Musik

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

De volta das cinzas...



É...chegou a hora de retomar o Diário.

Anos se passaram, coisas aconteceram, aprendi e aperfeiçoei muitas coisas...eis um novo Vikki a vos escrever. Até cheguei a considerar apagar ou reescrever algumas postagens, pois já não representam o que/como penso...mas elas representam quem já fui um dia, e acho digno mantê-las como estão por ser um dos poucos registros sobre o meu passado que conservei. Não gosto de sair em fotos, não escrevo diários (de verdade), não filmo ou registro de qualquer outra forma meu cotidiano...então essas postagens acabarão por ser meu único memento.

Contudo, sendo eu um novo Vikki, considero digna uma repaginada no DT...a ideia é deixá-lo com a minha cara de agora, em sintonia com quem me tornei e somente voltarei a fazer postagens efetivas após concluir essa reforma.

Não sei se alguém ainda lê isso, ou se importa...mas recentemente criei um outro blog (secreto) onde narro umas desventuras que tenho vivido e, sendo ele secreto, somente um ou outro dos meus amigos próximos chegou a conhecê-lo - até pra me ajudar a arrumar algumas coisas e porque acompanharam boa parte da história.

Dessa forma, com essa nova visão de "leia quem tiver que ler", minhas novas postagens e abordagem aqui no DT não visarão alcançar o grande público (como sempre), mas mais que isso, serão puro reflexo de considerações minhas sobre mim em relação ao mundo, à natureza humana, à vivência de experiências e ao aprendizado de coisas novas. Vai se tornar cada vez menos "Diário Treborn" e cada vez mais "Diário Svart", por assim dizer :) hahaha

Então...é isso!
Sejam bem vindos à reconfiguração do Diário e fiquem à vontade parar entrar e sairem quando quiserem. Hora de recomeçar do zero...

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Igualdade...#2 - Celebridades

Gostaria de dedicar essa postagem a todas as "pessoas públicas" com quem tenho tentado estabelecer contato frequente há algum tempo...

O que leva uma pessoa a acreditar que o alcance e a admiração de um público as faz diferentes (além do óbvio, em se falando de diferenças) daqueles que tentam se aproximar e estabelecer uma relação além de fã-famoso? Por que tem que ser tão difícil acessar e conseguir "ganhar" essas pessoas, que são tanto quanto (ou, às vezes, até menos que) nós enquanto indivíduos, mas nas quais vemos algo que nos parece relevante, interessante, valoroso para ser alguém com quem compartilhar momentos e experiências de nossas vidas?
...por que NÓS temos que lembrá-los de que são pessoas como nós?...

Desde que a humanidade se constituiu em sociedade, com posições hierárquicas e divisão de tarefas, alguns indivíduos se deram o direito/a condição de estabelecer um ar de superioridade, uma pose de autoridade, uma presença notória e nitidamente segregadora. O problema nem é esse, afinal, funções diferentes de pessoas diferentes dentro de um grupo social, por natureza, já constituem segregação.
A questão é a segregação depreciativa. Aquela em que as diferenças entre um indivíduo e outro dão a entender (indevidamente) que um deles é mais merecedor, valoroso, importante, influente ou significativo que o outro.

Esse clichê de dizer "somos todos iguais" é, obviamente, uma frase de efeito para tentar quebrar os paradigmas preconceituosos raciais, genéricos/sexuais/sexistas, religiosos, trabalhistas e afins. Mas nada mais é que uma falácia. E, enquanto falácia, não resolve o problema.

Há de se considerar as diferenças, individualidades e idiossincrasias de cada indivíduo. Afinal, é esse papo de "somos todos iguais" que vem anulando, massificando e formatando as pessoas ao longo do tempo. O capitalismo, por natureza, já instaura a idéia de "ter" em vez de "ser"; ainda se propagando o pensamento  de "somos iguais", as pessoas têm se tornado autômatas, praticamente "ciborgues" de carne e osso, no sentido original da expressão (do inglês cyborg, abreviação para cybernetic organism - literalmente, organismo cibernético). Nos tornamos, cada vez mais, "um só". Mas não "um só" no sentido bonito do Rei Leão, onde as diferenças formam um todo belo e complexo, mas "um só" no sentido de que somos, cada vez mais, réplicas uns dos outros...corpos que se movem e sobrevivem em função de falsos ideais de gosto, de interesse, de valores, de objetivos e motivações para a vida.

