Musik

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Igualdade...


Fala moçada!

Em clima de Natal, venho novamente trazer à tona um assunto interessante e polêmico (para não perder o costume ;P)...a igualdade.

Desde 1948, temos um código mundial de respeito ao próximo, independente de sua cor de pele, gênero, religião, opção sexual, política, esportiva e lálálá...tudo isso porque "somos todos iguais".
A idéia é boa...mas traz problemas de interpretação, se for levada à risca...e, se não deve ser levada à risca, que seja adaptada para sua real intenção.
Vou mostrar o porque...

A biologia diz que o organismo humano segue padrões de funcionamento e reações químico-físio-biológicas em relação ao ambiente e diversos estímulos, por aí vai...até aí, tudo bem...não vamos ser paranóicos também de considerar as diferenças de indivíduo pra indivíduo a nível celular ou algo semelhante...mas uma coisa é fato: o igual não existe.

Já diziam antigos filósofos gregos que, por mais parecida que uma coisa seja com outra, eles nunca serão iguais pelo simples fato de não serem a mesma coisa. Dois carros fabricados por uma mesma fábrica não durarão a mesma coisa, nem terão os mesmos defeitos na mesma época, mesmo que sob a "mesma" condição de conservação (até porque essa não existe).
Se você pegar duas pedras de mesmo tamanho e formato semelhante e arremessar as duas com o mesmo braço, na mesma direção, sob a mesma velocidade de vento, tentando ao máximo reproduzir a mesma força em ambos os arremessos...enfim...elas nunca vão atingir exatamente o mesmo ponto ao cair. Isso porque elas não são a mesma, apesar de terem massa, formato, volume e outros atributos extremamente próximos. Isso porque, por mais próximos que sejam, é impossível que sejam o mesmo...por serem mais de um.

Ok...não é por isso que estou escrevendo essa postagem, mas é uma constatação valiosa.
Vamos ao que interessa...

Quando foram criados os direitos e deveres humanos, consideraram o ser humano como "igual", apesar de suas diferenças...mas ele não é.
Adultos têm deveres e direitos que crianças e idosos não têm. Homens têm deveres e condutas inaplicáveis a mulheres e vice versa. Alguns homens tem direito a benefícios que outros não tem. Uns mandam, outros obedecem e só isso já desqualifica sua igualdade. Se fossem iguais, não haveria necessidade de hierarquias, de diferentes camadas sociais, de sindicatos, ONGs e outros tantos recursos que buscar satisfazer necessidades específicas de pessoas específicas por razões específicas.
São essas necessidades específicas que nos tornam únicos e subjetivos. Podemos trazer o velho jargão "o que seria do azul se todos só gostassem de amarelo?" para fazer minha postagem ter mais sentido...mais uma contra-prova que apresenta meu ponto de vista de forma explícita, mas que passa despercebida...rs

Ninguém é igual a ninguém, pelo simples fato de que cada pessoa tem experiências únicas!
Quantos casos de gêmeos idênticos que são totalmente diferentes entre si num contexto geral não aparecem por aí o tempo todo?! Eles vêm dos mesmos pais, possuem o mesmo signo, mesma criação...tudo "igual"! E o que os leva a ser tão diferentes um do outro então?
Justamente essas características subjetivas, que resultam da forma como cada um interage com o mundo!

Agora...se entre gêmeos idênticos isso é tão comum...imagine entre pessoas absolutamente diferentes, com criações e valores diferentes?

Por isso ressalto...não é que devamos usar nossas diferenças para acusar, apontar, discriminar, desvalorizar ou qualquer coisa do gênero em relação a outras pessoas...pelo contrário, devemos absorver uns dos outros o que tem-se de melhor a ser e reproduzir...somente assim chegaríamos mais perto de poder dizer que somos quase iguais ;D

Obs.: Essa postagem também terá uma continuação em breve...aguardem ;)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Consequências...


"Tudo tem um preço".

Uma frase que a cada dia, a cada hora, a cada segundo de minha vida faz mais sentido.

Desculpe por não iniciar essa postagem cumprimentando-o como de costume, caro leitor, mas este é definitivamente um dia em que as coisas não estão seguindo o rumo que deveriam.
Não convém os detalhes do meu dia a essa postagem, mas parece-me que algo grande está a caminho...sei lá...simplesmente tenho essa impressão...

Bem...vamos ao que interessa...

Você já parou pra pensar que, de alguma forma, tudo pelo que está passando hoje pode ser reflexo de atitudes e escolhas passadas (suas, de pessoas ligadas a você e até de pessoas que você não conhece)?
Não falo de uma coisa ou outra...mas de tudo!
Se analisarmos pelo prisma que estamos sempre, geração após geração, seguindo os passos daqueles que já passaram por aqui e marcando o caminho percorrido para os que ainda estão por vir...veremos que nossa vida é só mais uma tábua da ponte e que tudo o que vivemos vem de uma reação em cadeia.
E não importa o quanto se lute para inovar...o produzido é, certamente, reproduzido de algum lugar. Somos a todo momento bombardeados por informações e influências de tudo o que experimentamos ou conhecemos e, inevitavelmente, adaptamos o que nos é relevante ao nosso cotidiano, a nossas ações, a nossas concepções de mundo...

Prefiro considerar que a profissão mais antiga do mundo não seja, como proferido aos quatro ventos, a prostituição...mas sim a de professor. É inato que aprendamos a maior parte de tudo o que sabemos e fazemos com nosso próximo, sendo um mínimo experimentado por conta própria sem primeiras influências...o que não quer dizer que ninguém tenha tentado antes.
Seja por imitação instintiva ou por incentivo (ou mesmo obrigação), todos nos baseamos nos que já exerceram e os que ainda exercem as funções sociais e profissionais para, um dia, ocuparmos seus lugares... e é de comum agrado que aprendamos bem, pois um dia alguém aprenderá conosco também...seja por observação instintiva, seja por incentivo/obrigação.

Há pesquisas recentes que afirmam, inclusive, que aprendemos melhor com os erros dos outros do que com os nossos. Ao vermos alguém errar, as chances de cometermos o mesmo erro são menores do que quando cometemos nós o mesmo erro. Isso nos traz, portanto, que praticamente (para não ser radical [demais...rsrs]) tudo o que fazermos é advindo de algo já feito por alguém.

Ok...depois de toda essa divagação, apresento por fim meu real propósito com esse texto:
Deveríamos nos policiar mais quanto ao que dizemos, pensamos e fazemos pois, querendo ou não, isso vai afetar tudo que vier depois. Por exemplo, se a energia nuclear não tivesse sido descoberta, tudo seria absolutamente diferente hoje. Assim como ocorreu com a mecânica, a cartografia, a astronomia, a filosofia, a matemática, a fisiologia, a psicologia e taaaaaaantas outras áreas de estudo.
Não há, porém, necessidade de entrar em paranóia e começar a delirar sobre todas as influências que cada atitude sua pode gerar, como em um efeito borboleta (ver Paralelos... e Paralelos #2...). Se todos começarem a entrar nessa onda paranóica extra-vigilante, o mundo vira (ou volta a ser) um caos.

