Musik

sábado, 17 de março de 2012

Cara Nova #7



E aí, gente!

Dessa vez as mudanças foram drásticas...mas eu percebi que estava na hora do DT dar uma reciclada no visual. Agora está muito mais agradável visualmente, redimensionado e com cores e formas mais sutis também.
Espero que gostem...
Ah! Como imagem temática, escolhi a aurora boreal, que simboliza para mim um fenômeno de mudança, renovação e sintonização com forças superiores...

Que boas vibrações continuem a nos acompanhar!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Sexo...


Esta postagem é muito especial. Muito mesmo.
Um assunto polêmico, mas essencial.

Se você é menor de idade (+18) ou não está familiarizado com o tema, pense melhor antes de prosseguir. Não me responsabilizo por qualquer consequência aos leitores dessa postagem, uma vez que não estou divulgando-a publicamente (estou postando, não divulgando!) e não estou insinuando ou influenciando os comportamentos de ninguém. Se tem uma coisa em que concordo com o cristianismo, é com o livre-arbítrio e cada um faça o que bem quiser com o conteúdo aqui exposto, desde que esteja disposto a arcar com as consequências disso.

Vou falar do começo de tudo, no dia em que tudo começou.
Exatamente, daqui a quinze minutos após essa postagem entrar no ar, eu estarei completando 3 setênios, um "blackjack" na idade...21 anos. Alguns de vocês leitores podem ter me imaginado mais velho, devido aos assuntos aqui tratados, mas minha idade biológica não diz muito sobre mim...assim como a de vocês...rs

Vamos ao que realmente importa: o tema de hoje, sexo!

Em termos gerais, a palavra sexo pode significar duas coisas: gênero sexual ou ato/comportamento sexual.
Quanto a gênero, temos os "tão-discriminados-sob-influência-do-machismo" Macho e Fêmea, seja entre animais e vegetais (sim, vegetais possuem sexo...os dois simultaneamente, mas possuem).
Quanto a comportamento sexual...bem...é sobre o que vou escrever agora...

Biologicamente falando, o ato sexual ocorre quando dois seres exercitam o contato e a interação entre seus órgãos genitais, originalmente com intento reprodutivo.
Num contexto mais amplo e digno de reflexão...
O ser humano (e só os golfinhos, além dele) desenvolveu em algum momento da sua evolução ao longo do tempo a noção de prazer sexual, uma sensação de êxtase e satisfação derivados da estimulação de seus orgãos genitais. Desde que a sociedade se formou, é um assunto bastante complexo e delicado, tido frequentemente por tabú e que hoje, mais do que nunca, se tornou imprescindível de ser trazido à tona.

O prazer sexual é muitas vezes aclamado como imbatível, sendo razão de incontáveis tipos de festas, crimes, manifestações artísticas e debates acalorados. Não bastasse isso, a gama de comportamentos e vivências que provêm o prazer sexual é colossal. Freud, psiquiatra e psicanalista já falecido há um tempo, postulou como eixo de sua teoria que o Homem vive em função do prazer sexual (não necessariamente genital) por utilizar suas zonas erógenas direta ou inderetamente como ferramentas para obter prazer.

Eu recomendo que, caso surja interesse em se aprofundar nesses conceitos de Freud após ler essa postagem, se procure fontes fidedignas de informação, como conversar com um psicanalista efetivamente, ou buscar suas obras. Há um autor, Juan David Nasio, que escreveu o livro Prazer de Ler Freud, que traz numa liguagem bastante simplificada - ao contrário da rigorosa linguagem científica -  os conceitos principais desse teórico.
Uma teoria um tanto controversa e mal interpretada, até hoje...