Quando alguém te perguntar "qual é sua motivação de vida?", se quer saber qual é sua meta de vida. O que te move. Para que você vive?

A origem e o objetivo de nossa existência permanecem um segredo obscuro até os dias de hoje, mesmo detendo toda a tecnologia e conhecimento que produzimos e adquirimos ao longo dos não poucos séculos de existência de nossa espécie sobre a face desse planeta. Mas, como já dizia Sócrates: "Uma vida sem um objetivo não é digna de ser vivida". Passamos, então, a estabelecer "metas maiores" para alcançarmos enquanto respirarmos. Alguns queriam pisar na lua, outros compor uma obra-prima (seja musical, plástica, cênica, arquitetônica, escrita...), outros ainda fazer uma grande descoberta científica, resgatar uma nação da decadência, salvar-vidas de pessoas e/ou animais, e por aí vai.

Hoje em dia, pra que as pessoas vivem? Novela? "Bater ponto" (trabalho, pros leigos)? "Live fast, die young"? Ganhar visualizações em vídeos no YouTube???
...e aí? De que terá valido todo o investimento feito na sua pessoa até seu último suspiro? Todo o ar que você consumiu, todo alimento, água, energia, espaço ocupado...?
Parece um pensamento extremamente frio, racional e odioso, mas não é! É uma reflexão lógica!

Eu não me importaria de morrer de fome pra sustentar outro Galileu, Einstein, Mozart...pessoas que marcaram a história e foram notórias por sua contribuição para o desenvolvimento da sociedade em que vivemos hoje! Indivíduos que deixaram um legado colossal...e o que estamos fazendo com isso???

JOGANDO NO LIXO!

Façam um favor a si mesmas, celebridades vazias e irracionais...façam suas vidas valerem a pena, por favor! ;)

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Música #05 - Seigmen... (parte 1/3)



Desenterraaaaaaando a seção musical!

Mas agora que coloquei um Music Player aqui deu coragem de atualizar. Assim, tudo o que posto aqui vai tocar lá, e tudo que já toca lá (mas não postei ainda) será postado, reciprocamente.

Dessa vez venho com uma recomendação muito especial, por algumas razões:
  1. Já tinha lido a respeito, mas criei coragem pra conhecer (o que deveria ter feito bem antes, porque amei muito!) por causa da P.M., que também inspirou minha última postagem dupla (Futuro...);
  2. É uma banda Norueguesa (e tenho uma paixão misteriosa pela Noruega), que canta tanto em Norueguês quanto em Inglês. Sonoridade versátil, bem trabalhada e com letras fantásticas;
  3. Não é uma banda tão conhecida, ou divulgada pelo menos, que é a intenção de passar por aqui. Bandas já muito famosas não precisam tanto desse espaço de divulgação em blogs understream, e há tantas outras bandas excepcionáis por aí que deveriam ser conhecidas e valorizadas...acho justo buscar esse equilíbrio do jeito que posso.

Então, achei digno fazer a retomada dessa seção trazendo eles à tona! ;)
Essa postagem vai ser um pouco longa, dividida em três postagens, pois estou fazendo tradução livre da biografia da banda direto do site deles, então é como se eu estivesse trazendo pro Português as exatas palavras que eles usaram pra contar sua história. Mas vale a pena, é uma história e tanto!!! hahahaha

SEIGMEN - DÖDERLEIN


http://www.youtube.com/watch?v=sMeHf65_aIQ

"A história da Seigmen começou no Outruno de 1989. Eles eram chamados "Klisne Seigmenn" (uma referência a uma marca de doces norueguesa, "Seigmenn") na época e fizeram uma ótima impressão no primeiro Rock de Natal (Christmas Rock [EN] /Julerock [NO]) na sua pequena cidade natal de Tønsberg.

