terça-feira, 9 de novembro de 2010
Verdade...
Verdade...a grande busca das vidas de uns...a eterna fuga das de outros...
Alguns dizem que ela é divina...outros que é relativa...outros ainda que ela não existe...
Mas...o que devemos considerar, afinal?
O que é a verdade? E por quê é? Pra quem é? Como é, onde é...ou melhor...ela é?!
Como de praxe...vamos começar do começo, né? ;D
O conceito de verdade nos traz que é um postulado, uma afirmação (ou como quiser chamar...) que corresponde à realidade...algo em que se pode confiar...
Ok...muito bonito...eu diria até um tanto fácil, até aí...maaaaaas...não tem graça se eu não começar a cutucar, certo? ;P
Como podemos ter certeza de que algo é real? Como sabemos o que é real?
Como podemos acreditar no que alguém diz, se a própria pessoa pode estar enganada quanto ao que afirma, mesmo crendo veementemente no que afirma?
Quando alguém chega até você e diz "Me encontre amanhã às 9h na praça 'X', pois estarei lá te esperando"...se ele não estiver lá, você vai fazer o quê? De que adiantará repreendê-lo por algo que ocorreu e não corresponde ao que ele afirmou?
Como ele poderia saber que não conseguiria estar no lugar marcado, na hora marcada?
Melhor perguntando! Como ele poderia saber que conseguiria estar lá nas condições propostas???
Uma gama infinita de coisas pode acontecer e interferir no caminho dele, o que o levaria a desviar-se do compromisso proposto involuntariamente (ou não)...
E como podemos nos basear nisso para termos certeza do que teremos pela frente em nossas vidas? Como podemos ter certeza de alguma coisa, seja ela qual for?!
Entram então dois pontos a se considerar: mentira e futuro.
Quem disser que nunca mentiu, ao menos uma vez na vida, já está mentindo (ou ainda vai mentir...sinto muito. Odeio concordar com isso, mas é inevitável...)!!!
Mas, o que seria a mentira?
O conceito de mentira propõe que é faltar com a verdade...portanto, é quando se apresenta uma falsa premissa...geralmente de forma proposital, com segundas, terceiras, décimas-quintas intenções...
Mentir às vezes é útil e salva vidas (como, por exemplo, dizer a um assaltante que você não possui dinheiro algum ou que está sem as chaves de casa, logo ele não obterá êxito no furto...), mas às vezes pode levar justamente ao contrário (exemplos clássicos, como Judas e Jesus, Tiradentes e o outro Antônio, entre outros diversos...).
Mentir é uma atitude que leva o praticante a perder credibilidade e confiança de quem é afetado por suas falsas premissas...como no outro clássico, Pedro e o Lobo...o garoto, de tanto mentir, acabou devorado pelo lobo porque o povo deixou de acreditar em seus alarmes falsos...por sinal, brincadeira de extremo mal-gosto, convenhamos...
Mas...se não podemos ter certeza do que é real ou certo (no sentido de certeza, não de correção), não estariamos mentindo constantemente sem sabermos, até o que afirmarmos se concretizar (caso se concretize...)?
O fator futuro é um pouco mais fácil de ser abordado...nem por isso deixa de ser complexo...rs
Futuro é, até que mudem o sentido, um momento que está por vir, trazendo algo que ainda está para ocorrer...
Logo...considerando que até hoje não se chegou a um método crível de ver e conhecer o futuro até que este torne-se presente, como podemos afirmar com tamanha convicção algo que ainda está por ocorrer...ou não? E quando descobrimos que algo que já ocorreu, mesmo que a muuuuito tempo, não é (bem ou totalmente) como nos foi contado?
A única resposta que poderia explicar o que leva o ser humano a insistir nessa conduta é que, se ele não tiver alguma afirmação, alguma certeza para se agarrar...ele enlouquece...ele já não tem mais nada...
Assim, prefere-se acreditar na possibilidade (quase) imutável de que o postulado venha a se concretizar do que viver à mercê de um futuro caoticamente misterioso...
Portanto...só acredite nas palavras acima descritas se estiver disposto a pagar o preço dessa crença...
...mas "consequências" é um texto que ainda está por vir (se o futuro colaborar ;P)...
Aguardem-no...valerá a pena! ;D
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