O que proponho é que sejamos mais conscientes quanto a atitudes e pensamentos que tendem a nos beneficiar, quando esses podem não trazer benefícios a outros (ou pior, trazê-los prejuízos). Ou mesmo quanto a atitudes que não nos custam nada, mal nos tomam algum tempo, mas que podem fazer toda a diferença para alguém que esteja precisando. Se todos passarmos a pensar assim, logo chegaremos muito perto (para não dizer efetivamente) do conceito da "corrente do bem". A corrente do bem é um movimento que, não se sabe ao certo quando, onde, como ou por quem surgiu, mas que se propõe a tornar as pessoas mais altruístas, fazendo uma boa ação a um desconhecido e, exigindo como recompensa, simplesmente que o favorecido ajude gratuitamente a algum outro desconhecido necessitado. Assim, cria-se um efeito dominó, onde pessoas ajudam pessoas de modo gratuito e de bom grado, criando um ambiente e uma sociedade muito melhores, mais fortes, unidos e bem estruturados.
É quase impossível que isso seja possível de ser posto efetivamente em prática, pois a natureza humana, corrompida originalmente, tende sempre ao egocentrismo e à supremacia perante o semelhante. Mas, se algum dia isso (por milagre) for concretizado e alguém encontrar este meu texto perdido na rede...eu gostaria que divulgasse. Assim, a nova sociedade, reconstruída com reconscientização pelos que sobreviverem às catástrofes que se aproximam, vão saber que "nem todas as laranjas do cesto eram podres" antes da "faxina"...rsrsrs

Algo me diz que não acaba por aqui...mas a continuação para este texto vou deixar para um momento futuro, pois há algumas ideias a amadurecer e aperfeiçoar, bem como algumas críticas a se ouvir e considerar, antes de prosseguir...

Por enquanto, fique bem e sugiro que reflita sobre o que acabou de ler...independente de seguir meu conselho ou não, o que quer que faça vai gerar uma consequência...não se esqueça! ;)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Pré-conceitos vs. Preconceitos...


Hey hey, tudo em paz por aí?

Como mencionado na postagem anterior, depois de uma fervorosa discussão (no bom sentido) com uma grande amiga de tão breve encontro, resolvi ponderar a respeito de preconceitos, que fazem parte dos pré-conceitos...

"Tá, mas...qual é a diferença?!" você deve ter pensado agora...

Basicamente, preconceito é um termo que torna um pré-julgamento - falar a respeito de algo ou alguém baseado em sua aparência ou outra característica superficial - pejorativo, como sendo de cunho discriminatório e vexatório. Mas não deixa de ser um pré-conceito, vindo desse pré-julgamento que acabo de citar.

Quando eu afirmei logo mais acima que você deve ter se perguntado o enunciado, eu estava pré-julgando - logo, pré-conceituando - seu comportamento, caro leitor.

Não, não me recrimine...pois provavelmente você, nesse exato momento, também está me pré-julgando (considerando que não conheça meu íntimo a tempo suficiente para saber como interpreto e porque me manifesto de determinada forma diante de determinados assuntos ou idéias...) e tomando conclusões sobre mim e sobre este artigo baseado no que já leu...o que certamente mudará quando você terminar de ler e, quem sabe, mudará novamente se o ler de novo daqui algumas semanas...meses...anos...

Assim, apresento-lhe que é irracional se dizer "Não se deve julgar as pessoas" ou "Não é certo ter preconceitos", pois é da natureza do ser humano - melhor dizendo, de qualquer animal - interpretar o que lhe é novo pela quantidade e qualidade de informações apresentadas.

Pois, por exemplo, se somente virmos um rapaz atlético, teremos uma idéia de sua personalidade, impostação, interação com as pessoas e o mundo baseados em sua aparência e em experiências anteriores nossas...mas, quando ele emitir alguma frase com conteúdo de complexidade razoável, passaremos a construir um novo conceito sobre ele. E, ao vermos suas reações mediante a determinadas situações, o interpretaremos de outra forma ainda. Ou seja, à medida em que adquirimos mais informações sobre ele, mais complexos e completos nossos conceitos e julgamentos sobre ele se formarão.
Isso acontece com tudo, o tempo todo, pois estamos sendo bombardeados de informações novinhas em folha a cada instante, mas algumas são muito semelhantes a umas já vividas, outras nem tanto e outras absolutamente inéditas.

É inevitável fazer esse tipo de julgamento. Ele é instintivo e garante nossa sobrevivência. Logo, quando nos deparamos com uma situação de perigo ou desconforto, tentamos buscar em nossa memória as informações e conceitos mais próximos que tivermos para estabelecer um parâmetro e podermos comparar, de modo a nos adaptarmos mais facilmente a situações semelhantes ou idênticas às já experimentadas.

Mas a grande problemática envolvida nesse assunto, que o torna tão polêmico e condenável, é como expomos e lidamos com esses pré-julgamentos!
Não podemos evitar conhecer mais profundamente aquele ou aquilo que nos é apresentado apoiados em nossas impressões superficiais. Esse é o grande erro da humanidade!
E, ao afirmar isto, estou SIM julgando e estou SIM conceituando, passível de acusações e retaliações de sua parte e daqueles mais que souberem da existência deste texto...sabe por quê?
Porquê incomoda demais ao ser humano ser acusado...ouvir de outro ser humano que suas atitudes, idéias, gostos e afins não são bem vindos, rotulados por vezes como "errados", "inadequados", "desmedidos", "estranhos" e até mesmo "bizarros"! Ferem-lhe o orgulho esses comentários. E torna-se doentio e desumano quando essas opiniões tão subjetivas, tão íntimas, são expostas direta ou indiretamente como forma de ofender ou atacar outra pessoa.

Não, não defendo o racismo, a disputa religiosa ou política, a homofobia e todo o resto. Não é isso.
Devem ser punidos SIM, de alguma forma, aqueles que ferem e/ou prejudicam outra pessoa com seus atos covardes de hostilidade por desinteresse ou aversão a características de pessoas!
Mas não se deve banalizar e tornar pejorativos os termos "pré-julgamento", "julgamento" e "pré-conceito". Se assim fosse, não faria sentido existir um tribunal de justiça, no qual um ser humano acusa e condena outro ser humano que tomou uma atitude baseado em suas convicções e crenças a determinadas penas. É capaz de discordar, caro leitor?!

O julgamento é necessário para que o ser humano aprenda com o próximo a evitar repetir seus erros. O estabelecimento de um pré-conceito é necessário para nos aproximarmos ou nos afastarmos daquilo que nos representa agrado ou repulsa, segurança ou ameaça.
Só não se deve deixar se limitar às primeiras impressões, ignorando uma realidade, um "mundo" inteiro novo que pode te surpreender.

Até breve ;)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Papo-cabeça #01 - Asphyxia


Essa madrugada tive um novo insight de um assunto cuja discussão é de extrema importância e que também me foi provido, acidentalmente, conversando com uma pessoa que, apesar do pouco tempo que conheço, já contribuiu com muito em meu aperfeiçoamento em reflexões: Asphyxia (como ela prefere ser identificada).
Obrigado, girl...você me fez lembrar que, por mais que queiramos e tentemos, não podemos evitar a construção do conceito sobre algo ou alguém sem nos basearmos, a princípio, em pré-conceitos - que é meu novo assunto, no post seguinte...

...aguardem ;)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sonhos...


Boa noite (ou bom dia...acaba de passar da meia noite...rs)!

Esse tema é algo que eu deveria ter abordado junto com Paralelos, mas "por alguma razão obscura", como diria um amigo meu, acabei vindo a concebê-lo apenas recentemente...

Você já parou para pensar no que é a realidade? E no que não é real?
Bem...tenho certeza que sobre a natureza dos seus sonhos você já deve ter parado para pensar, pelo menos alguma vez! Já deve ter se perguntado se seriam eles profecias de coisas ainda por acontecer, manifestações de desejos inconcientes ou mesmo uma forma surreal de armazenar e recapitular o que foi vivido naquele dia...

...mas...como podemos ter certeza de que, quando dormimos, não estamos, na verdade, acordando? Quero dizer...muitas vezes nossos sonhos apresentam características e sensações tão realistas (como em alguns pesadelos ou sonhos com cenas marcantes, com forte conteúdo emocional envolvido) que chegam a parecer reais e só nos damos conta de que estávamos sonhando quando acordamos.
Mas...e se, na verdade, o mundo em que "acordamos" é o onírico e, por alguma razão, estamos fadados a "retornar para o sonho" após alguns momentos de revivência da (possível) realidade?