Totalmente inesperado, indecente e incompetente, mas definitivamente memoravel. Jornalistas têm frequentemente se perguntado como cinco caras da agradavel, gentil e ensolarada costa sul da Noruega poderiam projetar tanta agressão. Mas nós sabiamos. Como o goleiro do clube local de futebol (football, não soccer) Teie se injuriou e reclamou da "Mye Dritt" (muita merda), ou como dois dos filhos de taxistas locais subitamente se tornaram heróis para as crianças usando Moicanos e botas cor-de-rosa, que "batiam cabeça" logo no primeiro acorde que a Klisne Seigmenn tocou ao vivo. Eles estavam no auge do Grunge.

As roupas New Wave, o gel no cabelo, o equipamento da época do Pink Floyd e os sons impossíveis do Synthpop tinham todos se acabado. Éra "faça ou morra", e a Klisne Seigmenn pôs seus dedos compridos no que estava rolando no resto do mundo ocidental, e desavergonhadamente impuseram seu clamor. Riffs triplos de guitarras, pulos sincronizados, vocal de Death Metal e atitude Punk fizeram da Klisne Seigmenn o sonho de todo "youthclub" (grupo de jovens).

Depois de alguns anos debaixo do mar na - em breve lendária - doca Submarino em Tønsberg, a hora havia chegado. Todo mundo que já tinha pisado num pedal de distorção começou a se apresentar, o espírito-livre do Pós-Grunge reinando, e a Klisne Seigmenn abriu shows pra grandes nomes de Oslo como a Anal Babes e a Astrobuguer. Tendo vendido um todo de 45 fitas cassette da primeira demo e fazendo seu nome mais internacional, Seigmen lançou o EP Pluto pelo seu próprio selo, Ikon. Uma coleção de canções-faça-uma-pose superpotente, crua, quase clone de Punk e Metal.

Sob o título "A Revelação", a revista musical "Puls" escreveu "Eles são cinco, e fizeram um lançamento aterrorizantemente bom. Um lançamento que mostra, não um cordeiro sacrificado, mas criaturas musicais divinas que merecem louvor". Seigmen subitamente se tornou a tão aguardada esperança para o rock Norueguês. Eles eram jovens, críveis e indepententes financeiramentre, atraentes, tinham um grande baterista e um produtor sagaz. Logo que começaram a fazer turnês, a garotada se amontoou ao redor dos emergentes sutis".

[continua...]


***Discografia***

* 1992 - Pluto
* 1993 - Ameneon
* 1994 - Total
* 1995 - Metropolis
* 1996 - Metropolis - The Grandmaster Recordings (Metropolis versão em inglês)
* 1997 - Radiowaves
* 1999 - Monument (Álbum de compilação)
* 2006 - Rockefeller (Álbum ao vivo da reunião)

Fonte: Seigmen - Site Oficial [seção Biography]

♫ "Noen fortjener en god død (Et tusen lykter viser vei)"♪

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Futuro... #2


Continuação da postagem inspirada na minha muy prezada P.M., quem estive acompanhando por um tempo (tem link pra um dos blogs dela aqui, na seção Friends & Fiends) e me fascina de uma forma muito misteriosa. Não é o tipo de pessoa em que se esbarra nas esquinas da vida com frequência (quem dera fosse...o mundo seria, definitivamente, um lugar infinitamente melhor...rs).


*** pt. 2 ***

Quem é você pra mim? E quem sou para você? E somos quem somos para nós, ou para os outros, ou para todos...ou para ninguém?!
Como nos dedicamos a acreditar que as pessoas com quem nos relacionamos são quem esperamos que elas sejam, ou que elas são quem demonstram ser...e quantas vezes nos surpreendemos, nos arrependemos, nos orgulhamos e nos equivocamos com essas crenças?

Como saber se alguém é quem aparenta ser?

Bem...há diversas formas de ver isso...a maioria pautada em filosofia, psicologia, antropologia, sociologia e outros estudos voltados ao ser humano, mas...como esse não é um blog científico, pelo contrário, vou passar por um pouquinho de algumas dessas visões e por outras mais puxadas pra um senso comum, uma interpretação de cunho mais...pessoal...subjetivo...quiçá até tendencioso e suspeito...mas que seja.

Como abordado na postagem anterior, não somos capazes de ter controle sobre eventos por vir...e, igualmente, sobre as vidas com as quais as deparamos, que cruzam nossos caminhos ao longo do tempo, com as quais nos vemos obrigados, compelidos ou simplesmente favorecidos em lidar.
Cada ser humano é único, e essa singularidade pode ser paradoxal, a partir do momento em que conseguimos estabelecer padrões de comportamento, de comunicação e de identificação entre indivíduos de lugares diferentes, culturas diferentes, valores e criações diferentes e que, além de tudo isso, nunca se conheceram, sequer trocaram uma palavra, um olhar.

