Musik

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Duas potências #3: Caos x Ordem...


Essa postagem, como as mais recentes, tem um cunho muito especial que é, além de abordar uma questão delicada e complexa, homenagear aquela que me trouxe ao tema: Asphyxia. Não é a primeira vez que a homenageio aqui no DT, o que torna essa postagem ainda mais especial...pois é dedicada a alguém definitivamente marcante na história do Diário.

A série de postagens "Duas Potências" traz sempre um embate entre duas forças comumente tidas por opostas. Dessa vez, não será diferente. Muitas pessoas hoje em dia utilizam banalmente expressões como "minha vida está um caos" ou "o lugar estava um caos", sem parar para refletir que o conceito original de caos é um bocado forte para designar situações que podem bem ser classificadas como desordem, ou bagunça.

O Caos não deixa de ser um tipo de desordem, mas é a desordem em seu grau máximo, extremo!
É a absoluta ausência de lógica e razão, quando não se sabe o que esperar do próximo movimento, quando não se pode prever o que está por vir, quando não se pode estabelecer qualquer tipo de padrão.

A Ordem, por sua vez, é a mais absoluta previsibilidade, o mais tenro controle, a mais inevitável lógica. É quando tudo está onde deve estar e porque deve estar, sem que qualquer coisa ou força fuja à intenção original.

Como na lendária postagem Paralelos..., uma vida regada apenas pelo extremo do Caos perde o sentido. Tudo acontece ao mesmo tempo e simplesmente não se consegue ter paz, raciocinar com calma, saber o que fazer primeiro e como resolver os problemas e atender às demandas e cobranças que nos trazem a todo momento. Estudo, família, emprego, lazer, metas pessoais...tudo tende a ruir se permeado de Caos em tempo integral. Somos levados à tão estigmatizada "loucura".
Por outro lado,  Ordem excessiva torna a vida chata, monótona, previsível e (igualmente) sem sentido. Tendo tudo sob controle e nada com que se preocupar, não há razão para seguir em frente, pois nada será um desafio que nos propulsionará rumo à evolução pessoal. É como jogar sozinho e não ter como perder.

O ideal, sugerido recentemente na postagem Equilíbrio..., é que se tenha pitadas de arrumação e bagunça em sua vida. Organização excessiva é doentia e pode causar grandes conflitos num momento ou situação em que você seja exposto a desorganização e não for capaz ou tiver permissão para arrumar.
Desorganização excessiva é doentia e pode trazer uma série de problemas, como não encontrar documentos quando necessário, perder a hora para compromissos importantes, deixar de cumprir tarefas prioritárias por usar seu tempo com trivialidades, por exemplo.

Sem uma pitada de desordem, a vida perde a graça, mas sem o mínimo de organização, ela perde o rumo ;)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Cara Nova #6 - Sonho



Mudanças por aqui de novo!

Fim de ano, entrando em Dezembro com pé direito, pensando em todas as conquistas ao longo do ano e nas que ainda estão por vir nesse promissor 2012. Estou muito contente por ter voltado a falar com alguém especial...alguém que descobri especial desde a primeira troca de palavras. Estava com saudades, mas nossa reaproximação não dependia de mim.
Obrigado por voltar...é um pedaço da minha história que volta a estar completo! ♥

Trago a temática "Sonho"...para que nunca deixemos morrer os nossos... ;)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vício...

E aí, galera!
Essa postagem terá uma homenageada muito especial, que me mostrou um vídeo interessante e me inspirou a escrever aqui. Sempre temos conversas muito interessantes e compartilhamos de certas premissas como ninguém. Resumindo, alguém digno de se estar aqui. Freyja, essa é pra você! ♥

Bem...segue, em primeiro lugar, o link do vídeo que ela me mandou, para que vocês possam entender o contexto que me levou à presente reflexão:

"Todo vício começa com C"  (retirado desse blog).

Muito bem...vamos à minha parte do trabalho agora...

Desde que comecei a faculdade de psicologia, tenho visto e aprendido muita coisa sobre a natureza humana, principalmente no que diz respeito ao funcionamento de seu raciocínio, sua reflexão, seu julgamento e seus comportamentos (que era minha principal intenção ao iniciar o curso, muito antes de pensar nela como profissão...).

O preconceito com pessoas reféns de adições ainda é muito grande, por mais campanhas que haja, por mais conscientização que se busque fazer, por mais que se lute pela causa. Inúmeros artistas dependentes químicos, emocionais, obssessivos-compulsivos e em condições semelhantes, que passam ou passaram por essa condição de sujeitos ao vício, hoje tem fundações e projetos de recuperação de dependentes em geral, mas isso não é divulgado com tanta frequência quanto violência, politicagem e anti-cultura (que será outra postagem lançada em breve).

Um indivíduo dependente de álcool, por exemplo, é chamado de alcoólatra (que é um termo pejorativo atualmente, tendo sido substituido por alcoolista), de vagabundo, de sem vergonha, de bêbado entre outros "apelidos carinhosos", mas nunca é visto pelo lado de refém de uma condição fisiológica que se estabeleceu.
Quando ele começou a ingerir álcool, seja por farra, por status, por curiosidade ou qualquer outra razão, seu corpo sofreu um bocado até se acostumar com aquela substância algoz que lhe adentrava e consumia seu organismo lentamente. Nas primeiras experiências, o sujeito passava muito mal, regurgitando boa parte do pouco que havia consumido, por intolerância química de seu organismo àquele "corpo estranho". Mas, como um ser adaptável que é, seu organismo passou a absorver partes dessa substância após algumas tentativas e "entendeu" que é uma substância não mais estranha, mas provavelmente necessária ao organismo, devido à recorrência de sua ingestão.

LEMBRANDO QUE não estou falando de um ser consciente quando falo do organismo do indivíduo, mas de um organismo em processo de adaptação fisiológica representado por uma simulação de cognição a título ilustrativo.

Dessa forma, o organismo passa a sentir falta da nova substância em sua ausência, manifestando isso toda vez que o indivíduo se depara com uma situação conveniente, como diante da presença da substância, ou em uma situação de estresse - considerando que o consumo da substância produz efeitos em seu organismo que lhe trazem as sensações de prazer e satisfação, como o preenchimento de um vazio.

Quando se chega nesse estado, livrar-se da substância passa a ficar cada vez mais difícil...e cada vez mais...e mais...até chegar num ponto em que o indivíduo não consegue mais viver sem seu objeto de preenchimento - lembrando que usei o exemplo do álcool, mas o mesmo serve para jogos de azar (como cassino e carteado), cigarro, remédios, drogas ilegais, tais como a cocaína, a maconha, o crack, o oxi, o (agora) recente "krokodil", sexo, internet, jogos virtuais, dentre inúmeros outros aditivos - e faz de tudo para obter mais um pouco daquele prazer momentâneo que, muitas vezes, passa a ser seu esconderijo do mundo real, onde a dor, o sofrimento, a pressão, a desilução, a mentira, a cobrança e a obediência imperam.
Muitos realmente passam a acreditar que o consumo do aditivo é uma opção absolutamente válida para se desestressar, fugir dos males supracitados, compensar suas fraquezas e erros. Mero devaneio...

No fundo, a maioria sabe que a adição em questão está levando-os "para o buraco", ao fracasso, à ruina, em vez de salvá-los, ao passo que lhes torna pessoas de difícil convivência e tirando deles tudo que é de fato mais importante, como amigos, famiília, cônjuges, emprego, prazeres mais duradouros...liberdade.

Engana-se demasiadamente quem pensa que um viciado não sofre mesmo durante o consumo de seu objeto de adição. Antes, durante e depois do consumo, logo após pensar em quando consumirá de novo, a grande maioria dos aditos pensa em como já não tem forças para combater esse algoz que os arrasta irrefreavelmente para a ruína a cada "dose".