Para quem assitiu o filme Matrix (outra obra-prima cinematográfica que amo), fica mais fácil entender o conceito que exponho. De forma bastante resumida, o protagonista - Neo - é "o escolhido" para salvar a humanidade - ou o que restou dela - num futuro pós-apocalíptico, o qual nos revela no decorrer do filme que o que acreditamos estar vivendo é, na verdade, um "super-programa de computador" que, a partir da nossa "vivência", gera energia para a realidade arruinada que luta para se defender de vírus super-poderosos.
Ok, surreal até demais, tenho que concordar...mas se formos considerar essa possibilidade...de que tudo o que acreditamos ser real é, na verdade, virtual e programado para ser assimilado como verdadeiro...não estamos tão longe, você há de convir comigo. Numa era onde a Inteligência Artificial já não é mais tão "coisa de cinema" assim, a internet já é um fator imprescindível na vida do ser humano enquanto ser social e a tecnologia voltada à infromática e à robótica está cada vez mais avançada...as chances são maiores a cada dia...

Mas falarei de "Tecnologia" em outro texto, mais futuramente...

...voltando ao fio da meada...mesmo que não entremos no campo tecnológico...por que não poderiamos estar vivendo, na verdade, um sonho construído com alguma intenção, sendo meras personágens dele, e nossas essências - entenda-se por essência a alma, o espírito, ou como quiser chamar - serem simplesmente ferramentas, ou ainda, sendo cenário interativo por algum propósito?

Está ficando complexo, né?

Ok. Vamos puxar outro exemplo...o filme A Origem, com Leonardo DiCaprio representando uma pessoa com a habilidade de invadir sonhos e extrair informações de pessoas enquanto elas dormem. Durante o sonho, essas pessoas percebem o mundo à sua volta como sendo real, nem desconfiando do que se passa de fato. Quando acordam, segredos muito bem guardados estão então nas mãos de alguém...alguém que pode fazer o que quiser com essas informações...
Mas, ainda dentro desse filme, há aqueles que percebem que estão sonhando e tentam, de alguma forma, acordar antes que o extrator - como o invasor é chamado - obtenha êxito. O que eles não esperam é acordar dentro de outro sonho...como se estivessem numa camada inferior onírica, vindo para uma mais rasa, mas ainda um sonho.

E é aí que eu queria chegar! Quem garante que, quando acordamos, o fazemos plenamente?
Como podemos ter certeza de que nossas experiências aqui não são meramente vituais - tecnologicamente falando ou não?

É algo que, assim como o tema de Paralelos - que aborda essa questão da existência de realidades paralelas que estão fora de nosso controle -, estamos longe de chegar a uma resposta tão cedo.

Resta-nos esperar para acordar...ou dormir...rs

Bons sonhos! ;)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Amor... #2 - Camões


Saudações caros leitor, leitora, leitores e leitoras do meu blog...

Resolvi postar isso porque acho relevante...
Vocês devem ter notado que minhas postagens estão tomando, cada vez mais, certo cunho pessoal...mas é porque, cada vez mais, tenho me deparado com situações, dilemas e reflexões que acho de extrema importância compatilhar por aqui...então...lá vamos nós outra vez ;)


Seria de extrema arrogância e ignorância da minha parte ousar afirmar que Luís Vaz de Camões estava errado quando escreveu (ou disse...não necessariamente nessa ordem...rsrs) :

"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

[...]"

...mas posso dizer, livre de qualquer acusação ou julgamento recriminante, que discordo dele quanto ao trecho que destaquei. E não o faço sem me justificar.

Não convém que eu conte aqui minha história de vida, mas posso dizer que as poucas experiências amorosas sinceras e duradouras que tive até o presente momento foram justamente as que não "arderam" por dentro...

Essas - que vinham como um incêndio e me consumiam até as cinzas...e que não foram poucas - foram meras ilusões, das quais tirei proveito praticamente zero. Os laços mais fortes que já criei até agora, seja na forma de relacionamento com parceiras amorosas, ou de amizades intensas e de maior valor que a linhagem sanguínea que compartilho com alguns...foram, na verdade, como um rio:

Começaram discretos, foram tomando forma com o decorrer do tempo e não me queimavam por dentro, mas me refrescavam quando eu me sentia sufocado...
Vieram flúidos, ininterruptos...e, por mais pedras que existissem no caminho, essas eram sempre contornadas ou subjugadas pela fluidez ininterrompível...por maiores que fossem as pedras no curso desses rios, a água sempre se reencontrava logo em seguida...
Quando tinham que acabar, logo se tornavam lagos, ficando estagnados e parados no tempo e espaço, em algum lugar pelo qual passei...e lá estão até agora...
...ou acabavam por se perder no mar, misturando-se à imensidão e esvaindo-se, espalhando-se...

Mas há rios que até agora fluem em meu caminho...
Rios esses pelos quais busco nadar, mergulhar, navegar...me deixar levar...a maior parte possível de meu tempo...

É neles que encontro frescor para aguentar os dias quentes e abafados...

É neles que lavo meu rosto e mãos, banhando-me de consciência limpa...

É neles que me encontro matando a sede quando penso que não há mais jeito...

É neles que me deixo levar...
...flúido...imerso...envolvido...úmido...
amado...vivo!!!



**Dedico este texto à Nat (já mencionada em textos recentes), que tem se mostrado a cada dia mais uma grande irmã, daquelas com quem "não há laço de sangue, mas de alegria e respeito pela vida um do outro".** [Ilusões - Richard Bach]

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Música #03 - Massive Attack


Fala galera!

Voltando com dica musical...e essa é das fortes! ;D
Já tem algum tempo que eu aprecio o trabalho dos caras do Massive Attack, que estiveram essa semana aqui no Brasil (e, infelizmente, eu não pude conferir ao vivo...) e me pego perguntando muitas vezes: "Por que ainda não sugeri Massive Attack no blog???"

Bem...aí está...hahaha....e venho com a sugestão de uma música que mexeu muito comigo desde a primeira vez que vi e ouvi!
As letras da banda, em geral, não seguem um padrão lógico...eles possuem um som bastante original, com suas bases no Trip-Hop e em experiências com sintetizadores e outras deformações eletrônicas de sons dos mais diversos tipos.

Confiram aí então, Butterfly Caught...

MASSIVE ATTACK - BUTTERFLY CAUGHT

http://www.youtube.com/watch?v=aXx3qb4H0po

Massive Attack é uma banda de trip hop inglesa, formada na cidade de Bristol no ano de 1988. Os seus membros são "3D" (Robert Del Naja) e "Daddy G" (Grant Marshall).
Del Naja é um dos fundadores do Trip-Hop de Bristol e membro da banda Massive Attack, que estourou com seu primeiro álbum em 1991. Blue Linesm para elogio considerável dos críticos e ouvintes afins, foi uma mistura de hip-hop, jazz e soul, com batidas desaceleradas e densas, que deu muito certo e influenciou várias bandas. Nascia a cena trip-hop em Bristol.
O segundo álbum lançado em 1994, Protection, caracterizou mais o uso de instumentos de corda e uma adicional batida dub, além da participação da vocalista Tracey Thorn, da banda Everything But The Girl.
O álbum seguinte do Massive Attack, entitulado Mezzanine, lançado em 1998, caracterizou-se por ter mais presentes as guitarras na base das músicas, possuindo uma atmosfera mais sombria e densa do que os álbuns anteriores.
100th Window em 2003, o quarto álbum do Massive Attack, era definitivamente para ser um projeto solo de Del Naja. Atraiu muitas críticas positivas, como a da Stylus Magazine, que dizia: "O 100th Window é uma Obra-Prima do seu gênero" e "...Soa fresco e maravilhoso".
Em 12 de novembro de 2009 é lançado Heligoland, marcando o retorno de Daddy G - então afastado da atuação efetiva na banda, cuidando mais da parte de produção musical - e trazendo de volta a sonoridade acústica perdida em partes no álbum anterior.
Há rumores de que em 2011 não será lançado um novo album, mas uma série de EPs com seu material novo.