Indo ainda um pouco mais profundo no assunto, há aqueles que desenvolvem interesses um tanto...exóticos...no que diz respeito a sua vivência sexual. Há os que se interessam por pessoas do mesmo gênero, por pessoas de idades específicas, com aparências específicas, de tamanhos específicos, por animais, pessoas mortas, comportamentos agressivos/violentos (vou escrever sobre Violência x Agressividade em breve), tortura, uso de instrumentos, roupas, uniformes, imitações de cenas, comportamentos teatrais, posições que exigem certa flexibilidade, estimulação de determinadas regiões do corpo, relações com mais de uma pessoa ao mesmo tempo, relações sem penetração, relações com durações variadas, exploração dos sentidos, uso de alimentos, uso de temperatura ou objetos em determinadas temperaturas, ambientes exóticos, relações em público, relações debaixo d'água, relações virtuais, observação em vez de prática, auto-flagelo...e por aí vai...é muita coisa.

O que leva esses indivíduos a sentirem prazer diante dessas situações e comportamentos? É certo sentir prazer com algo tão extremo, dentre os supracitados? Deve-se aderir a um padrão, ou viver intensamente, por mais bizarro que seja?

Não se sabe ao certo até hoje como responder essas perguntas. Por uma questão de bom senso, aderiu-se genericamente pela livre escolha e prática sexual, desde que não se infrinja algumas regras sociais, como conservação do pudor, necrofilia, pedofilia, transgressão da integridade física a partir de determinados níveis, abuso de animais domesticados, entre outros, que são situações que podem trazer graves constrangimentos ou outros tipos de danos morais, emocionais e psicológicos a diversas pessoas.

Cada indivíduo se afina com determinadas situações e experiências, ou descobre aversão, repulsa.
O importante é, consideando-se que seja uma relação entre duas ou mais pessoas, tudo seja consentido e premeditado, para que não sejam causados danos (muitas vezes irreversíveis) em um ou mais dos participantes.

Vale lembrar também que deve-se, cada vez mais, atentar para o contágio e disseminação de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), termo auto-explicativo, acredito.
O uso de métodos preventivos, tanto de gravidez quanto de DSTs, é essencial para quem quer praticar por diversão. Nesses casos, recomenda-se o uso de "camisinhas", que a fêmea praticante faça o uso adequado de medicação anti-concepcional (devidamente acompanhada por um(a) ginecologista), bem como eventualmente o uso de outros artifícios, tais como o D.I.U. e o Diafragma. Existem cirurgias que tornam o sujeito infértil, tanto macho como fêmea, mas que só são possíveis dentro de determinados critérios variados de cultura para cultura.
Àqueles que praticarem sexo com fins reprodutivos, é sempre bom manter a restição da prática com um mesmo parceiro devidamente asseado, tanto para evitar doenças entre si, quanto para evitar as que podem ser eventualmente transmitidas ao bebê.

Enfim...é um assunto extenso, complexo e delicado, como já mencionado, e para entrar em questões mais específicas, como aborto, homoafetividade, transgênero e outras, serão necessárias futuras postagens.

Essa aqui é apenas uma introdução ao tema, que já devia ser tratado com menos preconceito e represálias há muito tempo, mas dentro de uma sociedade como a em que vivemos hoje, pautada em morais político-religiosas e repleta de pessoas que perderam seu senso crítico e banalizam qualquer assunto, independente de sua magnitude, fica sempre complicado se expressar e trazer determinados conteúdos à tona sem ser rechassado, apontado, condenado etc.

Que venham as pedras, pois o Diário está aqui para isso mesmo: causar! provocar! instigar!

E...falando em instigar...essa postagem foi em mim instigada por uma pessoa um tanto...intensa...que apareceu na minha vida.
O DT é famoso por homenagear em algumas de suas postagens certas pessoas que conheço e me chamam a atenção, mas essa aqui é certamente especial:

(foto escolhida pelo grandioso Fabrizzio Hanoi, irmão de coração)

Obrigado por confiar em mim, ser digna da minha confiança em você e me permitir abrir horizontes e explorá-los como se não houvesse amanhã! [Sem nomes, dessa vez. Ela sabe que é para ela ;)]

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Solidão...


Salve salve, meus caros leitores!