Nossa obrigação cívica e humana, enquanto sóbrios e sadios, é não somente fazer o máximo para recuperar aqueles que ainda estão dispostos a se salvar, se libertar, como prevenir contundentemente a adição de mais indivíduos, não só através de conscientização em escolas e palestras, mas conversando com nossos filhos, amigos, nos inteirando do assunto, promovendo campanhas de recuperação e batalhando para que seja mantida a saúde, não somente física, mas principalmente psicológica daqueles ao nosso redor.

Qualquer esforço é válido...e muito bem vindo ;)

PS.: Seguem os links de uma iniciativa dos irmãos Kancler/Star, que criaram um projeto de recuperação de jovens viciados através da música, assim como o baixista Nikki Sixx. São iniciativas esplêndidas e muito dignas de serem divulgadas e apoiadas. Os sites estão em inglês, mas vale muito a pena quem puder buscar alguma forma de tradução, caso não domine a língua inglesa.
Música, assim como vício, não é coisa de vagabundo!
Sem arte, o ser humano certamente não teria sobrevivido até hoje. E quando a música se torna um vício...é bem menos pior ;P

http://www.rockstarsuperstarproject.com/
http://rockstarsuperstarproject.com/forums/showthread.php?tid=28
http://covenanthousecalifornia.org/running-wild-in-the-night.html

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Equilíbrio...


Saudações pessoal...

...retorno com outra homenagem, dessa vez a uma pessoa que provavelmente nunca vai ter idéia da grandiosidade do que faz por mim...mas eu tenho...e muito do que sou e serei, é graças a ela...
Ketty, essa é pra vc...♥

Já dizia um sábio grego, conhecido por Aristóteles, que virtuoso é aquele que segue o "caminho do meio"...o equilíbrio. Imagino que todos sabemos que é um caminho impossível de se trilhar o tempo todo, considerando que somos seres naturalmente instáveis em todos os sentidos - emocional, psicológico, comportamental etc.

Minha mãe e outros sábios sempre me disseram que qualquer extremo é prejudicial...mas eu pensava: "Mesmo o extremo da bondade? da justiça? do amor???".
Pois bem...temo que terei que concordar com eles, pois andei experimentando e observando situações que me levaram a entender como um extremo, por melhor que possa parecer ser, nunca poderá ser pleno.

Aquele que pratica o extremo da bondade será subjugado pelos que vivem a maldade, plena ou parcial, e nunca será capaz de se defender ou retribuir, pois estaria fazendo mal a alguém e isso iria contra seus princípios, sendo dessa forma vítima inevitável.
Aquele que pratica o extremo da justiça pode perder pessoas queridas que cometerem falhas, pois na condição humana da qual gozamos, não somos impassíveis de errar, por mais que nos esforcemos.

...poderia isso, inclusive, caracterizar um erro? ...a busca da perfeição? Acho que já tenho uma nova postagem em vista...logo mais...

Aquele que pratica o extremo do amor, perde a razão...torna-se refém do ciúme, da possessividade, da carência...perde o juizo e comete transgressões que vão de birras a assassinatos, em nome daquilo que acreditam e que lhes consome a alma...o sentimento mais perigoso, ao meu ver. Inclusive mais que o ódio, acredito, pois o ódio é nítido, transparente...o amor ilude, se disfarça, ludibria enevoadamente...envolve, cega e domina...quando fora de controle, obviamente!

Portanto, subestimar a sabedoria dos antigos e supervalorizar nosso conhecimento irrompente contemporâneo advindo do progresso tecnológico constante é um dos maiores, se não o maior, ato de estupidez que um ser humano poderia cometer.

Mal sabiam os integrantes da Escola de Frankfurt, teóricos da filosofia que acreditavam que numa era tecnológica teríamos salas de aula repletas de gênios, que a época deles foi o auge da sabedoria humana...e que estamos caminhando para outro extremo hoje em dia: o do Eu.

Admiro e valorizo demais pessoas como a Ketty, a quem dedico essa postagem, pois foi uma pessoa que nunca vi tendendo a um extremo, qualquer que fosse...acredito inclusive que foi a pessoa mais equilibrada com quem já conversei...
Nunca a vi eufórica, deprimida (no sentido popular, não patológico), furiosa, entregue a qualquer emoção de modo a ser dominada...sempre "senhora de si", sempre no controle de suas emoções, sejam elas quais forem.

Se mais de nós fossemos como elas, ainda estaríamos nos preocupando com a possibilidade remota de uma guerra mundial...não com a terceira...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Duas potências #2: Arte x Ciência


E aí pessoal...essa postagem vem em homenagem a duas amadas minhas que, por alguma razão, me inspiraram a escrever esse artigo. Uma é a razão de eu ter entrado nesse assunto - minha mãe - e a outra foi quem sugeriu que eu postasse essa reflexão aqui - Lïzzie Maverïck ♥ (foto)
Agradeço a essa díade que foi tão crucial para que eu trouxesse ao DT a postagem que segue.

Para quem já leu o artigo Duas Potências #1, esse aqui é uma continuação do  embate, porém, voltado agora para o lado artístico da vida.

Ao contrário do que muitos dizem, arte não é só "algo que vem de dentro", puramente emocional.
Estava eu a estudar uns textos de Aristóteles com minha mãe e li algo muito interessnte que ele disse sobre a arte e a ciência: ambas só podem existir a partir de experimentação, e não mera experimentação ao acaso, mas experimentação consciente, tipicamente humana.
Essa seria a razão pela qual outras espécies, animais, vegetais e outras quaisquer que possam haver, não produzem arte. Porque a arte não é inata, mas sim uma construção intencional e baseada em produção e apreciação (ou depreciação, que levará à busca por aprefeiçoamento). Mera experimentação, sem propósito, nenhum resultado é capaz de gerar.

Toda forma de arte - seja ela música, fotografia, teatro, pintura, escultura, arquitetura ou qualquer entre tantas outras -, exceto em estilos como o abstrato, o surreal e o chamado "experimental" (assim denominado por caracterizar uma experiência, sem resultado esperado se não a inovação e a ousadia), segue determinados padrões que a configuram como agradável e aceitável.
Na pintura, temos a lei de contraste (muito usada na pop art) e outras regras de combinações de cores que, mesmo não sendo explícitas na maioria das vezes, são refletidas nas próprias obras. Quando você olha para um quadro que retrata um campo de folhas azul royal, flores laranjas e céu verde limão, provavelmente vai considerá-lo estranho a princípio...a não ser que já esteja acostumado e tenha aprendido a apreciar esse tipo de obra.
Na escultura, por exemplo, imagens de figuras ou seres assimétricos nos parecem "feios" num primeiro instante, pois está implícito no ser humano que a simetria reflita a verdadeira beleza. Pode-se constatar isso em diversos vasos chinêses, gregos e até na arquitetura de catedrais - como a de Notre Dame, na França - e de templos - como o Partenon, na Grécia (antes de ruir) - ou outros tipos de monumentos - como a Esfinge, no Egito.
Na música temos as escalas e os modos musicais, que orientam o músico quanto a que notas ele pode usar com base na harmonia proposta. Se um guitarrista faz um solo e toca notas fora da escala, nos soa incômodo e desagradável; ou quando se toca um acorde que não faça parte de alguma progressão harmônica esperada, também nos soa desconfortável. Letras de música totalmente desconexas ou sem rimas costumam agradar a um público muito pequeno.

Lembrando que aqui, para efeito de exemplificação, excluí até agora a liberdade de expressão artística presente no surreal, no abstrato e no experimental. Chegarei neles em seguida. 