***Discografia***
1991 - Blue Lines
1994 - Protection
1998 - Mezzanine
2003 - 100th Window
2010 - Heligoland


Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Massive_Attack
http://en.wikipedia.org/wiki/Massive_Attack

É isso aí...o som dos caras realmente supreende...pode soar estranho a princípio, mas um apreciador de boa música logo conseguirá sentir o "feeling" que Massive Attack transmite...
Tanto que, quem assiste ao programa da Rede Globo "Fantástico" vai notar que suas músicas são usadas diveeeersas vezes como tema de fundo de várias matérias...o som deles também aparece na trilha sonora de muitos filmes de considerável repercussão, tais como "Matrix" e "Cão De Briga (Danny The Dog, em inglês)". Vale a pena conferir, garanto!

Espero que curtam e bom proveito... ;7

"Darkened skin, afraid to see, radiate, open lips, keep smiling for me"

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Baile de máscaras...


Saudações, caro leitor (não, não sou eu na foto...rs)!

É com grande prazer (ou não) que lhe dou as boas vindas ao maior espetáculo da Terra: o "Baile de Máscaras" (ou, em outras palavras, a sociedade em que vivemos)!!!

A razão dessa reflexão que escrevo agora é um artigo que a Nat (ler Nova Inspiração...) publicou no site de sua cidade, Itapecerica.com.

A essa altura do campeonato, você já deve ter notado que vivemos em uma sociedade preconceituosa e formatada, que possui padrões de comportamento e de comuicação para que seus membros convivam harmoniosamente, certo?
E já deve ter notado que aqueles que transgridem esses padrões são imediatamente excluidos desse sistema social, visto que não correspondem ao esperado de um membro, certo?
Muito bem...
E como fazemos quando nossos gostos, vontades, trejeitos, manias, vocabulário, interesses, formas de ver o mundo e outras idiossincrasias não correspondem ao que os outros membros da sociedade esperam de nós?
Como evitar que aqueles encarregados de controlar e punir os infratores nos apontem como transgressores da ordem social por sermos quem somos, gostarmos do que gostamos, pensarmos como pensamos e agirmos como agimos???

É simples...é aí que entra a associação da expressão "baile de máscaras" com o "jogo social"...

Conviver com o outro já é difícil por natureza...já disse um sábio certa vez, "o inferno são os outros"!
E é a mais pura verdade! Nos primeiros contatos, nunca demonstramos ao outro quem realmente somos...sempre nos apresentamos com o melhor que temos a oferecer. Do contrário, não nos arrumariamos e produziriamos tanto para ir a uma festa, à escola, a uma reunião na empresa, uma entrevista de emprego...ao supermercado, às vezes! Afinal, podemos encontrar o grande amor de nossas vidas ou, quem sabe, uma grande oportunidade de negócio quando menos esperamos...e temos que estar preparados, não é?
Mas...por que temos que estar "preparados"? Por que não podemos simplesmente deixar fluir e nos apresentarmos da maneira que nos é mais confortável???

É muito simples: é quase certo que não seríamos bem aceitos! O pré-conceito imperaria, como sempre...

Quantas vezes você já ignorou um mendigo na rua, sem saber que um dia ele foi um milionário que perdeu tudo pelo vício em cassino, por exemplo?
Jogo patológico é uma doença, não "sem-vergonhice"! Assim como o alcoolismo, como o tabagismo e a drogadição de uma forma geral...está além da capacidade de controle deles!
Quantas pessoas por aí não são viciadas em chocolate, em sexo, em Coca-Cola até?!...E quando digo viciadas, vou além da força de expressão...digo, literalmente viciadas!
Mas a aparência, o odor, a alteração cognitiva dele te causam repúdio e te inspiram a manter distância...vai negar?
Pois a linha de raciocínio é parecida quando você se arruma e se "prepara" para se encontrar com outros membros da sociedade...

...e isso nos leva ao baile de máscaras! Você "veste sua máscara mais adequada à situação" e, quando não mais necessária ou conveniente, você a troca...
Durante um processo de conquista de um parceiro amoroso, você NUNCA vai ao primeiro encontro mal vestido, com mal hálito, falando que dorme de meia e usa a mesma roupa íntima a semana inteira, por exemplo...(se o faz, não deve conhecer muitas técnicas de conquista, presumo...e já adianto, se fizer o acima descrito, vai falhar, fato!) .
Isso porque as chances de ser aceito com a conduta acima descrita são mínimas! Mas, se nesse primeiro encontro, você estiver com suas melhores roupas (combinando entre sí, óbvio! rs), perfumado, com hálito refrescante e falando sobre algum assunto de interesse desse "candidato a parceiro", suas chances aumentam em 100%!
Não que seja fácil assim conquistar alguém, mas se você cumprir os últimos passos, não tem muito com o que se preocupar...rs

Mas voltando ao intúito do post, que não é aulas de conquista e sedução...rsrsrs

Depois que você já conheceu o parceiro, ele/ela te conheceu, sairam juntos algumas vezes, se gostaram...lálálá...e finalmente resolveram assumir um compromisso, uma relação...ah, pode contar! Não demora e começam, os dois, a "deixar escapar", geralmente aos poucos, pequenos traços de quem realmente são...talvez por isso seja tão maior o número de divórcios hoje em dia do que era antigamente...não que se usasse menos máscaras antigamente, mas desde o começo aprendia-se a conviver com as diferenças (e, muitas vezes, excentricidades) do parceiro...

Ok...resumindo a conversa...é impossivel, por mais que se queira, assumir seu verdadeiro rosto perante a sociedade. Um filósofo bastante famoso e controverso - Friedrich Wilhelm Nietzsche - tentou convencer o mundo de que estava tudo errado mas, para não ser brutalmente punido (mais do que já era, sutilmente) pela sociedade que não estava pronta intelectualmente para entendê-lo, acabou por "vestir a máscara de louco" (embora alguns acreditem que ele de fato enlouqueceu) e viver seus últimos dias "em paz".

Portanto, caro leitor, minha última mensagem para você (por enquanto) é: "Nunca deixe de ser você mesmo! Nem que seja só para você mesmo...". ;7

sábado, 13 de novembro de 2010

Felicidade...


Um sentimento tão sublime...tão puro...tão desejado pelo ser humano, desde sempre...
...a felicidade é algo tão presente em nossas vidas, mas passa tão despercebida que, quando resolve se ausentar de fato, até se decepciona com a indiferença ilusória daqueles que já não sabem mais reconhecê-la...

Houve um tempo em que ganhar um buquê de flores, ou um aumento, ou conquistar uma garota eram festejados como um país que ganha uma guerra, como um filho nascido saudável e forte, como ganhar na loteria...

...hoje em dia, nem ganhando na loteria o ser humano se contenta, muitas vezes...

Mas...por quê? A que se deve essa distorção tão brutal do significado de um sentimento tão mágico e bonito, tão valoroso e importante para nossas existências???

Não sou comunista, socialista, capitalista ou qualquer outro alienado desse gênero (não desse gênero, pelo menos...rsrs)...

Conheço todos esses sistemas e considero os prols e contras de cada um, mas não faço preferência por algum...minha vida não gira em torno do dinheiro...dependo dele, fato...mas não dou a ele o valor que dou à felicidade....e, para mim, eles não estão necessariamente associados...mas voltando aos sistemas...rs...

...mas não se pode negar que, com a instauração do capitalismo, felicidade se tornou sinônimo de grande acúmulo de capital (em outras palavras, enriquecer). Tudo o que é bom, belo, agradável é, fatalmente, pago...e pior..."muito bem" pago...
"Bem" para o comerciante, "muito" para o consumidor...afinal, "se é tão importante para você, não está disposto a pagar o preço 'justo'?"...é a justificativa pusilânime que usam contra nós toda vez que buscamos argumentar contra o abuso do poder de posse e a supervalorização de uns pedaços de papel e metal, que vêm sido lentamente substituídos por novos pedaços, agora de plástico...