Depois de æons desaparecido, ressurjo com um tema no mínimo conveniente: Solidão.
Para ilustrar essa postagem, trago uma bela modelo que é também uma pessoa encantadora, quem admirei de longe por muito tempo, e admiro ainda mais agora com o contato estabelecido. Obrigado pela concessão de sua apreciada imagem, Dê. ;D

Bom...vamos lá...
Solidão é algo engraçado, ao mesmo tempo intrigante.
Entende-se por solidão quando uma pessoa se isola ou é isolada da presença e da companhia de qualquer outro ser vivo, ficando impedida de interação social e sofrendo as consequências dessa condição.

Agora...o que mais chama a atenção no que diz respeito à solidão é que...ela é impossível a longo prazo. Nenhum ser vivo consegue ficar isolado de interação social por muito tempo sem apresentar danos no modo de vida, comportamentos estereotipados e, no caso de seres humanos, alterações cognitivas, conhecidas vulgarmente por loucura.

Talvez a melhor explicação para isso seja a dificuldade em ter que lidar consigo mesmo, conhecendo seus defeitos, virtudes, vícios e afins. É como o silencio (sobre o qual pretendo escrever em breve)...nos primeiros instantes é suportável, até vista com banalidade...mas quando a solidão se prolonga, começa a se manifestar uma espécie de incômodo interior, uma estranha falta de algo...começa-se então a "falar sozinho", criar companhias imaginárias e recriar o mundo ao redor, adaptando-o para uma nova forma de vivência sócio-individual.
Uma situação clássica é a do filme Náufrago, em que o protagonista sobrevive à queda de seu avião no meio do mar, consegue ir para uma ilha deserta com algumas das mercadorias nele contidas e faz de uma bola de vôlei seu melhor amigo. A cena mais marcante do filme é quando ele consegue construir uma jangada para deixar a ilha e no meio do caminho, a bola cai no mar e ele fica desesperado para tentar "salvá-la", uma vez que havia lhe atribuido uma identidade.

Essa é a provavel razão de existirem as celas chamadas "solitárias" para os encarcerados que infringem regras (ou que estão severamente ameaçados, em casos mais raros) dentro de uma penitenciária. São forçados a conviver somente consigo mesmos durante dias, às vezes semanas, como forma de punição pelas infrações...
Aliás...a grande sacada por trás da construção das prisões é o isolamento.

Igualmente, aqueles que cometem crimes políticos são exilados, ou seja, expulsos de sua pátria, privados do contato direto com parentes, amigos, entre outros. Desde épocas remotas nossa espécie entendeu que isolar um indivíduo pode ser sutilmente torturante o suficiente para que isso possa ser usado como meio de controle.
Bem, não é essa a questão, retomemos o foco...

Considerando essa situação toda, levanto a questão: por que é tão difícil lidar com a solidão? Por que é praticamente impossível conviver consigo próprio e ninguém mais?
Teoricamente, faz mais sentido a habilidade em lidar apenas consigo mesmo do que com os outros, tão diferentes, com suas necessidades, gostos, preferências, exigências e afins.

Mas aí entra o grande detalhe que faz toda a diferença!!!
Assim como as formigas, cupins, lobos, patos e outras espécies de animais (e até alguns vegetais), o ser humano é um ser social, que depende da interação com outros de sua espécie (e até de outras, quando não possível relacionar-se com a própria espécie por alguma razão) para sobreviver, tanto pela necessidade de ajuda na execução de determinadas tarefas quanto pela própria companhia, compartilhamento de idéias, proteção mútua e outras tantas situações.

Mas é fundamental muitas vezes se isolar do contato social por algum tempo, seja para se reorganizar cognitiva e emocionalmente, seja para reavaliar conceitos, ou seja para conhecer novas pessoas, vivências e lugares. Para tanto, existem os chamados "retiros", que são casas, ranchos, fazendas e similares que se encontram em regiões afastadas dos centros urbanos, onde a pessoa pode se recolher para relaxar, repensar a vida, apreciar a natureza etc.

Solidão nem sempre é algo ruim. Basta que se aprenda a lidar com ela e aproveitar o melhor que se pode obter de sua vivência.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Duas potências #3: Caos x Ordem...


