Musik

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Tempo...

Sabe...eu não gosto de comemorar aniversário...

Muitas pessoas, seguindo uma antiquíssima tradição, comemoram mais um ano de sobrevivência a esse mundo que foi transformado em algo tão podre e inexorável...

Eu prefiro remeter um pouco à filosofia de Heidegger...ou pelo menos uma parte dela...

Discordo com o que ele dizia sobre sermos simplesmente "lançados ao mundo, sem um propósito que não morrer"...

Mas acredito ser absolutamente válido lembrar que, de fato, nascemos para a morte...
Aliás...
Nascemos morrendo! E morremos a cada segundo...nossas células morrem a cada fração de segundo...para nascerem outras que "logo em seguida" (seguindo um conceito bem relativo de tempo) morrem também...assim subsequentemente...
E...olhando por essa perspecitva, juntamente com um olhar mais frio sobre a situação, não vejo vantagem em comemorar minha sobrevivência nesse "freakshow"...muito menos comemorar os dias a menos que tenho para existir num plano que "conheço" e "entendo" e minha aproximação de uma condição absolutamente incerta, inatingível e incompreensível de "existência" (ou não-existência)...

Digo...num velório pessoas choram a deixa de outras para um "além-agora", lamentando a perda de inestimaveis presenças em suas vidas...
Porque deveríamos, então, comemorar cada ciclo que nos aproxima desse "fim" tão temido e repudiado?

Deveríamos comemorar constantemente, todos os dias, a todo instante, a presença daqueles que amamos e que fazem a diferença na nossa vida...
Lembrar-me que a cada dia estou mais próximo de ser impedido de conhecer, experimentar, sentir...
Não é algo muito otimista, convenhamos...

Não que devamos nos esquecer da única certeza que podemos ter (que por enquanto é certeza...e por enquanto é a única...), mas não é a melhor forma de vêmo-la nem lembrámo-la...

A vida é algo muito complexo...mas em uma coisa eu acredito: Há 2 metas imprescindíveis que deve(ria)m ser alcançadas a qualquer custo enqunto estivermos por aqui...

Felicidade e conhecimento!

O resto...é resto...
Sempre foi...e vai continuar sendo...

São relevâncias relativas com as perspecitvas e a subjetividade de cada pessoa...
O que é importante para você pode ser(e provavelmente não é) importante para mim...
Mas...novamente...importa?

Em vez de refletir sobre idiossincrasias plásticas, como "parabéns por mais um ano de vida!", devíamos refletir sobre a possibilidade de um olhar mais realista, almejando melhor aproveitamento de nosso tempo aqui...algo como: "Sinto muito, você está um ano mais próximo do fim!...Vamos aproveitar melhor nosso tempo juntos???"

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Para refletir...

"Nunca é cedo demais quando se é mortal". Kill Ferrarezi

"A cada minuto que ficamos zangados perdemos sessenta segundos de felicidade". Thomas Overbury

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe". Oscar Wilde

"Quando alguém o abraça, não seja você o primeiro a soltar os braços". Anônimo

"O tempo é a imagem movel da eternidade imóvel". Platão

"Para muitas pesoas, a feilicidade é como uma bola: Querem-na de todo jeito e, quando a possuem, dão-lhe um chute". Mário Glaab

"Quem não pode mudar a contextura do próprio pensamento nunca será capaz de alterar a realidade". Anônimo

"Se teus esforços forem vistos com indiferença, não desanimes. O sol, ao nascer, dá um espetáculo todo especial e, no entanto, a platéia continua dormindo". Anônimo

"Que Deus me proteja dos meus amigos. Dos inimigos, cuido eu!". Voltaire

"As pessoas comuns pensam apenas como passar o tempo. Uma pessoa inteligente tenta usar o tempo". Artur Schopenhauer

"Quem mata o tempo não é assassino mas sim um suicida". Millôr Fernandes

Paralelos...

Você acredita em destino...ou acaso?
Se você tivesse que apostar na veracidade de um desses termos...qual seria?

Bem...numa aposta hipotética não há muito a se perder...
Mas...você já parou pra pensar que, na verdade, ela não é hipotética?
Você escolheu, como escolhe a cada fração de segundo, uma entre milhões de possbilidades!

A título de exemplo, você escolheu perder/gastar/investir/usar preciosos minutos de sua vida lendo esse texto, esse pensamento...poderia estar dando banho no seu cachorro, ou dormindo, ou sendo atropelado na esquina enquanto ia comprar um refrigerante para assistir Efeito Borboleta (sim, tenho uma fixação por esse filme...) com sua namorada daqui a 25 minutos...

E, independente da realidade que você escolheu (o fato é que, pelas suas escolhas, você automaticamente escolhe qual caminho quer vivenciar conscientemente...), você passa por todas elas...ao mesmo tempo.
Acredite, nesse instante você está morto. Sim, apesar de você ainda respirar, ler esse texto e duvidar da sanidade mental do autor desse pensamento, você tecnicamente já está morto.