E, sejamos francos...acabamos cedendo a argumentos tão vis e venenosos em troca de estarmos com aquilo ou aqueles que amamos e queremos tanto perto de nós...

Com essa conformação, nos permitimos cada vez mais fazer parte do jogo, atuando sempre como vítimas fadadas à submissão e ao Sistema...afinal, "ele é composto por tanta gente que o apoia...que posso fazer para mudar?"...e, com isso, selamos cada veeez maaaais nosso destino enquanto "eternas vítimas do dinheiro"...a única coisa tida como importante na vida hoje...

Cada vez mais pais e parentes desejam ver os jovens formando-se médicos, advogados, engenheiros...não pela beleza e importância da profissão...mas pelo status e pelos salários exorbitantes que costumam girar em torno desses ofícios...
E o prazer em se exercer o que faz? Onde entra?
Está mais que comprovado que o profissional que exerce sua função com prazer e satisfação, realizado seja no que for, o exerce com absolutas proficiência e eficiência...enquanto a maior parte dos erros médicos, edifícios mal-calculados e bandidos à solta (e pessoas honestas presas) se devem a profissionais que escolheram a profissão pelo retorno fincanceiro previsto e acabam, na verdade, se afundando em dívidas e amargura por se sentirem (e de fato serem) incompetentes...

O que vale mais a pena? Ver seu filho feliz como malabarista de circo ou frustrado e desesperado atrás de serviço em nome de um título social? Vê-lo realizado, com sua "casinha própria de dois quartos", seu "carrinho popular" e seu "empreguinho mixuruca" ou com diploma de médico comprado, casa de três suítes em bairro nobre e carro do ano, mas todo endividado por isso, sempre estressado, de mau humor, preocupado...

O que é mais importante afinal...?

A verdadeira felicidade está em fazer tudo aquilo em que se acredita...tudo aquilo que te satisfaz, não importa como os outros interpretem...está em curtir momentos simples, como ver uma borboleta voando no meio da cidade, ver uma criança aprendendo a brincar de algo novo, ver um carro dando passagem a um idoso, ver dois amigos se abraçando com saudades no meio da rua...em descobrir o sabor de um sorvete novo, em ver uma flor brotar no meio do asfalto, em descobrir que a distância não é capaz de separar o verdadeiro sentimento de amor e bem-querer...

Que tal se redescobrissemos a felicidade? Pode ser de graça...garanto ;D

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Verdade...


Verdade...a grande busca das vidas de uns...a eterna fuga das de outros...
Alguns dizem que ela é divina...outros que é relativa...outros ainda que ela não existe...
Mas...o que devemos considerar, afinal?
O que é a verdade? E por quê é? Pra quem é? Como é, onde é...ou melhor...ela é?!

Como de praxe...vamos começar do começo, né? ;D

O conceito de verdade nos traz que é um postulado, uma afirmação (ou como quiser chamar...) que corresponde à realidade...algo em que se pode confiar...
Ok...muito bonito...eu diria até um tanto fácil, até aí...maaaaaas...não tem graça se eu não começar a cutucar, certo? ;P

Como podemos ter certeza de que algo é real? Como sabemos o que é real?
Como podemos acreditar no que alguém diz, se a própria pessoa pode estar enganada quanto ao que afirma, mesmo crendo veementemente no que afirma?
Quando alguém chega até você e diz "Me encontre amanhã às 9h na praça 'X', pois estarei lá te esperando"...se ele não estiver lá, você vai fazer o quê? De que adiantará repreendê-lo por algo que ocorreu e não corresponde ao que ele afirmou?
Como ele poderia saber que não conseguiria estar no lugar marcado, na hora marcada?
Melhor perguntando! Como ele poderia saber que conseguiria estar lá nas condições propostas???
Uma gama infinita de coisas pode acontecer e interferir no caminho dele, o que o levaria a desviar-se do compromisso proposto involuntariamente (ou não)...

E como podemos nos basear nisso para termos certeza do que teremos pela frente em nossas vidas? Como podemos ter certeza de alguma coisa, seja ela qual for?!
Entram então dois pontos a se considerar: mentira e futuro.

Quem disser que nunca mentiu, ao menos uma vez na vida, já está mentindo (ou ainda vai mentir...sinto muito. Odeio concordar com isso, mas é inevitável...)!!!
Mas, o que seria a mentira?
O conceito de mentira propõe que é faltar com a verdade...portanto, é quando se apresenta uma falsa premissa...geralmente de forma proposital, com segundas, terceiras, décimas-quintas intenções...
Mentir às vezes é útil e salva vidas (como, por exemplo, dizer a um assaltante que você não possui dinheiro algum ou que está sem as chaves de casa, logo ele não obterá êxito no furto...), mas às vezes pode levar justamente ao contrário (exemplos clássicos, como Judas e Jesus, Tiradentes e o outro Antônio, entre outros diversos...).
Mentir é uma atitude que leva o praticante a perder credibilidade e confiança de quem é afetado por suas falsas premissas...como no outro clássico, Pedro e o Lobo...o garoto, de tanto mentir, acabou devorado pelo lobo porque o povo deixou de acreditar em seus alarmes falsos...por sinal, brincadeira de extremo mal-gosto, convenhamos...
Mas...se não podemos ter certeza do que é real ou certo (no sentido de certeza, não de correção), não estariamos mentindo constantemente sem sabermos, até o que afirmarmos se concretizar (caso se concretize...)?

O fator futuro é um pouco mais fácil de ser abordado...nem por isso deixa de ser complexo...rs
Futuro é, até que mudem o sentido, um momento que está por vir, trazendo algo que ainda está para ocorrer...
Logo...considerando que até hoje não se chegou a um método crível de ver e conhecer o futuro até que este torne-se presente, como podemos afirmar com tamanha convicção algo que ainda está por ocorrer...ou não? E quando descobrimos que algo que já ocorreu, mesmo que a muuuuito tempo, não é (bem ou totalmente) como nos foi contado?

A única resposta que poderia explicar o que leva o ser humano a insistir nessa conduta é que, se ele não tiver alguma afirmação, alguma certeza para se agarrar...ele enlouquece...ele já não tem mais nada...
Assim, prefere-se acreditar na possibilidade (quase) imutável de que o postulado venha a se concretizar do que viver à mercê de um futuro caoticamente misterioso...

Portanto...só acredite nas palavras acima descritas se estiver disposto a pagar o preço dessa crença...
...mas "consequências" é um texto que ainda está por vir (se o futuro colaborar ;P)...

Aguardem-no...valerá a pena! ;D

Nova inspiração...


Hey galera...acho justo compartilhar isso com vocês, já que para mim é tão importante...

Quero anunciar aqui, publicamente, que uma nova pessoa faz parte da minha vida e da inspiração para manter o blog ativo: Nat.
Uma garota incrível que, por trás de uma máscara rebelde usualmente mal compreendida pela sociedade, esconde as maiores preciosidades que um ser humano pode possuir: conhecimento e maturidade.

E é por ter me encantado dessa forma tão absurda e súbita que dedico a ela a manutenção e os textos do meu blog daqui em diante...

Obrigado por fazer parte disso...e da minha vida desde já, Nat! ;*

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Música #02 - Morphine


Aí galera...hoje estou inspirado e vou lançar 2 posts de uma vez só!
Mas esse segundo é uma recomendação musical ;)

Eu, pra variar, achei essa banda por acaso, não me lembro bem como...
...lembro me que foi com outra música: Early To Bed (fantástica, por sinal...procure!)
Acabei baixando a discografia deles e me pego pondo pra ouvir constantemente...é bom pra quebrar a rotina de sons massifcantes que nos atordoam todos os dias ;D

E essa música que estou recomendando me chamou a atenção especialmente pela letra. É legal pra quem gosta de relfetir sobre o significado de "caixas 'vazias' " ;P :



Morphine foi uma banda formada pelo vocalista e baixista Mark Sandman, o saxofonista Dana Colley e o baterista Billy Conway em Cambridge, Massachussets, EUA, no ano de 1989. A banda combinou elementos do jazz e do blues com arranjos tradicionais do rock, gerando um estilo próprio de música, na medida em que não contava com um guitarrista e o baixo de Mark Sandman possuía, na maior parte das apresentações, apenas duas cordas. Contudo, durante uma apresentação de sua banda em 1999, Sandman teve um ataque fulminante do coração, na cidade italiana de Palestrina, falecendo aos 46 anos de idade. Actualmente os restantes membros desta banda formam com a vocalista Laurie Sargent os Twinemen.