Quando se foge a esses padrões que expus, dentre tantos outros, não conseguimos apreciar com facilidade a obra. Pelo menos, não a princípio. Há pessoas que desenvolveram seu gosto por esse tipo de fuga dos padrões e até passaram a reproduzir essas novas modalidades. O surreal, o abstrato e o experimental são estilos desafiadores, criados mais com intenção de chocar, de chamar a atenção, de intrigar, do que de, propriamente, serem apreciados. Nos dias atuais, já agregam uma quantidade considerável de admiradores e aristas reprodutores...mas ainda há uma maioria demasiado apegada à "velha escola" da arte.

A questão é que, seguindo os padrões ou buscando fugir deles, não se consegue fugir à racionalidade para compor, criar e produzir.
Não que o fator inspiracional inexista! De forma alguma...até para escrever aqui eu preciso estar inspirado o suficiente (o que explica meus sumiços æonianos, na maioria das vezes). Sem inspiração, só utilizando sua racionalidade, o artista se torna frio, superficial e apático. É necessária a fantasia e os devaneios do artista para que sua obra não se torne mero acontecimento despropositado.

Logo, são necessários tanto o fator inspiração quanto o fator reflexão para que seja "trazida à vida" uma obra de arte, e é do equilíbrio dessas duas potências - por vezes, conflitantes - que surge a maioria das obras consideradas, por grande parte do público mundial, perfeitas.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Giz...


Saudações, leitor...


Após longo período de latência, retorno às teclas quem me ajudam a transmitir os (muitas vezes absurdos) devaneios que me acometem e me levam à reflexão sobre coisas que nos passam batidas a maior parte do tempo.

Eu ia chamar essa postagem de "...Of Chalk And Men" (ou Sobre os Gizes)...mas resolvi que só "Giz..." sintetizaria o conceito...

Bem, lá vamos nós...
"O que tem em comum um ser humano e um giz?", te pergunto. E, independente do que você vai responder, eu te direi: "Muita coisa...mais do que você imagina!".

Tudo começou quando eu saia para o intervalo de uma aula de quinta-feira na faculdade e, por alguma razão, peguei um giz. Enquanto andava a admirá-lo, comecei a me perguntar "O que será que há por trás de um giz? Afinal...ele não pode ser SÓ um giz...".
"Como assim, 'só um giz'?" você me pergunta.
Bem...o que se entende por giz quando se fala de um...?

Que é um pedaço, branco ou colorido, de um composto químico aglomerado num bastonete poroso que se desgasta em forma de pó quando atritado contra uma superfície sólida e deixa um rastro de sua cor por onde for pressionado, utilizado em geral para fazer marcações ou para escrever/desenhar em lousas...resumidamente.

Tá...............e aí? É só isso?
Por que seria? E por que não?

Comecei a divagar sobre o Homem utilizando a mesma linha de raciocínio do giz...forma, cor, textura, composição e funções possíveis. Comecei com o giz branco, apenas...

Cheguei às seguintes conclusões, a princípio (estou usando o giz nas descrições como um sujeito independente a fim de torná-lo mais próximo da realidade humana para efeito de comparação...afinal, todos sabemos que nenhum giz toma atitude alguma por si próprio, apenas pode ser operado - geralmente, por nós...seres humanos):

*** O giz se desgasta conforme opera alguma função ou entra em atrito com algo. O Homem também;

*** O giz se desgasta em determinados pontos conforme um ou outro de seus lados são usados em alguma tarefa, deixando-o mais "afiado" então de um lado ou outro conforme é explorado em seus múltiplos lados. O Homem também...quanto mais explora uma potencialidade ou habilidade, mais "afiado" (como dito em gíria para experiente ou hábil) fica naquele seu lado. Alguém que se aplica à área de cálculos nunca desenhará ou cozinhará tão bem quanto calcula, a não ser que os pratique também. O tanto que ele praticar será o quão mais experiente ele passará a ser. Logo...quanto mais lados se explora, tanto do ser humano quanto de um giz, mais afiado eles ficam em todas as direções;

*** Quando um giz se quebra em algum ponto, ele mostra que, por mais polido que ele seja por fora, ele ainda é rude, irregular e áspero por dentro...não está sob seu controle, é de sua natureza. O Homem, igualmente, é polido e moldado para conviver socialmente de maneira mais saudável e proveitosa de uma forma geral...mas, ao passar por uma crise, um surto ou situação semelhante, ele revela um lado impulsivo/instintivo seu que, muitas vezes, até ele desconhece. Um lado agressivo, quase animalesco, beirando à irracionalidade...rude, áspero e irregular...escondido dentro de si;

*** Independente se usado para bem ou mal, o giz se desgasta ao executar uma tarefa e isso pode ou não valer a pena, dependendo de como é aproveitado seu resultado. O Homem, idem.

Até aqui, já tivemos algumas considerações interessantes, não?
Agora deixe-me abrir o leque quando introduzi outras cores de gizes à reflexão, dessa vez no caminho de volta para casa após o término da aula:

*** Gizes podem ter diferentes cores, mas ainda podem executar as mesmas tarefas. O Homem também;

*** Quando gizes de diferentes cores interagem, sendo usados juntos para desempenhar uma mesma função, apesar de o resultado ser basicamente o mesmo, suas condições subjetivas, representadas através dos rastros coloridos que deixam, revelam diferentes formas de interpretação de cada...visto que cada cor dará uma intenção ao resultado da tarefa. Não se entenda isso como a cor do giz, mas a de seu traço! O Homem, enquanto indivíduo, padece da mesma inevitável condição;

*** Quando dois gizes de diferentes cores são atritados um contra o outro - entendendo-se isso como uma interação social, e não simplesmente como um atrito no sentido de conflito -, deixam um no outro marcas de suas cores, como reflexo de um compartilhamento de suas subjetividades. Cada um passa a ter um pouco do outro em si, compondo um novo ser "multicor". O Homem, ao interagir socialmente, sofre a mesma condição;

*** A quantidade de cor compartilhada remanecente em um giz pode ser diferente da quantidade deixada no outro. Igualmente, uma pessoa pode receber mais influências ou se simpatizar mais com a outra do que o contrário. Novamente, a subjetividade torna-se uma variável indeterminada;

*** Quando um giz "contaminado" (não no sentido pejorativo) por outra cor desempenha uma nova tarefa, ele pode deixar escapar parte da nova cor adquirida, como resultado da influência daquela interação social em seu novo eu. Quando uma pessoa aprende ou adquire um hábito de outra, passa a refletir aquilo como sendo uma nova parte de si, não existente originalmente, mas fruto do contato entre elas.

E aí...o que me diz? Temos ou não muito que aprender com os gizes, mais do que só com os rastros que deixam? ;)

Até breve!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Cara Nova #5 - Lousa


Hey galera...sei que sumi, mas sempre volto ;P
Hoje venho propor um novo cenário para o DT, baseado numa reflexão que fiz recentemente e que apresento na postagem seguinte ;)

Como já dizia o pessoal da banda Luxúria:
"Já fiz até um testamento que não tem nada, nada, nada escrito / Já que a minha maior herança é a que eu vou levar comigo".
Ou seja...o conhecimento ;D

Enjoy it!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Poesia #003: Point Of View


Lost Into Flooding Emptiness, Another Neglected Desire Dances Enticingly Across The Hall
After Ruining Every Joyful Unshying Smile Torn Awaken,
Moving Against The Trembling Echoing Rapture Of Fate,
Pursuing Obsessive Impure Nightmares Through Oblivion's Forest,
Vanishing Into Eternity's Whisperings...