Como seria, então, possível estabelecer esses padrões, se cada indivíduo é único?
O fato é que não somos tão únicos quanto pode parecer. Desde seus primórdios, a humanidade (que não era tão populosa quanto hoje) começou a desenvolver padrões de comportamento diante de resultados positivos que tinham frente a experiências pelas quais se viam obrigados a passar...experiências de caça, de busca de abrigo, de necessidade de se manterem aquecidos, protegidos, enfim, vivos.
Esses comportamentos "adequados", assim digamos, foram sendo transmitidos de indivíduo para indivíduo, de geração em geração, de quem descobriu para quem passou a conhecer aprendendo. Isso, ao longo das eras, foi se modificando conforme a expansão territorial trouxe adversidades para as quais foram necessárias adaptações em alguns desses comportamentos. Povos de regiões mais frias passaram a se comportar diferente de povos das regiões mais cálidas, ainda diferentes dos povos que passaram a habitar montanhas, praias e florestas.
Com o desenvolvimento tecnológico (da roda à polvora, do fogo ao aço cirúrgico, da faca de pedra ao laser), novos comportamentos e técnicas foram sendo desenvolvidas e, igualmente, transmitidas a cada geração. Isso explicaria o padrão em pessoas distintas de várias partes do mundo.

Por outro lado, a forma como as pessoas lideram com determinados eventos diante de determinadas situações diferiram, e isso fez toda a diferença em algum momento do progresso da espécie. Povos se desenvolveram antes e/ou melhor que outros diante de escolhas que seus líderes (ou mesmo meros membros populares não-detentores de grandes poderes) tomaram. Escolhas essas por muitas vezes baseadas em suas crenças. Apostas feitas que por vezes deram certo, por vezes não.

...seja como tem sido, acabou nisso aqui. Só nos resta tomar consciência de como nossos atos, cada um deles, de cada piscada e respiração a cada grande escolha tomada, interfere no que vem pela frente...

Cara Nova #8


Saudações, meus caros (e raros) leitores e seguidores.

Admito que a interface anterior era experimental, e não agradou (nem a mim, nem a qualquer um).
Então resolvi respirar fundo e voltar a alterá-la. Essa nova interface lembra bastante a primeira que o DT usou, mas com um ar um pouco mais...moderno.
O banner que escolhi dessa vez é a representação de um conjunto de neurônios produzindo sinapses que, à um primeiro e descuidado olhar, pode se assemelhar a uma galáxia. 
Gosto de lembrar o quanto nossos encéfalos (que é o nome correto pro vulgo "cérebro") são complexos, quase um universo à parte, e acho que essa imagem representa bem isso.

Mas creio que é uma nova fase pro DT, assim como pra mim,  e está na hora de retomar a atividade.
Vou tentar bolar uns tipos de postagens novas aqui, pra tentar aumentar as possibilidades de entretenimento e, quiçá, o público em si.

Todas e quaisquer sugestões serão sempre muito bem-vindas.
Agradeço ao apoio de todos que têm me incentivado a mantê-lo e, eventualmente, me inspirado nas postagens que tenho feito. O DT não sou eu, é vocês!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Futuro...



Saudações, caro leitor!

Esse sou eu, retomando com chave de ouro esse tão amado ântro de contestações e reflexões, exaltações ao nada sobre um tudo que me intriga e/ou incomoda!
Chave essa que abre uma porta em alguns dos que vão ler o que aqui escrevo, mas que em outros efeito algum surtirá!

Eis que, alguns meses após conhecer (infelizmente apenas por meio virtual, até então) e trocar algumas palavras com uma pessoa que me fascinou desde o primeiro instante, tenho um insight como há muito não tinha. Um insight digno de trazer pra cá, publicar, oferecer ao mundo e, nele, alguém que possa fazer bom proveito...
...obrigado, P.M., pela oportunidade que, mesmo sem querer, você me proporcionou ;) Te devo mais do que imagina...rsrs

Essa postagem, na verdade, há de ser dividida em duas, pois há duas formas de abordar isso...macro e micro...geral e subjetiva (no caso, focada no ser).