Essa postagem, como as mais recentes, tem um cunho muito especial que é, além de abordar uma questão delicada e complexa, homenagear aquela que me trouxe ao tema: Asphyxia. Não é a primeira vez que a homenageio aqui no DT, o que torna essa postagem ainda mais especial...pois é dedicada a alguém definitivamente marcante na história do Diário.

A série de postagens "Duas Potências" traz sempre um embate entre duas forças comumente tidas por opostas. Dessa vez, não será diferente. Muitas pessoas hoje em dia utilizam banalmente expressões como "minha vida está um caos" ou "o lugar estava um caos", sem parar para refletir que o conceito original de caos é um bocado forte para designar situações que podem bem ser classificadas como desordem, ou bagunça.

O Caos não deixa de ser um tipo de desordem, mas é a desordem em seu grau máximo, extremo!
É a absoluta ausência de lógica e razão, quando não se sabe o que esperar do próximo movimento, quando não se pode prever o que está por vir, quando não se pode estabelecer qualquer tipo de padrão.

A Ordem, por sua vez, é a mais absoluta previsibilidade, o mais tenro controle, a mais inevitável lógica. É quando tudo está onde deve estar e porque deve estar, sem que qualquer coisa ou força fuja à intenção original.

Como na lendária postagem Paralelos..., uma vida regada apenas pelo extremo do Caos perde o sentido. Tudo acontece ao mesmo tempo e simplesmente não se consegue ter paz, raciocinar com calma, saber o que fazer primeiro e como resolver os problemas e atender às demandas e cobranças que nos trazem a todo momento. Estudo, família, emprego, lazer, metas pessoais...tudo tende a ruir se permeado de Caos em tempo integral. Somos levados à tão estigmatizada "loucura".
Por outro lado,  Ordem excessiva torna a vida chata, monótona, previsível e (igualmente) sem sentido. Tendo tudo sob controle e nada com que se preocupar, não há razão para seguir em frente, pois nada será um desafio que nos propulsionará rumo à evolução pessoal. É como jogar sozinho e não ter como perder.

O ideal, sugerido recentemente na postagem Equilíbrio..., é que se tenha pitadas de arrumação e bagunça em sua vida. Organização excessiva é doentia e pode causar grandes conflitos num momento ou situação em que você seja exposto a desorganização e não for capaz ou tiver permissão para arrumar.
Desorganização excessiva é doentia e pode trazer uma série de problemas, como não encontrar documentos quando necessário, perder a hora para compromissos importantes, deixar de cumprir tarefas prioritárias por usar seu tempo com trivialidades, por exemplo.

Sem uma pitada de desordem, a vida perde a graça, mas sem o mínimo de organização, ela perde o rumo ;)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Cara Nova #6 - Sonho



Mudanças por aqui de novo!

Fim de ano, entrando em Dezembro com pé direito, pensando em todas as conquistas ao longo do ano e nas que ainda estão por vir nesse promissor 2012. Estou muito contente por ter voltado a falar com alguém especial...alguém que descobri especial desde a primeira troca de palavras. Estava com saudades, mas nossa reaproximação não dependia de mim.
Obrigado por voltar...é um pedaço da minha história que volta a estar completo! ♥

Trago a temática "Sonho"...para que nunca deixemos morrer os nossos... ;)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vício...

E aí, galera!
Essa postagem terá uma homenageada muito especial, que me mostrou um vídeo interessante e me inspirou a escrever aqui. Sempre temos conversas muito interessantes e compartilhamos de certas premissas como ninguém. Resumindo, alguém digno de se estar aqui. Freyja, essa é pra você! ♥

Bem...segue, em primeiro lugar, o link do vídeo que ela me mandou, para que vocês possam entender o contexto que me levou à presente reflexão:

"Todo vício começa com C"  (retirado desse blog).

Muito bem...vamos à minha parte do trabalho agora...

Desde que comecei a faculdade de psicologia, tenho visto e aprendido muita coisa sobre a natureza humana, principalmente no que diz respeito ao funcionamento de seu raciocínio, sua reflexão, seu julgamento e seus comportamentos (que era minha principal intenção ao iniciar o curso, muito antes de pensar nela como profissão...).