//Vikki Svart

Cara Nova #4 - Livraria


Bom pessoal...resolvi dar uma revisada no visual aqui depois de algo que me aconteceu ontem...
Quando mais novo, meus pais iam ao shopping comigo e me deixavam nas livrarias pra ver e ler os livros por lá...e saíam pra passear, fazer as coisas deles por lá, enfim...
O mais engraçado é que eu ficava tão entretido com os livros, Cd's e afins que passavam-se horas e mais horas e quando eles voltavam, para o espanto deles, lá estava eu, lendo exatamente como eles me deixaram...

Ontem fui a um shopping em São Paulo e, ao visitar suas duas livrarias, lembrei-me daquela época e me bateu uma forte nostalgia...então, em homenágem aos bons e velhos tempos, dedico o novo visual do Diário às livrarias...os melhores refúgios para pessoas como nós...afinal, se você ainda frequenta meu blog e lê meus discursos absolutamente extensos, então você definitivamente partilha dessa natureza literata tão especial... ;)

Poesia #002: Angels Never Suffer


Humans were born to suffer...

Suffer from love, suffer from hate,
Suffer from joy, suffer from sadness,
Suffer from pleasure, suffer from pain...

Suffer for everything, suffer for nothing,
Suffer for there's sunshine, suffer for there's rain,
Suffer for they're right, suffer for they're wrong...

Suffer in vain and suffer again,
Suffer for never is always forever,
Suffer for life...suffer for death...

Well...as long as angels cannot feel,
Angels never suffer, but...
...would be that an advantage at all?

//Vikki Svart

domingo, 27 de março de 2011

Morte...




Boa noite pessoal!

Bem...esse é um tema bastante complexo de se tratar, considerando-se que pode ser abordado por diversas visões religiosas, fora as visões existencialistas, fenomenológicas, ateístas, científicas dentre outras...mas darei o meu melhor pra não causar polêmica...ou não tanta...rsrsrsrs
Para uns o fim...para outros, o começo...para outros ainda, o meio...mas, afinal, o que é a morte?

É entendido por morte o processo de interrupção do funcionamento do organismo de um ser vivo, levando-o à putrefação de seu corpo após o início do estado permanente de inatividade. Resumidamente, um sono eterno, irreversível e absolutamente misterioso. Misterioso porque, até hoje, bilhões de anos após a criação desse planeta em que vivemos, milhões de anos após o surgimento da vida - no nosso contexto, de espécie humana -, milhares de anos após o ínicio dos estudos em biologia, centenas de anos após a constante revolução tecnológica...ainda não se sabe o que há "além".
A maioria das religiões propõe que somos divididos em corpo e alma, sendo a alma nossa verdadeira essência e o corpo apenas um meio de manifestação no mundo material, por diversas razões, sob diversos fatores e crenças. Os ateus e cientistas preferem não acreditar em qualquer coisa até encontrar uma explicação mais concreta, menos vaga ou surreal. A doutrina espírita, por sua vez, diz que nossos espíritos reencarnam diversas vezes até "aprendermos a lição de nossas vidas", seja ela qual for, quando então teremos direito de repousar num lar metafísico eterno - o que também se assemelha muito aos conceitos de Kharma, Dharma e Roda de Samsara do budismo.
As diversas vertentes da filosofia também têm, cada uma, sua explicação ou suposição para o fenômeno, como no existencialismo é dito que não há nada antes nem após a vida...ela é porque é e não há nada além disso que aqui vivemos, ou na fenomenologia, em que é dito que somos apenas um pequeno grão na tempestade de areia que compõe um organismo colossal, incompreensível pela nossa habilidade cognitiva limitada.

Independente disso, desde sempre é algo muito discutido e fantasiado pelo imaginário popular. Há até aqueles que criaram suas proprias formas de interagir com a morte, como aqueles que criaram as personágens imortais, que têm suas desvantagens apesar de ser algo almejado por muitos. Ou os que criaram a imortalidade de apenas uma das partes do ser (mencionei isso junto com as religiões), como zumbis desalmados ou assombrações incorpóreas.

Eu, particularmente, tenho uma visão bsatante exótica, semelhante à visão do Panteísmo. Essa doutrina diz que deus nada mais é que uma forma de energia, que se manifesta nas coisas vivas ao mesmo tempo em que paira no ar, por toda a parte. Logo, quando um ser morre, seu corpo se desintegra, servindo de alimento para outras formas de vida e a essência dela se reintegra com a essência original pairante.
Eu costumo ir um pouco além e, partilhando também um pouco da visão dos filósofos pré-socráticos Demócrito - o primeiro atomista, que afirmava que tudo é composto de uma mesma matéria que, recombinada em diferentes quantidades e disposições, cria diferentes coisas e seres - e Heráclito - que dizia que tudo está em contstante mudança -, digo que tudo é composto dessa energia divina, de um grão de areia a uma baleia, de uma cadeira de plástico a uma árvore...e tudo está em constante mudança, decomposição e rearranjo...logo, quando morremos, apenas estamos retornando à condição original de energia.

Lembrando que é uma visão MINHA!!! (...o que não quer dizer que não possa se tornar sua, se assim desejar...rs)

Mas, certamente, voltarei a escrever sobre isso...nunca termina, certo? ;)

segunda-feira, 7 de março de 2011

Liberdade... #2


Fala galera!

Venho aqui hoje revisitar o tema "Liberdade...", já abordado anteriormente.
Me deparei com uma situação um tanto delicada, que eu já vivi anteriormente, e pela qual vi um dos grandes amores da minha vida, minha estimadíssima Minnie - que ganhará um post mais detalhado posteriormente ♥ -, passar recentemente: amor à distância.

Nada contra...se você lida bem com isso, parabéns. Mas o fato é que é raro que isso dê certo, pois o ser humano é um ser social, cheio de defeitos e necessidades, que simplesmente não consegue viver sozinho. Como já comentei em "Liberdade...", solidão é um tema que abordarei assim que possível, mas vamos ao que interessa.

Eu e essa grande amiga nos conhecemos pela internet a menos de um ano, na época "rolou um baita affair" de ambas as partes, mas com o tempo, naturalmente fomos nos dando espaço para vivermos nossas vidas de forma livre, pois a distância - dentre outros diversos fatores - era um complicador e tanto na efetividade de nossa relação. Ambos estávamos carentes e ambos viamos - e acho que posso dizer que ainda vemos...rsrs - um no outro algo que preenchia esse vazio que sentiamos.

Até aí, tudo bem. A questão é que algum tempo depois ela se apaixonou perdidamente por um estrangeiro, também via internet, e até planejavam se casar. Ele dava atenção a ela, se importava, a queria e prometia-lhe o mundo. Era até "bonitinho" de se ver...rsrsrs
Mas aí vem a grande chave dessa postagem: ele se empolgou...e ela, com o gênio nada fácil que possui, cansou da constante exigência de atenção e carinho por parte dele.
Então ela começou a se afastar da internet, evitar um contato social virtual de modo geral e, de vez em quando, recorria secretamente a mim para desabafar. Enfim, ela percebeu que não aguentaria viver uma relação com uma pessoa que, entregue à carência e ao encanto por ela - que é, de fato, incrível -, a controlava todo o tempo que podia.

Outro caso semelhante é de um grande amigo que tenho até hoje como um irmão, que era baterista da minha banda, mas "encontrou o amor da vida dele" e decidiu que era aquela a vida que realmente desejava. Cá estou eu com minha banda hoje e lá ele com a esposa e a vida que ele construiu. Ainda nos falamos, mas é uma situação que alavanca uma série de questões.
Eu não tenho direito, nem o intuito, de julgar a atitude deles aqui, mas devo apontar que esse meu amigo também conheceu sua atual esposa pela internet, que morava em outro estado, e era nítida a situação de controle por ambas as partes - dele e dela.
A grande diferença entre minha amiga primeiro citada e esse amigo que citei agora é que ele aceitava a situação de controle, não se sentia lá muito incomodado ou prejudicado com isso; Minha amiga não. Ela sente que nasceu para ser livre, e que não há pessoa no mundo que ponha rédeas em seu coração e sua vida.