***Discografia***

1992 - Good
1993 - Cure For Pain
1995 - Yes
1997 - Like Swimming
2000 - The Night

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Morphine


Fica novamente a dica pra quem curte uma pegada de som BEEEEM alternativa, mais sossegada...é um som bem reflexivo e profundo, mas bastante melodioso e agradável aos ouvidos, com letras bastante inteligentes e uma combinação bastante atraente e intrigante de instrumentos e estilos. Eu poderia quase dizer que eles fazem milagres sonoros portando apenas 3 instrumentos (um deles de 2 cordas! hahaha) !!!

Curtam! ;)


♪ "Half in the shadows half in the husky moonlight And half insane just a sound" ♪

Paralelos... #2


Galeeeeeraaaaaaaa!

Não, vocês não se livram de mim tão fácil assim!!! ;P
Como eu disse no post anterior, "tardo, mas não falho!" (tudo bem que quase 4 meses é covardia, mas...).

Pois bem...para entender esse tópico que hoje escrevo, recomendo que você não só tenha lido meu primeiro tópico, "Paralelos", como tenha também assistido Efeito Borboleta 3. O tópico pode ser facilmente encontrado, lido e entendido nesse mesmo blog. Quanto ao filme, é necessário que o tenha assistido até o fim e entendido como tudo aquilo funcionou. Ouso, inclusive, afirmar que este pode superar EB1, devido à sua complexidade genial e sua trama mais tensa.

Para quem já cumpriu os 2 itens acima (e quem não cumpriu, mas vai ler do mesmo jeito...), lá vem o insight que é o motivo de eu ter ressurgido das cinzas depois desse tempo todo sumido.
No fim do filme (SIIIIM, EU VOU CONTAR O FINAL DO FILME! POR ISSO EXIGI QUE JÁ O TIVESSE ASSISTIDO...mas caso insista em prosseguir...) Sam descobre que não importava como mudasse seu passado, sua irmã tinha a mesma habilidade que ele e ela não só estragava o que ele fazia, como sabia que ele havia viajado no tempo.
Na hora em que assisti ao filme, achei interessante e tudo o mais...mas só agora, algumas booooas semanas depois, tive o insight que segue:

Todos os que lerem esse post provavelmente têm ou já tiveram alguma vez o tal 'dejavú'. Se não tiveram nenhum ainda, é provavel que pelo menos um tenham em algum momento de suas vidas. Até hoje a ciência não consegue explicar o dejavú.
Basicamente, um dejavú é um momento que você tem a impressão de já ter vivido, exatamente como ele se apresenta pra você. A explicação ciêntífica mais próxima que já chegaram foi que isso é uma deficiência em alguma sinapse, na qual a descarga elétrica cai na/da bainha de mielina e o neurônio envia uma segunda vez a informação. Porém a primeira descarga chega (frações de segundo depois, mas chega!) quase junto com a segunda, dando a impressão de ter passado por aquilo duas vezes.
Mas, quem já teve dejavús, como eu, sabe bem que a impressão vai muito além disso. Há uma NÍTIDA impressão de que aquilo já aconteceu há muito tempo e que você está vivendo-a misteriosamente uma 2ª (ou 3ª, ou 5ª) vez (como já aconteceu comigo! Ciiiinco vezes a mesma impressão! Explica essa, neurociência! ;P).

Considerando que nossos dejavús fossem, na verdade, um momento revivido enquanto alguém que tivesse a habilidade de se locomover no tempo: e se nós tivessemos essa sensação de reviver o momento porque, de fato, já o vivemos?

Vou além...
Há muito, muuuuito tempo, me indago sobre a natureza dos dejavús e sempre cheguei a uma pergunta que me perturba bastante: E se, enquanto vivemos um dejavú, lembramos do que vinha em seguida e AGIMOS DE FORMA DIFERENTE DO QUE AGIRÍAMOS??? No que isso implicaria?
Como será que isso (possivelmente) mudaria nosso destino?
Estariamos pulando de uma dimensão temporal para outra conscientemente nesse exato instante?
Seria esse um lapso de transporte entre as dimensões paralelas no qual teríamos a possibilidade de mudar o que havíamos antes escolhido?
E se escolhemos inconscientemente uma dimensão pra viver na qual esse lapso está presente, enquanto em (todas ou não) outras ele não está, e ele é como um portal que nos joga de volta para algum momento do passado, abrindo essa possibilidade de re-escolha???

São coisas a se pensar quando se vive um dejavú...pois, sabendo que cada escolha nossa refletirá em algum momento futuro de nossas e/ou outras vidas...é uma responsabilidade e tanto alterar uma atitude tomada num momento de dejavú!

Pense bem nisso...pode ser útil quando alguém tiver informações mais concretas sobre o que é e como funciona um dejavú, ou quando resolverem finalmente o eterno dilema Destino vs. Acaso... ;)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Humildade...


Hey galera!

Tardo, mas não falho...
Demorei um pouco para voltar a postar, pois não tive muitas idéias interessantes sobre temas polêmicos, dignos de reflexão, ultimamente...

...mas...

...essa derrota do Brasil para a Holanda na Copa Mundial de Futebol me fez lembrar de algo que frequentemente "passa batido" por nós no cotidiano...
...algo que demorei muito para entender...

O que é a humildade? Para que serve e por que devemos cultivá-la?

Eu, desde muito pequeno, me interessei profundamente por estudos e conhecimento sobre diversos assuntos. Por essa razão, conseguia algum destaque em certas conversas com adultos, ou pessoas mais velhas e, obviamente, me sentia bem com os elogios e o incentivo destes, o que consequentemente reforçava meu interesse pelo estudo.
Mas, até em função da idade, eu não tinha a noção de limite entre me sentir agraciado e usar disso como status para me sobressair. Para mim, se eu era considerado bom em algo, devia de fato demonstrar e enaltecer isso...sem pensar nas consequências emocionais sobre outras pessoas.

Depois de muitas amizades, oportunidades e reconhecimentos perdidos - além, claro, dos mil conselhos de pais e amigos -, passei a entender que, o fato de ter ganho uma disputa sobre algo, ou de fazer algo bem em determinado local, determinada ocasião, determinada circunstância, não significava realmente muita coisa. Sempre há alguém tão bom quanto ou melhor que eu bem mais perto do que eu imagino, ou que me sucederá.

Imagine que houvesse uma competição de luta mundial, na qual cada país mandava um lutador para representá-lo. Na luta entre o "País A" e o "País B", diversos fatores podem interferir no resultado, dentre eles fatores emocionais dos lutadores - referentes ao rinque e condições externas -, condição física de cada um naquele instante (imagine que, logo antes da luta, um deles sente vontade de ir ao banheiro mas não há tempo, ou torceu o pé quando chegava à arena, por exemplo), dentre outros... Suponhamos que "País A" vence. E suponhamos igualmente que, após o combate, eles se combatem novamente e "B" ganha. Quem é realmente o melhor?

Nenhum, é a resposta mais adequada. Ou ambos, por um olhar mais otimista.

Campeonatos não deveriam provar nada atrás de disputas de "rounds" únicos. Talvez, se esses campeonatos, de qualquer cosia que fosse, fossem disputados por um ano inteiro...talveeeez pudessemos apontar quem se destaca mais ou quem tem aprsentado melhor resultado...mas o melhor não existe.

Deviamos aprender a usar mais "o mais adequado, até então".