*** pt. 1 ***

Não dá para ter certeza de qualquer coisa, para começo de conversa, considerando-se que a natureza do tempo, do espaço e dos fenômenos que neles ocorrem é desconhecida...não se pode ter certeza do que está por vir, ou por vezes do que já se foi, sem correr o grave risco de se equivocar, de ter as informações e considerações enviezadas por inúmeros fatores, dentre eles a própria imprevisibilidade dos conceitos supracitados.
Pode-se acreditar, apostar, crer com convicção...mas nunca (até o presente momento em que escrevo) se certificar até que ocorra.

Nós vivemos baseados na expectativa de que nossos funcionários aparecerão para trabalhar todos os dias, no mesmo horário, sem imprevistos ou situações impossibilitantes...na expectativa de que teremos energia, água, mantimentos e paramentos de higiene básica para que possamos continuar nossas vidas com um mínimo de conforto e decência...na expectativa de que podemos continuar contando com estranhos para nos prestarem serviços (assim como contam com os nossos), com amigos e família para nos amparar em nossas necessidades (sejam quais forem, desde a convivência cotidiana segura e saudavel até a superação de uma dificuldade além de nossos poderes), com profissionais que se propõe a nos prestar determinados serviços acreditando que assim o podem...enfim, esperamos muito do incerto, do obscuro, do enevoado...do futuro, seja ele próximo ou distante...

Férias no fim do ano, aniversário de 15 anos, bodas de prata, aposentadoria...quantos não deixam de alcançar por diversos tipos de motivo diferentes? Impedidos por falta de dinheiro, de tempo, de oportunidade e até de vida (literalmente...), em alguns casos.

Claro que, se não nos basearmos em nada, não tivermos nossas "apostas íntimas", nossas convicções...se não corrermos riscos, como o de errar, de perder, de falhar...nada teremos em momento algum. Mas é delicada a situação da convicção, se formos parar para pensar...o quanto arriscamos, o quanto é posto em jogo, o quanto se pode perder por uma certeza que, por mérito, não é mais que uma ilusão!
Algumas pessoas apostam alto em suas convicções e por vezes perdem rgandes quantias de dinheiro, bens, familiares, amigos, amores, saúde, tempo, vida. Terá sido bem pago? Terá de fato valido a pena?

É algo que só eles serão capazes de responder, afinal...

sábado, 17 de março de 2012

Sexo...#2 - Valores


Caros leitores...apesar de isso nunca ter acontecido no DT anteriormente, achei válido que fosse, dessa vez.
Estou escrevendo uma postagem sequencial logo após a relacionada.

Na postagem anterior, eu dei uma passada geral sobre a temática Sexo e nessa vou entrar em alguns assuntos, como tabus e inversão de valores.

Pois bem...antes de iniciar o texto propriamente dito, quero homenagear duas pessoas importantes nessa fase da minha vida com essa postagem. Andei conversando sobre isso com ambas e, por razões e circunstâncias diferentes, elas ajudaram a compor muito do que vou escrever em seguida. Obrigado Day e Giih! ♥

Valores. Eis uma palavra que, hoje em dia, possui menos significados que já possuiu um dia.
Quando se fala em "valores", hoje em dia, o primeiro (e, geralmente, único) significado que vem à cabeça é dinheiro.
Mas antigamente, na época de meus pais, avós, bisavós e seus antepassados, o primeiro significado que vinha à cabeça eram os valores morais e éticos de uma pessoa. Conduta, carater, princípios...todos esses termos remetiam à boa conduta de um sujeito.

Uma pessoa honesta, respeitadora, cordial, educada, hospitaleira e ajuizada era o que se concebia por uma pessoa de valor. E não era difícil ser assim, como é hoje em dia. As pessoas desaprenderam a desejar sinceramente bom dia, a pedir licença para passar ou falar, a ceder passagem ao próximo, a pedir com gentileza e educação algo a um vendedor ou a alguém próximo. E isso num âmbito geral, seja entre familiares, amigos, colegas de trabalho ou pessoas desconhecidas. Isso, obviamente, também influenciou num crescimento e fortalecimento massivos de comportamentos preconceituosos em geral, seja quanto a gênero/orientação sexual, cor, crença, opinião política e outras coisas (muitas vezes fúteis...).

