; assim, acabará deixando lá como está, uma ferida aberta esperando infeccionar e piorar. Agora, se você respirar fundo e tirar de uma vez só, a dor instantânea será um tanto maior, mas a ferida está pronta para receber tratamento e a dor cessa muito mais rápido que se o projétil permanecer dentro do ferimento. A cada movimento um pouco mais brusco, o projétil lhe causará dor, ao passo que sem ele lá, o corpo se encarrega de se curar. Com falta de sorte, lhe restará uma cicatriz dentro de algum tempo, mas a dor já terá ido embora".A que ponto o ser humano é capaz de
dominar ou se deixar
dominar,
anular e
entregar suas vidas inteiras a outros que, muito provavelmente, não serão capazes de
cuidar de algo além de suas
próprias vidas?Novamente, não sou contra
relacionamentos - à distância ou não -, mas sou a favor da
liberdade e do
respeito à
identidade acima de qualquer coisa. E se uma relação for
doentia o suficiente para
anular uma das partes, não a vejo
digna de se manter existente.
Valorize sua liberdade, antes que seja
tarde. Costumamos
aprender a valorizar algo quando o
perdemos, mas não deve ser assim...o
ideal é que aprendamos a pesar
o que realmente importa em nossas vidas e
lutar com unhas, dentes e tudo o mais possivel, por isso.
Até a próxima! ;)