Onde entro nisso? Há alguns dias ela me perguntou o que deveria fazer, pois estava exausta mas com medo de ferir os sentimentos dele. E eu, sensatamente baseado em tudo o que já vi e vivi, sugeri que ela buscasse a felicidade, com ou sem ele.
O rompimento poderia ser doloroso, mas era necessário para a saúde e o bem estar de ambos.

Fiz uma alusão à seguinte metáfora:

"Imagine que você foi atingida por uma flecha, ou uma bala. Se você tentar tirar lentamente, vai doer e você nunca vai conseguir executar o ato; assim, acabará deixando lá como está, uma ferida aberta esperando infeccionar e piorar. Agora, se você respirar fundo e tirar de uma vez só, a dor instantânea será um tanto maior, mas a ferida está pronta para receber tratamento e a dor cessa muito mais rápido que se o projétil permanecer dentro do ferimento. A cada movimento um pouco mais brusco, o projétil lhe causará dor, ao passo que sem ele lá, o corpo se encarrega de se curar. Com falta de sorte, lhe restará uma cicatriz dentro de algum tempo, mas a dor já terá ido embora".

A que ponto o ser humano é capaz de dominar ou se deixar dominar, anular e entregar suas vidas inteiras a outros que, muito provavelmente, não serão capazes de cuidar de algo além de suas próprias vidas?
Novamente, não sou contra relacionamentos - à distância ou não -, mas sou a favor da liberdade e do respeito à identidade acima de qualquer coisa. E se uma relação for doentia o suficiente para anular uma das partes, não a vejo digna de se manter existente.

Valorize sua liberdade, antes que seja tarde. Costumamos aprender a valorizar algo quando o perdemos, mas não deve ser assim...o ideal é que aprendamos a pesar o que realmente importa em nossas vidas e lutar com unhas, dentes e tudo o mais possivel, por isso.

Até a próxima! ;)

Cara nova #3 - Chuva


E aí, caro leitor...tudo bem?
Vim mudar a cara do blog de novo...saindo um pouco da onda transcendental do Universo e de volta à atmosfera, venho com o tema Chuva, pra dar uma relaxada, uma esfriada na cabeça enquanto você lê o blog.
Minhas postagens costumam ser longas e nada como o frescor de uma boa chuva de verão pra facilitar a leitura.
A propósito...quando foi a última vez que você tomou chuva sem pressa, sem culpa, esquecendo que o mundo existe por um momento?

Te garanto, a gripe só vem se seu organismo não estiver bem nutrido e com imunidade alta, porque tomei essas chuvas 3 dias seguidos e cá estou, firme e forte!!! ;P

Boa chuva e bons dias vindouros!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Limite...


Fala gente...olha eu aqui de novo...
Creio que Fevereiro vai ser um mês até que bastante produtivo...já bati o recorde de postagens num mês e ainda têm me aparecido assuntos bastante interessantes para abordar aqui, e pretendo trazê-los todos à tona o quanto antes...

A postagem que os trago hoje me lembra da época em que eu escrevia os primeiros textos deste blog. Como eu já devo ter mencionado (ou cogitado mencionar) em alguma postagem, há um tempo que minhas postagens têm tomado outra "cara"...não possuem mais o feeling que eu exprimia no começo.

Bem...vamos ao que interessa. Hoje venho falar de algo que está mais presente em nossas vidas do que parece, do que notamos...o limite.

Como podemos definir limite? Bem...não é incomum que essa questão seja respondida mais ou menos como: "aquilo que determina até onde se pode chegar" ou "é o extremo de algo, alguém, algum lugar...depois do que nada existe".
Mas...será que existe realmente esse dito "limite"? Não será isso apenas uma convenção que traz certas facilidades a um determinado grupo de interesse?

Eu vejo que os limites nada mais são que figurações que ajudam na organização de um meio, não impondo, mas orientando até onde é seguro ir, até o que é sensato fazer, até quando é saudável persistir em algo. Não existem por si só...não existe limitação, gente! O limite de qualquer coisa é pura ilusão!

Quando um barco some no horizonte, ele não deixa de existir! Apenas está além do alcance de nossa visão. Nesse exato momento em que ele "deixa de existir" para nós, ele "passa a existir" para alguém que não conseguia vê-lo antes. Esse limite é superado por aquele que está no barco, pois ele não nota diferença alguma em sua condição de visto/não-visto, ao passo que ele passa pela mesma limitação visual ao observar o ambiente ao seu redor, que muda, sumindo e surgindo à sua visão conforme se locomove.
Quando alguém infringe uma lei, é dito que ele "ultrapassou" o limite. Mas que limite? Não há limite algum pois, se houvesse, ele não o poderia transpor - visto que é um extremo e não se pode ultrapassar um extremo!
O que ocorre de fato é que ele cometeu um ato e vai sofrer a consequência dele.
Se um motorista se locomove a cinquenta quilômetos por hora em uma autopista que impõe um "limite" de sessenta, nada lhe ocorrerá de extraordinário. Se ele decidir se locomover a oitenta nessa mesma autopista e for flagrado, será multado, talvez seu veículo seja apreendido...mas isso é apenas uma consequência para um ato que ele tomou. Não podemos dizer que é um limite, tanto que ele conseguiu chegar aos oitenta e poderia ter alcançado até mais se desejasse...

E...nesse ponto...considerando que o limite seja uma farsa, uma mera ilusão...não poderá o ser humano voar? A Terra girar no sentido inverso? A "barreira" do tempo ser transposta à nossa livre vontade?
Até onde essas limitações realmente existem...ou nós acreditamos tão cegamente nisso que não conseguimos enxergar a coisa como ela é?

Certa vez minha mãe me contou uma história sobre um elefante que ainda bebê foi levado a um circo e tinha uma de suas patas traseiras acorrentada. Por mais que ele tentasse, não conseguia fugir, pois não era forte o suficiente para sobrepujar a corrente. Até que ele desistiu e se conformou com sua condição. Mesmo depois de adulto, com força colossal, ele não ousava tentar escapar daquela única - e agora ínfima, em comparação a seu corpo de elefante adulto - corrente que atava uma de suas patas traseiras. Ele poderia facilmente escapar, se assim desejasse. Mas ele já estava tão acomodado em sua condição de refém que não fazia sentido para ele tentar se rebelar...

Eis algo para se pensar...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Música #04 - The Alan Parsons Project


Bom gente, ainda aproveitando a onda artística do site, logo após um poema escrito por mim (coisa que há muuuuito tempo não faço...rs), trago mais uma recomendação musical.
Essa é pra quem curte um som mais light...tendendo ao progressivo do Pink Floyd, mas não tão inovador...a intenção da sonoridade é diferente. O segredo dos caras do The Alan Parsons Project está nas letras, nos jogos de instrumentos e efeitos que eles usam. Os instrumentais, por exemplo, são totalmente expresivos, do tipo que não dá nem pra imaginar uma letra neles pra que eles façam sentido...não há essa necessidade! ;P

Vou recomendar abaixo uma das minhas canções preferidas deles...aquela pela qual os conheci. Aquela com um significado muito especial pra mim.