Humildade é a capacidade de reconhecer que, mesmo que tendo alcançado êxito em algo, alguém te superará (e superará!) mais tarde e que outro poderia ter feito aquilo igualmente bem, ou até melhor.

É entender que, por mais que nos sintamos mal com a idéia de quem não somos absolutos, isso sim é um fato absoluto.

Mais tarde escrevo um tópico sobre verdade...por enquanto, basta isso...

E...sugiro aos meus leitores que reflitam sobre essas palavras, que devem estar melhor escritas ou melhor embasadas em algum outro blog por aí...mas que já são alguma coisa a se pensar até que as melhores sejam encontradas...e serão! ;7

terça-feira, 15 de junho de 2010

Música #01 - Elbow

Fala gente...

Hoje não venho com um novo tema...resolvi variar um pouco, para não ficar muito maçante e para diversificar o conteúdo do blog.

A partir de hoje, inicio a postagem de tópicos entitulados "Música", para apresentar (e, inevitavelmente, sugerir) algumas músicas ou bandas bastante interessantes que encontro.

Junto à banda, postarei uma breve biografia, a discografia (de álbuns de estúdio) existente até então e uma música de referência. Pode ser que eu apresente a mesma banda mais de uma vez - nesse caso, indicarei a existência de postagens anteriores e não adicionarei a biografia nem a discografia - para apresentar um album ou música em específico.

Pois bem...

Hoje começo com uma banda que conheci ontem à noite...aliás, gostaria de esclarecer...
Tenho aversão a "mainstream". Não sei precisar desde quando, mas tudo o que vira "modinha" passa a me incomodar profundamente...até pelo fato de existirem outras bandas excelentes (até melhores às vezes) e permanecerem no anonimato porque seu som não interessa à mídia.

Tudo bem...voltando...

Ontem à noite, numa Lan House conversando com uma amiga (a MaH...rsrs), estava eu procurando umas bandas sugeridas em vídeos que eu assistia no youtube e me deparei com uma música que me encantou à primeira audição:


Elbow é uma banda de Rock Britânico Alternativo. Os membros da banda tocaram pela primeira vez juntos em 1990, no pub The Corner Pin, em Ramsbottom, Bury, um bairro da Grande Manchester.
A banda atualmente mantém sua formação original com o letrista e vocalista principal Guy Garvey, guitarrista Mark Potter, tecladista Craig Potter, baixista Pete Turner e baterista Richard Jupp.
Eles lançaram quatro (Top 20) álbuns de estúdio, três EPs (Noisebox, Newborn e Any Day Now) e sete singles Top 40 no Reino Unido.
A banda foi nomeada baseada em um trecho do livro "Crimes de um detetive" (The Singing Detective); Uma personagem (Philip Marlowe) diz que a palavra "elbow" é a palavra mais sensual na língua inglêsa, não por sua definição, mas pela sensação de quando se diz.

Aclamada por seu som inovador e letras evocativas cândidas do front-man Guy Garvey, Elbow tem recebido vastos clamores da crítica e sido patrocinada pelos renomados artistas Radiohead, Coldplay, Blur, R.E.M. e U2 apesar de seu baixo sucesso comercial durante muito de sua carreira.
O co-fundador da Velvet Underground, John Cale, selecionou "Switching Off" como uma de suas canções favoritas no programa de rádio Desert Island Discs, da BBC.
A banda ganhou o Mercury Music Prize de 2008 pelo seu quarto álbum, The Seldom Seen Kid.

***Discografia***
2001 - Asleep In The Back
2003 - Cast Of Thousands

2005 - Leaders Of The Free World
2008 - The Seldom Seen Kid

fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Elbow_(band) // Tradução por mim mesmo ;7 hahaha

É isso moçada...pra quem curte um som mais alternativo, fica aí a dica. Não vou disponibilizar links para download porque não é o foco desse blog, mas é só pesquisar os títulos dos álbuns em algum site de pesquisa com o nome de algum site de hospedagem na frente (anti-merchand rulez!) que aparecerá algum link útil para aqueles que não podem/querem comprar o álbum original.

Eu, particularmente, defendo a compra do CD original, afinal, o artista vive disso! ;7
Mas...fica a critério e consciência de cada leitor...certo?

Por ora é só...
Até breve!

"Mondays is for dinking to the seldom seen kid..." ;7

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Vergonha...


Boa noite galera e galero...
Acho que agora eu realmente retomei o ritmo dessa "birosca" aqui... A tooodo vapor!

Bem...esse tema é um tanto polêmico e vai dar um pouco de trabalho falar a respeito...mas vou tentar...

Já começa difícil...como definir vergonha?
Acho que posso descrever como uma angústia imensa, somada a uma desgraçada sensação de culpa e torturantes pensamentos de remorso - tais os que senti essa manhã, enquanto conversava com (judiava de) uma amiga que muito prezo, mas com quem agi muito deselegante e ignorantemente.

Conversavamos atipicamente numa sexta-feira de manhã...e eu me empolguei, brincando de maneira irritante e insistente com ela. Eu até sabia o que estava fazendo...mas não sabia porque. Ao contrário, chegou um momento que eu sabia porque deveria parar...mas não sabia o que fazer em seguida. Segui o mais sábio dos conselhos: "na dúvida, cala-te!". Não lembro quem disse...mas, se não passou pelo que passei, passou por apuro semelhante...

E, depois de "estabilizar" a situação, passei o resto do dia me sentindo como descrevi acima: envergonhado.

Envergonhado de ter agido como uma criança, que deixei de ser há muito tempo...
Envergonhado de ter sido rude, como sempre fui ensinado a NÃO-ser...
Envergonhado de ter sido irritante, como eu odeio que sejam comigo...

E, após muito tempo me conformando e pedindo desculpas incessantemente a ela, comecei a "por alguma lenha no meu forninho mental do blog" e divagar a respeito de como lidamos com a vergonha em nosso dia-a-dia.

Se levarmos essa condição a um extremo oposto ao da minha atitude com minha amiga, chegamos a um completo recalque e até, de certa forma, a uma anulação de nós mesmos.

Pense comigo, caro leitor...

Quando desaprendemos a brincar com uma criança, entrando no mundo dela; ou quando não perguntamos a hora a alguém no ponto de ônibus, por mais desesperados que estejamos para descobrir; ou quando não "chegamos" em um(a) garoto(a) numa festa, por mais olhares que tenham se cruzado, por mais clima que tenha rolado, por mais que tudo esteja a favor...

...são exemplos de vergonha, que alguns traduziriam por timidez, mas que não têm necessidade de existirem. Vamos agora entrar em dois outros pontos delicados...timidez e sociedade.

Uma pessoa tímida pode apresentar (e apresenta) todas essas características dos exemplos que mencionei acima e muitas mais...mas...por que? O que leva uma pessoa a se inibir de tal forma, evitando qualquer tipo de interação com o meio externo?
Geralmente, as famílias dessas pessoas não incentivam essa interação, ou reprimem ferozmente qualquer manifestação de contato que a criança possa apresentar.

Quanto à sociedade...
Quando uma criança atinge a adolescência e passa a querer ter direitos de adultos, a sociedade cobra rigidamente uma postura igualmente adulta, na qual não é permitido brincar como uma criança (se você não quiser ser tratado como uma...), não é incentivada a abordagem de estranhos (afinal, você não sabe quem eles são e o que podem fazer, uma vez que você abriu um canal de comunicação com eles)...

...Ou de uma garota (alguns incentivam, dizendo que é papel do homem) ou de um garoto (afinal, moça que se dê o respeito espera o homem vir até ela...), pela mesma razão anterior mais o fato de que o garoto pode ter problemas caso a garota com quem ele está flertando já seja comprometida - ou ter um "psicopata" (no sentido pejorativo, de senso comum) interessado (e, do jeito que a violência transborda hoje em dia, é melhor você se prevenir de todas as formas possíveis e algumas mais...)...