O preconceito com pessoas reféns de adições ainda é muito grande, por mais campanhas que haja, por mais conscientização que se busque fazer, por mais que se lute pela causa. Inúmeros artistas dependentes químicos, emocionais, obssessivos-compulsivos e em condições semelhantes, que passam ou passaram por essa condição de sujeitos ao vício, hoje tem fundações e projetos de recuperação de dependentes em geral, mas isso não é divulgado com tanta frequência quanto violência, politicagem e anti-cultura (que será outra postagem lançada em breve).

Um indivíduo dependente de álcool, por exemplo, é chamado de alcoólatra (que é um termo pejorativo atualmente, tendo sido substituido por alcoolista), de vagabundo, de sem vergonha, de bêbado entre outros "apelidos carinhosos", mas nunca é visto pelo lado de refém de uma condição fisiológica que se estabeleceu.
Quando ele começou a ingerir álcool, seja por farra, por status, por curiosidade ou qualquer outra razão, seu corpo sofreu um bocado até se acostumar com aquela substância algoz que lhe adentrava e consumia seu organismo lentamente. Nas primeiras experiências, o sujeito passava muito mal, regurgitando boa parte do pouco que havia consumido, por intolerância química de seu organismo àquele "corpo estranho". Mas, como um ser adaptável que é, seu organismo passou a absorver partes dessa substância após algumas tentativas e "entendeu" que é uma substância não mais estranha, mas provavelmente necessária ao organismo, devido à recorrência de sua ingestão.

LEMBRANDO QUE não estou falando de um ser consciente quando falo do organismo do indivíduo, mas de um organismo em processo de adaptação fisiológica representado por uma simulação de cognição a título ilustrativo.

Dessa forma, o organismo passa a sentir falta da nova substância em sua ausência, manifestando isso toda vez que o indivíduo se depara com uma situação conveniente, como diante da presença da substância, ou em uma situação de estresse - considerando que o consumo da substância produz efeitos em seu organismo que lhe trazem as sensações de prazer e satisfação, como o preenchimento de um vazio.

Quando se chega nesse estado, livrar-se da substância passa a ficar cada vez mais difícil...e cada vez mais...e mais...até chegar num ponto em que o indivíduo não consegue mais viver sem seu objeto de preenchimento - lembrando que usei o exemplo do álcool, mas o mesmo serve para jogos de azar (como cassino e carteado), cigarro, remédios, drogas ilegais, tais como a cocaína, a maconha, o crack, o oxi, o (agora) recente "krokodil", sexo, internet, jogos virtuais, dentre inúmeros outros aditivos - e faz de tudo para obter mais um pouco daquele prazer momentâneo que, muitas vezes, passa a ser seu esconderijo do mundo real, onde a dor, o sofrimento, a pressão, a desilução, a mentira, a cobrança e a obediência imperam.
Muitos realmente passam a acreditar que o consumo do aditivo é uma opção absolutamente válida para se desestressar, fugir dos males supracitados, compensar suas fraquezas e erros. Mero devaneio...

No fundo, a maioria sabe que a adição em questão está levando-os "para o buraco", ao fracasso, à ruina, em vez de salvá-los, ao passo que lhes torna pessoas de difícil convivência e tirando deles tudo que é de fato mais importante, como amigos, famiília, cônjuges, emprego, prazeres mais duradouros...liberdade.

Engana-se demasiadamente quem pensa que um viciado não sofre mesmo durante o consumo de seu objeto de adição. Antes, durante e depois do consumo, logo após pensar em quando consumirá de novo, a grande maioria dos aditos pensa em como já não tem forças para combater esse algoz que os arrasta irrefreavelmente para a ruína a cada "dose".

Nossa obrigação cívica e humana, enquanto sóbrios e sadios, é não somente fazer o máximo para recuperar aqueles que ainda estão dispostos a se salvar, se libertar, como prevenir contundentemente a adição de mais indivíduos, não só através de conscientização em escolas e palestras, mas conversando com nossos filhos, amigos, nos inteirando do assunto, promovendo campanhas de recuperação e batalhando para que seja mantida a saúde, não somente física, mas principalmente psicológica daqueles ao nosso redor.