THE ALAN PARSONS PROJECT - EYE IN THE SKY

http://www.youtube.com/watch?v=bMAGwMAXTpU

The Alan Parsons Project é um grupo de rock progressivo inglês formado nos fins dos anos 70, início dos anos 80 e foi fundado por Alan Parsons e Eric Woolfson.
Muitos dos seus títulos, especialmente os primeiros, partilham traços comuns com "The Dark Side of the Moon", do Pink Floyd - talvez influenciado pela participação de Alan Parsons como engenheiro de som na produção deste álbum em 1973. Eram álbuns conceituais que começavam com uma introdução instrumental esvanecendo-se na primeira canção, uma peça instrumental no meio do segundo lado do LP e terminavam com uma canção calma, melancólica e poderosa. (No entanto, a introdução instrumental só foi realizada até 1980 - a partir desse ano, nenhum álbum exceto "Eye In The Sky" possuiu uma.)
O grupo era bastante incomum na continuidade dos seus membros. Em particular, as vocalizações principais pareciam alternar entre Woolfson (principalmente nas canções lentas e melancólicas) e uma grande variedade de vocalistas convidados escolhidos devido às suas características para interpretar determinado tema.
Mesmo assim, muitos sentem que o verdadeiro cerne do "Projeto" consistia exclusivamente em Alan Parsons e Eric Woolfson. Eric Woolfson era um advogado por profissão, mas também uma compositor clássico treinado e pianista. Alan Parsons era um produtor musical de grande sucesso. Ambos trabalharam juntos para conceber canções notáveis e com uma fidelidade impecável.
Andrew Powell (compositor e organizador de música de orquestra durante a vida do projeto), Ian Bairnson (guitarrista) e Richard Cottle (sintetizador e saxofonista) também tornaram-se partes integrais do som do projeto. Powell é também creditado por ter composto uma banda sonora ao estilo do projeto para o filme Feitiço de Áquila (Ladyhawke em inglês), de Richard Donner.

***Discografia***
* 1975 - Tales of Mystery and Imagination
* 1977 - I Robot
* 1978 - Pyramid
* 1979 - Eve
* 1980 - The Turn of a Friendly Card
* 1982 - Eye in the Sky
* 1983 - Ammonia Avenue
* 1984 - Vulture Culture
* 1985 - Stereotomy
* 1987 - Gaudi
* 1990 - Freudiana
* 1993 - Try Anything Once
* 1996 - On Air
* 1999 - The Time Machine
* 2004 - A Valid Path

Após estes álbums, Parsons lançou outros títulos sob o seu nome, enquanto que Woolfson fez um último álbum conceptual chamado Freudiana (acerca do trabalho de Sigmund Freud na Psicologia).
Embora a versão de estúdio de Freudiana tenha sido produzida por Alan Parsons, foi principalmente de Eric Woolfson a ideia de convertê-lo num musical. Isso acabou levando à separação dos dois artistas. Enquanto Alan Parsons seguiu uma carreira solo (levando muitos membros do Projeto para a estrada, pela primeira vez numa tournée mundial de sucesso), Eric Woolfson foi produzir musicais influenciados pela música do "Projeto". Freudiana e Gambler foram dois musicais que continham êxitos da banda como "Eye in the Sky", "Time", "Inside Looking Out" e "Limelight".

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Alan_Parsons_Project

♫ "And I don't need to see anymore to know that I can read your mind (looking at you...)"♪

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Poesia #001: Asphyxia


Juliet and Romeo, such a mistake...
Anyone knows what poison makes
.
Quill goes dancing over sheet

Unaware, making it bleed.

Every time I read those lines

Luxury gives in to crime.

Irreversible fate to them,

No one knows how it could end

Even if the pretty is...


...its end like it is, at all.

//Vikki Svart

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Duas Potências #1 - Razão x Emoção


Olá gente...essa é mais uma das minhas postagens épicas, com conteúdo altamente filosófico e complexo. Portanto, já fica avisado de antemão que a leitura pode se tornar um pouco cansativa...
Nessa postagem, venho abordar uma idéia que ainda está em construção e, caso não entre em contradição ou algo do gênero, pode vir a se tornar uma teoria.
Então...mãos à obra, vamos lá...

Nesses últimos dias, andei conversando com minha mãe - que é filósofa - sobre Nietzsche e uns outros filósofos, sobre seus pontos de vista sobre o ser humano e comparando com a visão psicológica sobre este...

...sim, faço faculdade de psicologia, mas evito ao extremo o uso de "psicologismos". Ainda mais quando posto algo aqui. Como eu já disse no tópico de apresentação, as visões aqui expostas são inteiramente minhas e sem base científica alguma para que sejam consideradas pesquisa ou palavras de um cientista. Talvez, um pensador...

...e comentamos um ponto muito interessante, que é o "do que move o ser humano", o que o leva a fazer escolhas, a direcionar sua vida. Não nos prolongamos nesse assunto, que rapidamente fluiu para outras direções, mas anotei em um pequeno rascunho que gostaria de discorrer a respeito disso mais tarde. E o faço aqui e agora.

Pelo que tenho observado, como já fizeram diversos filósofos e outros estudiosos, o ser humano pode ser descrito como movido, basicamente por duas potências arrebatadoras contidas em seu interior: a emoção e a razão. Sempre que pende para um dos extremos, o sujeito pode cometer milagres ou atrocidades.

Por exemplo, uma pessoa que se joga na frente de um trem ou ônibus para salvar uma criança que tenha tropeçado em seu caminho está sendo movida totalmente pela emoção e por seu lado instintivo. Se ela se utilizasse da razão, jamais arriscaria sua vida para salvar outra. Por outro lado, quando alguém se mantém imóvel ao perceber que uma aranha ou cobra extremamente venenosa anda em seu corpo, até que possa retirá-la de forma segura, está se utilizando muito sensatamente da razão. Se o sujeito se deixar levar por seu lado emocional em momentos como esse e se desesperar, o animal pode sentir sua inquietude a dar-lhe um bote desnecessário, estando o animal possivelmente com mais medo do que o próprio sujeito.
É impossível que uma pessoa se deixe governar total e plenamente por apenas uma das duas potências, afinal, em algum momento de nossas vidas devemos nos dedicar emocionalmente ou racionalmente a alguma atividade, situação, atitude, escolha ou o que quer que seja ao menos uma vez.

Quando alguém se deixa levar a maior parte do tempo pela emoção, tende a viver mais intensamente. Suas alegrias são euforias e suas tristezas são desgraças. Extremamente instáveis, cativáveis e até suscetíveis à má-fé de outras pessoas, se deixam direcionar levadas por uma espécie de instinto, que não se importa com consequências desde que se sinta à vontade com o sentimento que aquela atitude ou escolha gera.
Quando alguém escolhe ver o mundo por um olhar mais racional, não se apega a situações dramáticas ou que podem iludir abalando a emoção. Em compensação, constantemente se sentem vazias e não vêem razão para viver diante dessa angústia súbita.

Há vários momentos em que essas duas potências entram em conflito diante de situações críticas, extremamente delicadas e com possíveis resultados impactantes. Situações essas que resultam nos supracitados milagres ou catástrofes.
Em situações como essas, devemos optar por deixar-nos levar pelo impulso emocional, que muitas vezes pode ser arriscado - até autodestrutivo -, ou pela razão, que frequentemente traz amargos preços a se pagar quando não é a melhor escolha.

Mas para que uma dessas potências assuma o controle e se manifeste através de nós, é necessária uma terceira potência; potência essa que não age, mas apenas intermedia o embate titânico das outras duas: o juízo.

É através do juízo, aquele famoso que nossas mães nos cobram sempre que estamos para sair de casa ou diante de uma situação delicada, que avaliamos se é melhor que a emoção ou a razão disponham sua aura sobre uma ou outra...todas nossas ações. E, igualmente, através do juízo podemos (teoricamente) chegar ao ideal final: o equilíbrio.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Luxo...


Gente...eu tenho adiado, adiado, adiado essa postagem (juntamente com umas outras que devo postar muito em breve...)........mas chega uma hora em que bate aquele sentimento que é hora de fazer algo a respeito.