Pretendo falar somente sobre essa mudança de valores numa postagem próxima, mas o foco dessa postagem é o reflexo dessa mudança toda no Sexo e seu já tão conturbado ambiente.

Já vi várias vezes pessoas dizerem que alguém "é sem carater por ter uma orientação sexual diferente", ou que uma garota "é vadia por transar com o cara no primeiro encontro" ou ainda que "legal mesmo é 'pegar' um monte na balada", quase como e fosse uma competição. Não que eu seja a favor do tradicionalismo, do machismo ou qualquer outro -ismo limitador e repressor, mas essas frases refletem uma maneira doentia de ver o próximo, ver um outro sujeito que está fazendo escolhas pessoais que em nada interferem na vida do acusador.

O carater de uma pessoa tem a ver com ela roubar ou não diante de uma oportunidade, de trair ou não, de se importar ou fingir se importar com algo ou alguém...e não com ela preferir compartilhar de sentimentos, carícias e outros comportamentos afetivos com uma pessoa do mesmo gênero que ela. Eis um valor que se dissolveu no tempo, trazendo um julgamento errôneo acompanhado de uma acusação injusta a uma pessoa que tem suas razões e seus motivos para fazer tal escolha. Não é uma questão puramente cognitiva, em que ela simplesmente escolhe "prefiro garotos" ou "prefiro garotas". Existe os fatores atração, desejo, tesão...sentimento de completude. Se ela não se sente tão à vontade com alguém de outro gênero quanto com alguém do mesmo, ela não tem que se moldar ao que "acham" que ela deve. Cada um sabe do que o motiva e do que o repele, do que o agrada e o que o incomoda.

Da mesma forma, é imaturo e regredido pensar que uma garota que toma a iniciativa de estabelecer contato com um possível parceiro, não somente sexual, é uma garota sem valor, que merece ser usada e descartada como papel higiênico. Por que o homem sempre deve fazer o primeiro contato e isso não faz dele uma pessoa sem valor, assim como a garota se "fazer de difícil" não a descaracteriza, igualmente?
Por que o rapaz que sai com várias garotas diferentes é um "garanhão", um cara com valor e reconhecimento social, enquanto uma garota que sai com vários rapazes diferentes é uma "piranha", uma "sem vergonha", alguém que "não presta"?

Não sou feminista. Por mais que me digam que não, o feminismo privilegia a mulher exatamente como o machismo, porém de maneira mais sutil. Tanto que feministas chegam ao ponto de me dizer que "feminismo não é enaltecimento da mulher, e sim da igualdade de sexos". Se é assim, por que não se chama unisexismo, ou igualitarismo? Só o fato de o nome do movimento remeter ao feminino, já mostra quem é privilegiado pelo ideal. Ideologias e partidos a parte, eu defendo a idéia da igualdade de sexos com bom senso.
Não faz sentido por uma mulher para carregar grandes quantias de peso, assim como por um homem para fazer trabalhos mais delicados, somente porque se prega uma "igualdade". A igualdade se faz em permitir que ambos tenham as mesmas possibilidades, mas possam fazer as escolhas que desejam!
Se uma mulher prefere ser dona de casa do que trabalhar fora, isso não faz dela alguém prejudicado por uma cultura machista. Isso faz dela uma mulher com liberdade de escolha.

Assim como não desejo os parabéns às mulheres no Dia Internacional das Mulheres, em 08 de Março, pois elas nada fazem a não ser colher os louros do que as antepassadas delas conquistaram "queimando o sutiã na praça", apanhando da polícia, sendo ridiularizadas por muito tempo enquanto lutavam para terem as mesmas oportunidades que os homens. Ainda assim, não quer dizer que elas tenham ficado plenamente satisfeitas com o resultado. Tanto que muitas mulheres ainda hoje em dia preferem ser donas de casa, ser sustentadas pelos maridos, preferem ter "vida de madame" que arregaçar as mangas e ir à luta diária no mercado de trabalho.

O valor de uma pessoa não se mostra no sexo dela, seja a prática do ato ou o gênero, mas em como ela lida com isso e no que ela é além disso.