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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Baile de máscaras...


Saudações, caro leitor (não, não sou eu na foto...rs)!

É com grande prazer (ou não) que lhe dou as boas vindas ao maior espetáculo da Terra: o "Baile de Máscaras" (ou, em outras palavras, a sociedade em que vivemos)!!!

A razão dessa reflexão que escrevo agora é um artigo que a Nat (ler Nova Inspiração...) publicou no site de sua cidade, Itapecerica.com.

A essa altura do campeonato, você já deve ter notado que vivemos em uma sociedade preconceituosa e formatada, que possui padrões de comportamento e de comuicação para que seus membros convivam harmoniosamente, certo?
E já deve ter notado que aqueles que transgridem esses padrões são imediatamente excluidos desse sistema social, visto que não correspondem ao esperado de um membro, certo?
Muito bem...
E como fazemos quando nossos gostos, vontades, trejeitos, manias, vocabulário, interesses, formas de ver o mundo e outras idiossincrasias não correspondem ao que os outros membros da sociedade esperam de nós?
Como evitar que aqueles encarregados de controlar e punir os infratores nos apontem como transgressores da ordem social por sermos quem somos, gostarmos do que gostamos, pensarmos como pensamos e agirmos como agimos???

É simples...é aí que entra a associação da expressão "baile de máscaras" com o "jogo social"...

Conviver com o outro já é difícil por natureza...já disse um sábio certa vez, "o inferno são os outros"!
E é a mais pura verdade! Nos primeiros contatos, nunca demonstramos ao outro quem realmente somos...sempre nos apresentamos com o melhor que temos a oferecer. Do contrário, não nos arrumariamos e produziriamos tanto para ir a uma festa, à escola, a uma reunião na empresa, uma entrevista de emprego...ao supermercado, às vezes! Afinal, podemos encontrar o grande amor de nossas vidas ou, quem sabe, uma grande oportunidade de negócio quando menos esperamos...e temos que estar preparados, não é?
Mas...por que temos que estar "preparados"? Por que não podemos simplesmente deixar fluir e nos apresentarmos da maneira que nos é mais confortável???

É muito simples: é quase certo que não seríamos bem aceitos! O pré-conceito imperaria, como sempre...

Quantas vezes você já ignorou um mendigo na rua, sem saber que um dia ele foi um milionário que perdeu tudo pelo vício em cassino, por exemplo?
Jogo patológico é uma doença, não "sem-vergonhice"! Assim como o alcoolismo, como o tabagismo e a drogadição de uma forma geral...está além da capacidade de controle deles!
Quantas pessoas por aí não são viciadas em chocolate, em sexo, em Coca-Cola até?!...E quando digo viciadas, vou além da força de expressão...digo, literalmente viciadas!
Mas a aparência, o odor, a alteração cognitiva dele te causam repúdio e te inspiram a manter distância...vai negar?
Pois a linha de raciocínio é parecida quando você se arruma e se "prepara" para se encontrar com outros membros da sociedade...

...e isso nos leva ao baile de máscaras! Você "veste sua máscara mais adequada à situação" e, quando não mais necessária ou conveniente, você a troca...
Durante um processo de conquista de um parceiro amoroso, você NUNCA vai ao primeiro encontro mal vestido, com mal hálito, falando que dorme de meia e usa a mesma roupa íntima a semana inteira, por exemplo...(se o faz, não deve conhecer muitas técnicas de conquista, presumo...e já adianto, se fizer o acima descrito, vai falhar, fato!) .
Isso porque as chances de ser aceito com a conduta acima descrita são mínimas! Mas, se nesse primeiro encontro, você estiver com suas melhores roupas (combinando entre sí, óbvio! rs), perfumado, com hálito refrescante e falando sobre algum assunto de interesse desse "candidato a parceiro", suas chances aumentam em 100%!
Não que seja fácil assim conquistar alguém, mas se você cumprir os últimos passos, não tem muito com o que se preocupar...rs

Mas voltando ao intúito do post, que não é aulas de conquista e sedução...rsrsrs

Depois que você já conheceu o parceiro, ele/ela te conheceu, sairam juntos algumas vezes, se gostaram...lálálá...e finalmente resolveram assumir um compromisso, uma relação...ah, pode contar! Não demora e começam, os dois, a "deixar escapar", geralmente aos poucos, pequenos traços de quem realmente são...talvez por isso seja tão maior o número de divórcios hoje em dia do que era antigamente...não que se usasse menos máscaras antigamente, mas desde o começo aprendia-se a conviver com as diferenças (e, muitas vezes, excentricidades) do parceiro...

Ok...resumindo a conversa...é impossivel, por mais que se queira, assumir seu verdadeiro rosto perante a sociedade. Um filósofo bastante famoso e controverso - Friedrich Wilhelm Nietzsche - tentou convencer o mundo de que estava tudo errado mas, para não ser brutalmente punido (mais do que já era, sutilmente) pela sociedade que não estava pronta intelectualmente para entendê-lo, acabou por "vestir a máscara de louco" (embora alguns acreditem que ele de fato enlouqueceu) e viver seus últimos dias "em paz".

Portanto, caro leitor, minha última mensagem para você (por enquanto) é: "Nunca deixe de ser você mesmo! Nem que seja só para você mesmo...". ;7

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