Qualquer esforço é válido...e muito bem vindo ;)

PS.: Seguem os links de uma iniciativa dos irmãos Kancler/Star, que criaram um projeto de recuperação de jovens viciados através da música, assim como o baixista Nikki Sixx. São iniciativas esplêndidas e muito dignas de serem divulgadas e apoiadas. Os sites estão em inglês, mas vale muito a pena quem puder buscar alguma forma de tradução, caso não domine a língua inglesa.
Música, assim como vício, não é coisa de vagabundo!
Sem arte, o ser humano certamente não teria sobrevivido até hoje. E quando a música se torna um vício...é bem menos pior ;P

http://www.rockstarsuperstarproject.com/
http://rockstarsuperstarproject.com/forums/showthread.php?tid=28
http://covenanthousecalifornia.org/running-wild-in-the-night.html

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Equilíbrio...


Saudações pessoal...

...retorno com outra homenagem, dessa vez a uma pessoa que provavelmente nunca vai ter idéia da grandiosidade do que faz por mim...mas eu tenho...e muito do que sou e serei, é graças a ela...
Ketty, essa é pra vc...♥

Já dizia um sábio grego, conhecido por Aristóteles, que virtuoso é aquele que segue o "caminho do meio"...o equilíbrio. Imagino que todos sabemos que é um caminho impossível de se trilhar o tempo todo, considerando que somos seres naturalmente instáveis em todos os sentidos - emocional, psicológico, comportamental etc.

Minha mãe e outros sábios sempre me disseram que qualquer extremo é prejudicial...mas eu pensava: "Mesmo o extremo da bondade? da justiça? do amor???".
Pois bem...temo que terei que concordar com eles, pois andei experimentando e observando situações que me levaram a entender como um extremo, por melhor que possa parecer ser, nunca poderá ser pleno.

Aquele que pratica o extremo da bondade será subjugado pelos que vivem a maldade, plena ou parcial, e nunca será capaz de se defender ou retribuir, pois estaria fazendo mal a alguém e isso iria contra seus princípios, sendo dessa forma vítima inevitável.
Aquele que pratica o extremo da justiça pode perder pessoas queridas que cometerem falhas, pois na condição humana da qual gozamos, não somos impassíveis de errar, por mais que nos esforcemos.

...poderia isso, inclusive, caracterizar um erro? ...a busca da perfeição? Acho que já tenho uma nova postagem em vista...logo mais...

Aquele que pratica o extremo do amor, perde a razão...torna-se refém do ciúme, da possessividade, da carência...perde o juizo e comete transgressões que vão de birras a assassinatos, em nome daquilo que acreditam e que lhes consome a alma...o sentimento mais perigoso, ao meu ver. Inclusive mais que o ódio, acredito, pois o ódio é nítido, transparente...o amor ilude, se disfarça, ludibria enevoadamente...envolve, cega e domina...quando fora de controle, obviamente!

Portanto, subestimar a sabedoria dos antigos e supervalorizar nosso conhecimento irrompente contemporâneo advindo do progresso tecnológico constante é um dos maiores, se não o maior, ato de estupidez que um ser humano poderia cometer.

Mal sabiam os integrantes da Escola de Frankfurt, teóricos da filosofia que acreditavam que numa era tecnológica teríamos salas de aula repletas de gênios, que a época deles foi o auge da sabedoria humana...e que estamos caminhando para outro extremo hoje em dia: o do Eu.

Admiro e valorizo demais pessoas como a Ketty, a quem dedico essa postagem, pois foi uma pessoa que nunca vi tendendo a um extremo, qualquer que fosse...acredito inclusive que foi a pessoa mais equilibrada com quem já conversei...
Nunca a vi eufórica, deprimida (no sentido popular, não patológico), furiosa, entregue a qualquer emoção de modo a ser dominada...sempre "senhora de si", sempre no controle de suas emoções, sejam elas quais forem.

Se mais de nós fossemos como elas, ainda estaríamos nos preocupando com a possibilidade remota de uma guerra mundial...não com a terceira...