Eu ando pelas ruas de minha cidade...uma cidade-dormitório/universitária...pacata até...sem muitas opções de lazer ou cultura...até aí, tolerável.
Mas...cada vez mais, tenho visto despontando no meio da "massa", do "gado humano" um sujeito ou outro que não condiz com a realidade do ambiente. De destaca no meio de uma multidão de pessoas simples um ou outro usando correntes de ouro ou prata no pescoço, anéis e relógios caríssimos, pares de tênis que custam mais que um celular novo e celulares que custam quase o preço de um computador novo...prefiro não mencionar os computador que um sujeito desse deve possuir. Desde sempre eu tinha uma enorme curiosidade sobre o "valor do ouro"...eu achava outros metais tão mais bonitos, ou úteis...até que um dia perguntei a um professor de química que raios tinha o tal ouro...e ele me contou que é um metal extremamente valioso por ser bastante maleável, bom conduor de calor, de eletricidade e possuir umas outras propriedades físico-químicas formidáveis. E nessa hora pensei: "Se é um metal tão importante, porque o disperdiçam transformando em pequenas peças sendo usadas como simples adornos por meia dúzia de pessoas que não vão aproveitar suas propriedades devidamente???"

Tudo bem que, quando alguém "se mata" de trabalhar pra conquistar uma vida mais confortável, até damos um desconto no começo...afinal, no começo tudo é empolgação. Experimentar usar e possuir coisas que nunca se imaginou acessíveis antes faz parte da natureza curiosa do ser humano...
...o grande problema está em quando isso sobe à cabeça e essas coisas passam a ter valor.

Eu exerço autonomamente a profissão de professor particular quando conveniente e certa vez fui lecionar para um aluno que morava em um condomínio de luxo isolado no meu município. A sensação que tive quando lá dentro é quase indescritível. Foi uma mistura de repulsa com vergonha e indignação, mais outros sentimentos afins que não convém descrever nesse momento.
Enquanto a maioria das pessoas que ali entra se admira ao vislumbrar o asfalto lisinho, com a pintura perfeita, lagos artificiais, mansões, serviço exemplar de guarda e sinalização...eu senti.......nojo. Acho que essa é a melhor palavra de que posso me utilizar nesse momento pra sintetizar o que senti...nojo.
Eu penso em situações como as catástrofes de enchentes que têm acontecido, por exemplo, inclusive em minha cidade...milhares de pessoas desabrigadas, passando fome, dor, sede, sono, doentes...e logo em seguida penso nos poucos que conheci que habitam lugares como esse. Eles são tão vazios...os valores deles são tão ególatras e superficiais...
Eu poderia apostar que há moradores daquele lugar que contribuíram com o serviço humanitário voluntário prestado às vitimas da miséria...mas de lá onde estão. De longe. Mandando algumas quantias em dinheiro, comprando algumas cestas básicas e enviando às áreas atingidas.

Você pode dizer: "Mas eles estão tomando alguma atitude, pelo menos! Há aqueles que nem isso fazem!". Mas é aí que eu entro com minha revolta fundamentada: "Eles poderiam fazer muito mais! Nós, pessoas de camadas econômicas inferiores às deles, com os poucos recursos de que dispomos, fazemos isso. Eles que podem muito mais fazem a mesma coisa...digo, no mesmo grau, mesma quantidade...às vezes até menos??? E eles estão certos??? Eles se abrigam em lugares isolados com seus carros que custaram seis dígitos, com o melhor do conforto e facilidades, acreditando que estão "se protegendo" do mundo aqui fora...e está tudo bem?".

Fico imaginando como os filhos desses caras vão sobreviver quando catástrofes maiores atingirem nossa região e dinheiro não puder fazer muita coisa na situação emergencial.
É triste dizer...mas um garoto criado na favela, aprendendo a correr em meio a tiroteio pra chegar com o leite em casa está muito melhor preparado para as adversidades da vida do que um garoto nascido "em berço de ouro" que estala os dedos e o leite chega de helicóptero.

Não estou dizendo que eles devem abandonar seu conforto, muitas vezes conquistado a duras custas, pra se juntar à miséria daqueles que nada tem e igualmente nada fazem para ter.
Mas, justamente por saberem que estão em melhor condição, deviam ter a consciência de auxiliar na promoção de recursos que permitam "àqueles que estão abaixo" maiores possibilidades de evolução, conscientização e estruturação...
Tudo bem que nem todos que estão em condições miseráveis estão dispostos a estudar, trabalhar, se desenvolver....enfim, lutar pra sair dessa condição...mas há os que pagariam qualquer que fosse o preço para ter essa oportunidade...e é neles que penso quando vejo esse tipo de situação. Vejo garotos nascidos em favelas tornando-se instrumentistas de orquestra, atores, diplomatas...e veja de onde eles saíram! Só chegaram lá porque alguém apostou neles...e acertou.

Aos abastados, que se dizem cultos, inteligentes e superiores em diversas condições...fica a expressão de minha indignação com atitudes tão estúpidas e simplistas, que só colaborarão para a generalização da catástrofe...porque, se eles pensam que a desgraça não entra pelas portas do condomínio, eles esquecem que eles não podem passar o resto de suas vidas lá dentro...ou seus filhos...netos...e assim por diante...

A hora chega...isso é fato. E é inevitável. ;)

Insegurança...


A postagem de hoje é uma homenagem pra uma uma amiga recente, mas que me lembra muito do que já vivi e sofri devido a esse grande mal que acomete mais gente do que se imagina...a insegurança.

Pode ser que essa postagem fique um pouco parecida com Medo..., mas o propósito e o intento são diferentes.

Não me lembro de quantas oportunidades fantásticas e únicas perdi por não acreditar que era capaz, que merecia, que deveria...mas sei que foram muitas. Muitas mesmo.
Causas ganhas...garotas certas, vagas ainda mais certas, seja em escolas ou empresas...oportunidades de conhecer pessoas, lugares, realidades, valores, enfim...de experimentar e evoluir...

...mas é como se uma repulsa irracional pelo incerto nos dominasse e nos paralizasse no exato momento em que tentassemos nos manifestar...fazer algo a respeito.
O problema é que, se você ficar parado, "o bonde passa e você fica"...rs. E pode ter a certeza de que alguém que decidiu se mexer vai sentar no seu assento (ou aquele que era pra ser o seu...).

Como resolver isso?

Fechando os olhos e pulando. Um pássaro novo nunca vai ter certeza de que já é capaz de voar se não pular da árvore. E vai continuar o resto de sua existência defninhando no ninho...com fome, sede, medo do mundo...e nunca vai conhecer o céu imenso e profundo...presente esse que lhe foi dado por quem lhe criou com asas.
O preço que ele tem que pagar por esse presente é só um: arriscar. Pular. Voar.

Nem sempre você vai alcançar o que busca...nem sempre estará pronto para receber, possuir, chegar ao destino...mas você só descobre tentando.

A angústia que te toma por insegurança é irracional. Você não é. E só depende de você fazer ou deixar de fazer o que tem que ser feito. E não se esqueça...se você não fizer por você, ninguém fará...se não por sí próprio...

Fica essa postagem com um ar bem diferente do que costumo usar. Até porque, essa não é uma postagem como as outras, existente pela mesma razão das outras...

Naah...vai atrás do que é seu, mulher! ;)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Cara nova #2 - Universo


Oi gente...mudando o visu de novo...
O incêndio era muito forte, cansava a vista rápido...
...então optei por um tema mais afável...mais confortavel ao olhar...=)

Esses dias andei vendo umas imagens da Terra, de outros planetas, galáxias, sóis...tudo tão incrível, tão magnânimo...nos faz refletir sobre o quanto tudo é tão pequeno, tão miserável e ao mesmo tempo tão incrível...