Morreu no parto...e no parquinho, sendo atingido na cabeça por um garotinho no balanço...e na rua de casa, correndo atrás da bola e à frente do ônibus...e na escola enfrentando o "valentão", defendendo a garota que você era afim do abuso desse...e na adolescência, quando tomou chumbinho porquê a mesma garota que você defendeu mais novo agora está saindo com o popular da escola e virou a cara para você porque você tentou provar a ela que ele se drogava...e tendo traumatismo craniano na pelada de domingo...e levando uma bala perdida...enfim...

Pode até parecer dramático e exagerado...mas acontece a todo o tempo, com todos.
Se você assitiu ao filme supracitado, deve estar compreendendo onde quero chegar (se não, não sabe o que está perdendo...).
De qualquer forma...

Imagine que há realidades paralelas...melhor, deixe-me exemplificar:

Imagine que você está de frente para um caminho bifurcado. Nesse instante você se divide em dois. Cada "eu" seu vai por uma ramificação. o "1" está andando e é atropelado logo mais à frente.
O "2" continua andando, mas passa ileso pelo mesmo ponto em que "1" morre. Pouco depois desse ponto, "2" encontra outra bifurcação. Então, novamente se divide.

"2" segue reto, enquanto "3" segue pelo caminho paralelo. Pouco depois de sair do lugar, "3" é assaltado e morto. "2" segue em frente tranquilamente.
Outra bifurcação. Agora são "2" e "4".

"2" continua andando, até que tropeça e cai de cabeça numa pedra, tendo traumatismo craniano e morrendo. "4" passa por esse ponto olhando por onde anda e não tropeça, mas é atingido por uma bala perdida num tiroteio próximo. A partir daí, não há como prosseguir.

Entende-se que chegou a hora do sujeito, visto que qualquer que fosse a opção que ele tomasse, ele morreria.

Agora vamos "abrir o leque" e nos aproximarmos de onde quero chegar.
Imagine que o caminho de "1" não fosse bifurcado, mas houvessem milhões de milhões de caminhos...
Que num caminho ele fosse atropelado 1 segundo depois do que seria no caminho ao lado...
Que em outro caminho, 2 segundos depois...

Vale lembrar que até agora só mencionei morte, mas isso vale para cada atitude que tomamos ou deixamos de tomar em nossa vida.

Se você chegou até aqui, parabéns! Você tem grandes chances de viver mais que o seu "eu" que desistiu quando comecei a descrever todas as formas de morte que você já experimentou, bem como "ele"...

Prosseguindo, podemos concluir a partir dessa linha de raciocínio que não existe correção em dizer "Vivemos um destino..." ou "As coisas acontecem por acaso...".

Pode-se dizer que, assim como você está fazendo tudo ao mesmo tempo, destino e acaso ocorrem ao mesmo tempo. Paradoxal? Talvez não tanto...

O conceito de destino estabelece que há um caminho traçado a ser seguido e, independentemente do que você fizer, o resultado será o mesmo. Ponto.
O conceito de acaso define que tudo pode ser feito, num concenso de livre-arbítrio com múltiplas possibilidades de resultado, não prediziveis.

A tese que exponho apresenta as duas caraterísticas: tudo é feito a todo o tempo (acaso), mas em milhões de caminhos predefinidos (destino), existentes paralela e simultaneamente.
Visto por esse ângulo, faz sentido...ou não faz?

E agora...você acredita em destino...ou acaso?
Eu acredito nos 2...mais do que em mim mesmo...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Apresentação...

Bem, caros leitores...

Inicio aqui minhas publicações, inspirado por uma amiga (DevotchKA, obrigado pela idéia!) e um "velho" amigo (D3v14nt, muito obrigado pela influência!!!) que me mostrou um trabalho semelhante que está, inclusive, relacionado à direita da página.

Antecipo que, nesse site, postarei MINHAS opiniões e visões PESSOAIS e SUBJETIVAS acerca de assuntos não famíliares a(ou pelo menos não duradouros em) mentes de senso-comum.
Não quero com essa descrição discriminar algluém, apesar de inevitavelmente acabar por fazê-lo...mas é a forma mais clara e polida que encontrei de explicar que o conteúdo aqui disponibilizado tem por únicas intensões expressar meu ponto de vista sobre questões que às vezes pessoas me indagam e acabo por responder: "Bem...é complexo....não sei se falando você entenderia" (visto que lendo em forma de texto, a pessoa pode voltar quantas vezes quiser a leitura); e trazer àqueles mais alheios a assuntos tão importantes (ao menos, interessantes) um ponto de vista que possibilite reflexão, seguida de concordância ou discordância.
Afinal, o importante não é que pensem como eu...mas que pensem!

Sejam muito bem vindos, caros leitores!
Espero que apreciem e, se desejarem, entrem em contato comigo caso desejem aprofundamento em algum dos temas aqui expostos (se for esse o caso, me mande um e-mail com o assunto: Blog - "nome do texto").

Até as próximas postagens.