Ou seeeeeeja...você é barrado implicitamente desse contato que a sociedade pede explicitamente...
Tá, posso estar exagerando um pouco (como de praxe, do contrário, não seria meu blog, certo?!), mas há mutios casos assim (e AI de quem tentar me ler psicanaliticamente!!! ò.ó) por aí...

Então...praaaaa variaaaaaar....
O ideal é o equilíbrio! Ceeerto, moçada?

É isso aí...brinque com seus sobrinhos, independente do que seus primos de outro estado vão achar de você...
Pergunte as horas para a "velhinha" do ponto de ônibus...e aproveitem para elogiar o cabelo dela, por mais que não represente qualquer coisa para você...para ela, dirá muito!
Chegue na garota, sem medo do não. Se elas te destratarem, elas não te merecem...
Chegue no garoto sem medo de ser vista como vulgar. Pelo contrário, você mostrará que sabe o que quer e sabe lutar pelo que quer. Que não é vítima do machismo milenar que impera na cultura ocidental, na qual a mulher é o frágil ser a ser "desbravado e dominado" pelo homem.

Espero que seja útil...
Tenham uma boa semana e até o próximo post...

[[Gabbi...se eu tinha qualquer dúvida sobre você ter me perdoado por hoje cedo...com esse post tenho certeza de que estou redimido! ;P]]

domingo, 30 de maio de 2010

Amor...


Bem galera...de volta à ativa, cheio de energia e disposição para "desequilibrar" mentes preguiçosas e acomodadas... e, em ritmo de dia dos namorados, nada mais conveniente que um texto falando sobre...


"Aaai, aaaaai......amor.......que sentimento lindo...".

...deve ser a primeira coisa que passa pela sua cabeça quando você lê o título desse texto...(ou não)...

Mas...o que é, de fato, o amor?

Bem...eu, em minha humilde e antagônica opinião...diria que...seja o que for, não é o que sempre nos foi ensinado!
Logo que ouvimos e/ou lemos essa palavra, pensamos em um casal de namorados (ou no(a) nosso(a) próprio(a) parceiro(a)...), ou um casal de velhinhos, unidos em matrimônio por pelo menos uns 60 anos, enfim...

Mas eu sinceramente questiono muito essa postura, pois quando falo de uma mãe e seu filho, você vai me dizer: "Ah, é...isso também é amor...".

Ooooooou! "Ah...Isso é amor materno"!

E quando eu falar de um amigo que doa um rim pra outro quando a família toda deste se nega ou já não existe...:"É...isso também...".

Ooooooou! "Ah, não! Isso é amizade"!

E quando falo de alguém que abandona toda sua vida social para se internar em um convento, ONG com propósitos humanistas ou outro tipo de instituição com ideais semelhantes: "...Uhm...também...".

Ooooooou! "Ah, não! Isso é compaixão"!

E é aí que eu entro com a seguinte pergunta:

"Tá..............Por que essa classificação?".
Ou melhor...:
"O que diferencia uma coisa da outra?".
Ou melhor ainda!:
"O que compõe cada um desses conceitos?".

E é aí que eu, antes de te dar qualquer segundo para pensar numa resposta, apresento minha concepção sobre o tema...

Para mim, a amizade, a compaixão, a camaradagem, o namoro, o noivado, o casamento, a fraternidade, a maternidade, a paternidade, a sociedade (em seu sentido literal) e até, de certa forma, a inimizade, são formas de manifestação amorosa.
Aí você vai me perguntar: "Tá, e se pra você tudo isso é amor, então para que diferenciar, se não podemos fazer com nossos pais o que fazemos com nossos namorados, ou fazer com a sociedade em geral o que fazemos com nossos inimigos específicos?"

E eu vou responder: "Porque cada um desses rótulos (e sim, eu apóio a rotulação...) denomina um certo nível, uma certa forma de manifestar esse amor (...por isso!). O amor que você sente pelo seu namorado só difere do sentido por um colega de classe por ter agregado a ele "uma pitada extra" de confiança, interesse físico e satisfação na companhia. O amor que você sente pela sua mãe não é como o que você sente pela sua filha...são condições diferentes de interação."

E, baseado nisso, deixo no ar o grande tabu: "Por que e pra quem dizer eu te amo? Por que deixamos cada vez mais cedo de dizer eu te amo para nossos pais, amigos, professores...e só lembramos de dizer àqueles com quem nos relacionamos de forma maís íntima...conjugal, para ser mais específico? Por que é errado dizer eu te amo para alguém do mesmo sexo em voz alta, em público, sem ser necessariamente homossexual?".

Eu aposto todas as minhas fichas na associação do trágico, triste, caótico e (...talvez exageradamente dizendo...)(...talvez não...) apocalíptico futuro do nosso "amado" planeta com os "eu te amo"s cada vez menos ditos.

Cada vez mais vemos "eu me amo"s, ou "eu amo isso"s, ou ainda "eu amo por isso!"s....
...mas...não seria essa uma doentia e frágil concepção de amor?

Por que é mais fácil dizermos que amamos uma música do que nosso colega de classe?
Por que é mais fácil dizermos que amamos uma comida do que nosso cachorro?
Por que é mais fácil dizermos que amamos um filme do que o gari, que recolhe nossos dejetos toda semana, embaixo de chuva, sol, com frio, calor?
Por que é mais fácil dizermos que amamos um perfume do que um mendigo que, talvez sem reconhecermos, foi nosso professor no ensino pré-escolar?
Ele não é um ser humano como nós, que possui necessidades, sentimentos, crenças e sonhos como nós?

...pense nisso...
...ame mais...
...ame um amor livre...

[Esse texto é dedicado especialmente à Mah, que me reacendeu em mim a inspiração para escrever nesse blog (que não é láááá uma inspiração, mas deve dar pra aproveitar alguma coisa...) e ao Chris, que entende muito bem quando falo do "eu te amo" entre pessoas do mesmo sexo...rsrsrs. Valeu gente! Amo vocês!]

terça-feira, 30 de março de 2010

Voltei...




Fala galera...

...sei que sumi, mas não os abandonei...
...só precisava me reorganizar, para que o conteudo aqui inserido fosse mais rico e sensato.

Depois de mais de um ano sem postar e estudando (e muito!) psicologia, tive um acréscimo de informações e maturação intelectual absurdamente grande e creio que muitos dos conceitos que já postei devem ser reformulados (principalmente o da violência...)...só não os reeditarei para não perder a fidelidade da evolução de uma mente que adquire novas informações...bem como para não adulterar o conteúdo do blog.....se era isso que eu pensava na época, deve lá permanecer, como "testemunha" de tal fato. Caso eu venha a mudar de idéia sobre algum conceito, postarei aqui com o mesmo nome e com o sinal "#número". Assim, saberão que já foi escrito algo a respeito, mas que é uma nova visão do conceito foi elaborada.

Espero poder atualizar aqui mais frequentemente a partir de agora (apesar da correria com semana de provas e trabalhos, emprego, bandas, etc...).

E...quero agradecer especialmente uma pessoa que me motivou a voltar a escrever...aliás...ela não tem idéia do que mudou minha vida depois de tê-la conhecido...

*Mah B*. (foto) ...dedico a você a retomada de atividade deste blog...afinal, depois de ficar até uma e meia da manhã de sábado conversando sobre física quântica, não tem como ignorar a (provável) importância desse blog para quem quer entender (ou conhecer um novo ponto de vista sobre) algo sem se aprofundar ou se ater ao rigor científico...
Obrigado (mais uma vez...rsrsrs)!!!

Lembrando que tudo o que posto aqui é única e exclusivamente baseado no meu ponto de vista, sem qualquer validade para fundamentação teórica científica, ok? Se quiserem mencionar em seus seminários ou TCCs "Ah, li o blog de um retardado lá que acha isso...", fiquem à vontade...
...só não atribuam a mim suas notas baixas, "certim"? ;) rsrsrsrs

...bakk on trakk again...