...nos faz dar valor ao pequeno...já que ele não só pode, como muda o grande!
E...........é isso aí.....rsrsrs

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Liberdade...


Venho hoje escrever isso, caros leitores, por estar um tanto confuso e incomodado...a ambiguidade das leis morais humanas me atordoa e desnorteia...e isso me deixa absolutamente inconformado.

Nesse texto em especial, gostaria que vocês dessem o máximo de si numa reflexão muito importante: como funciona a liberdade?

Quero dizer...nós é dito que somos livres para fazer muitas coisas (Não tudo! Mas muitas coisas...) - o tal "livre-arbítrio" - mas...será que realmente somos? E por que não somos livres para fazer tudo?

A liberdade é inerente e imprescindível ao ser humano. Tanto que, como forma de puní-lo quando transgride alguma lei, é logo retirado da convivência social e recluso em algum lugar onde tem o mínimo de contato com outras pessoas - geralmente, o único contato social que tem nos cárceres é com outros transgressores da ordem pública e com seus mantenedores carcereiros. Com alguma sorte, podem ser visitados, dentro de algumas condições, por alguns entes familiares. E vou além quando esse denominado "criminoso" decide transgredir a ordem própria do cárcere onde se encontra e recebe a punição tida como a mais severa (depois da pena de morte): a solitária.
Para quem ainda não conhece, a solitária é uma cela de pouco mais de um metro quadrado, selada por fora, sem luz ou qualquer outro recurso que proporcione um mínimo de condição "saudavel" para o indivíduo que nela é aprisionado. Ele continua recebendo suas refeições diárias, quando tem sorte. Costuma ficar lá por uma semana...às vezes duas...depende da gravidade de sua infração.

Agora diga-me, caro leitor...você consegue se imaginar trancado sozinho dentro de um minúsculo quarto escuro, por tempo determinado pela vontade de outro (que "tem liberdade" - dentro de certos limites - de determinar esse tempo), sem qualquer possibilidade de reação ou manifestação? Entende agora porque tirar a liberdade de um ser humano pode ser a punição mais cruel - ouso afirmar que até mais cruel que a morte, a qual poderia libertá-lo do sofrimento do mundo material - ?

Ok...voltemos ao ponto que quero expor aqui. Vivemos numa sociedade - que nada mais é que um grupo de seres que convive se ajudando e se submetendo a determinadas regras para que haja ordem e progresso (isso é familiar? ;D) - e, se quisermos continuar a ter acesso aos frutos produzidos e aos benefícios concedidos por ela, devemos seguir fielmente essas regras...sem questioná-las, geralmente.

O Brasil tem em seu passado uma época de ditadura, na qual a liberdade de expressão era crime de estado e passível de punição por torturas e, certamente, aprisionamento. Hoje em dia existe a liberdade de imprensa e de expressão...mas...quem se aventura a criticar abertamente um político ou um policial frente a frente, cara a cara, sem medo de punição?
Se temos essa preconizada liberdade, porque não podemos sair correndo nus pelas ruas, cantando e falando o que nos é conveniente, "doa a quem doer"?

Por uma simples razão: a manutenção da ordem. Se todos sairem fazendo o que querem, quando querem e como querem, tudo torna-se caos e estupros, mortes e outros atos hediondos passariam a ser naturalmente direitos. Nada demoraria para entrarmos em extinção pois, em algum momento, sobraria apenas um de nós. E ele estaria absolutamente sozinho...fator esse que, como a falta de liberdade, leva qualquer ser humano à insanidade mental.

Mas solidão é uma tema que será apresentado em breve. ;)

Então...sinta-se livre para comentar (......................................mas se não comentaaar...! ò_ó)
(Brincadeirinha ;P)

Até a próxima!

Cara Nova #1 - Incêndio Florestal


Seguinte galera...resolvi dar uma inovada na cara do blog...
Mudanças são sempre bem vindas, afinal, não se tem evolução quando se interrompe o fluxo...;)

Então, de tempos em tempos vou dar uma repaginada na aparência do blog, para que o fluxo se mantenha ininterrupto, trazendo sempre novidades para mim, você(s) e todos aqueles que estão relacionados de alguma forma ao conteúdo postado.

Resta-nos apreciar os novos visuais. ;D
Até breve!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Novo...


Olá, caro leitor!

Inicio esse ano e essa postagem com meus mais sinceros votos de felicidade, prosperidade e realizações...acompanhados, é claro, de muita reflexão e evolução pessoal! ;D
Bem..."ano novo, tudo novo"...é o que diz o ditado, pelo menos...rs

Para quem me acompanha, sabe que eu já escrevi um tópico sobre "Medo" logo que o blog surgiu...mas não venho nesse post trazer esse assunto à tona novamente...apenas...aproveitá-lo.

O ser humano tem, por natureza, medo de tudo o que é novo, inesperado, imprevisto ou semelhante. De fato, considerando que algo que nem temos idéia de que se trata está para acontecer e, assim, influenciar diversos fatores de nossas vidas...não tem como não recear!
Mas há casos em que esse "medo do desconhecido" foge ao natural e passa a ser paranóico. Isso é facilmente observável em pessoas de idade mais avançada - os idosos, velhos, antigos, anciões ou como quiser chamá-los - que viveram grande parte de sua vida de acordo com certos padrões, hábitos e convicções e, quando mal percebem, tudo aquilo pelo que passaram já não resolve ou funciona.

Por um lado, deve ser um sentimento desesperador esse de notar que tudo ao seu redor está diferente e que tudo o que você soube um dia já não serve pra nada. Com os avanços tecnológicos (um dos meus próximos temas ;P) ocorrendo mais intensa e velozmente a cada dia, muitas das tradições antigas passam a ser obsoletas por serem demasiadamente rústicas, trabalhosas ou "caras" - por mais que, na maioria dos casos, funcionem efetivamente - e são frequentemente substituídas por soluções que são frutos recentes de pesquisas constantes, que acabam sempre sendo modificadas devido a novas descobertas e adaptações. Assim, grande parte dos membros dessas gerações experientes se sentem ameaçados pela inundação de novidades frequentes e não sabem como lidar com a necessidade de absorver tantas informações com a velocidade da vida moderna.

Mas, se escolhermos ficar estagnados nas capacidades tecnológicas das quais dispomos hoje, no que isso poderia resultar?

Graças aos avanços tecnológicos, foram descobertas formas de produção de produtos muito mais viáveis quanto a tempo e custo, maneiras de conservar produtos orgânicos, curas para epidemias e doenças graves até então incuráveis, meios de comunicação em tempo real com pessoas de lugares do planeta aos quais se demorava dias, semanas para chegar, seja por carta, viagem ou outro meio. Mas...e se decidíssimos parar exatamente agora?! O que seria de tudo daqui para frente.

E nesse ano que chega? O que nos aguarda? O que descobriremos? O que aprenderemos? O que inventaremos e o que adaptaremos, melhoraremos, reinventaremos? O que passaremos a entender...ver com novos olhos?

O antigo não deve perder seu valor, de fato. Até hoje aprendemos muito com nossas experiências e, como já revelam certas pesquisas, com as de outras pessoas. Mas, por outro lado, nos apegarmos firme e irresolutamente ao que já se foi não nos levará a lugar algum que não a onde já chegamos. Igualmente, não devemos nos desgarrar de tudo o que já foi aprendido e desenvolvido até agora e nos lançarmos de peitos e braços abertos ao desconhecido, irresponsavelmente.

O ideal é, como sempre, buscarmos o equilíbrio...aproveitar o que já foi vivido para prevenir ou melhorar o que está por vir.

Um bom 2011 para você, caro leitor - cheio de novidades, de preferência! ;D