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domingo, 22 de março de 2009

Orgulho...

Orgulho...

Essa palavra já salvou tantas nações...e já matou tantas pessoas...
...já destruiu e salvou muitas vidas...às vezes simultaneamente...

Como?

Vamos do princípio...

Se pensarmos no orgulho pelo seu aspecto positivo, podemos pensar por exemplo na tamanha gratificação que é ter nascido num determinado país, ou de pertencer a determinada família, ou de torcer para determinado time...
Um orgulho que te faz lutar para defender o amor em questão, muitas vezes cegamente...
Algo que te impulsiona, ferido ou doente, a atender àquela demanda...

Você já deve ter visto ou ouvido falar daquelas pessoas que vão doentes ao estádio num dia de jogo decisivo para seu time, ou que mesmo aleijadas ou também doentes querem ajudar seu país de alguma forma em época de conflito, guerra etc...

Vontade essa que muitas vezes pode fazer a diferença e mudar o resultado daquele "embate", quando o time em questão vence e atribui à torcida sua vitória, ou quando a guerra é vencida pelo lado daquele que, tendo orgulho de sua escolha, de seus ideais, daquilo pelo que lutou até as últimas consequências...

Mas...há também um lado negativo do orgulho...bastante desagradável, diga-se de passagem...

Uma pessoa com orgulho cego por seus ideais não vai abrir mão desses, mesmo que lhe sejam prejudiciais (ou a outros) e ela não perceba (justamente por estar "cega" para as falhas desses...)
Isso pode levá-la (e muitas vezes leva) à auto-destruição...alguém que é orgulhoso demais para admitir que investiu numa empresa que está falindo, ou que está viciado em drogas/álcool/jogos de azar/... e que está perdendo tudo para o vício (tudo mesmo! Isso inclui a presença e a preocupação daqueles que o advertem e não vêem resultado em sua tentativa de auxílio...)
E essa pessoa tão orgulhosa de seus ideais, incapaz de admitir seu erro ou de aceitar ajuda alheia, tende à solidão, ao fracasso, à desilusão...
Alguns se matam...outros viram mendigos...outros ainda acabam em asilos manicomiais...
Alguns simplesmente somem no mundo...

Quanto ao supracitado fato da simultaneidade, posso voltar ao exemplo da guerra...

O orgulho positivo é aquele em que se luta pelo bem de seu país, ou por alguma melhoria para esse, ou para defendê-lo de alguma invasão e salvar assim a vida e a liberdade de seus nativos...
Mas esse mesmo orgulho passa a ser negativo quando se perde o controle e a noção do limite, assim insistindo em combater e sacrificar àqueles que perdem suas vidas nos campos de batalha, ou mesmo em suas casas durante um bombardeio incentivado por uma não rendição...

Cabe agora a cada um ver até onde vai seu orgulho...

sexta-feira, 13 de março de 2009

Violência...

Bem...esse é um ponto delicado de se comentar...

O fato é que a violência está muito mais presente em nossas vidas do que nossos meros olhos físicos conseguem enxergar...

Quando se ouve ou lê o termo, associamo-lo rápida e facilmente a alguma imagem de agressão, em geral física. Mas a violência em sí abrange muito mais que isso...e vai de um pensamento ao genocídio (ou além...).

O termo violência, de forma sintetizada e não baseada em alguma fonte específica, exprime qualquer forma de violação da integridade (seja ela física, moral, psicológica...) de alguém ou algo. É uma forma agressiva de expressar uma idéia de contrariedade e aversão a uma idéia, pessoa, objeto, lugar etc.

Podemos portanto classificar um "desejar-mal" como um ato violento, "evoluíndo" assim para a agressão verbal (onde se encontram as ofensas, humilhações, termos de baixo calão e semelhantes), seguida da agressão física "leve" (como um tapa, um beliscão, um cutucar...), depois algo mais grave (socos, chutes, cotoveladas, joelhadas), mais grave (golpes em regiões frágeis ou sensíveis, como as genitais, ou com objetos como bastões, pedras etc.), mais grave (cadeiradas, facadas, estocadas com objetos perfurantes...), mais grave (disparos de projéteis, uso de armas sofisticadas, técnicas de combate avançadas...)...e assim por diante, até chegarmos a bombas nucleares, campos de concentração e semelhantes...

A questão é...para que tudo isso???

A resposta que explica melhor, apesar de não justificar, essa questão é de certa forma...simples:
A violência é inerente ao ser humano.

Digo mais, aos outros animais também...e porque não alguns vegetais?

Vou explicar como vejo:
Uma planta canívora não se alimenta de carne, de fato...mas, como grande parte dos seres vivos (em geral animais), necessita da morte de outro ser para garantir sua sobrevivência. Matar outro ser é um ato gravíssimo de violência perante nossa sociedade...concorda?

Um leão mata vorazmente um antílope, uma zebra, um gnu para garantir a refeição de seu bando e, consequentemente, sua sobrevivência.
Mais que isso...se um outro leão invade "seu território", ele prontamente agride com alto grau de violência (se é que posso classificar dessa forma) o intruso, a fim de defender sua propriedade e seus membros.

O ser humano não difere, na sua qualidade de animal (teoricamente racional), de um leão, um crocodilo ou outro animal que utiliza de formas violentas para garantir sua sobrevivência, uma vez que você nunca vai ver um crocodilo tentando convencer uma garça a virar seu jantar "de livre e espontânea vontade"...

Mas o que preocupa é que, com todo esse conceito de racionalidade e evolução em relação aos outros seres vivos, o ser humano utiliza de formas muito, mas muito mais avançadas e por muitas vezes até cruéis de manifestar essa violência, já incluindo-se nesses instantes a presença da malícia que o ser humano desenvolveu ao longo de sua evolução no decorrer da história, junto com o orgulho (mencionado anteriormente em outro texto, sobre o qual discorrerei em breve...) e outras circunstâncias que influenciam direta e/ou indiretamente essa violência, então, maldosa.

Mas sobre a maldade também discorrerei posteriormente...

Esse é o ponto-chave desse texto...a "evolução" da violência acompanhando a (suposta) evolução humana...

Se essa violência cruel, muitas vezes gratuita, ainda mais vezes egoísta, continuar a "evoluir"...não consigo imaginar um prolongamento razoavelmente extenso da raça humana, como esperado e imaginado por alguns pequisadores (visto que já há grande número desses contestando essa hipótese)...
Arrisco ainda um encurtamento brusco da existência de nosso planeta, que não resistirá nem suportará o "Arruinar Humano", que acredito que em breve (se já não foi) será tema de muitos mestrados, doutorados, pesquisas, inquéritos etc...
Arrisco ainda, ousadamente...um antecipar do (se é que estava previsto...) fim do universo, dependendo do grau de tecnologia que atingirmos...do grau de violência que experimentarmos...

Mas...são simplesmente suposições inocentes de um desconhecedor do assunto...
Até por isso não creio que o que eu disse deve ser aceito como informação relevante...
Mas como provocação relevante...

De preferência, uma que não gere resultados violentos para minha pessoa... ;D

domingo, 8 de março de 2009

Medo...




Só de se pensar no termo, esse já se faz presente...

Medo de sentir Medo...!

É de uso comum o emprego do termo em nossas vidas, mas...o que é de fato o medo? Qual é o problema em sentí-lo? Não haverá valor algum esse sentimento?

Bem, acho que concordará comigo quando afirmo que a maior parte das pessoas não revela sentir Medo, muito menos qual é ele.

A real razão disso é um sentimento ainda mais forte, que domina nossa vida constante e impiedosamente...para o nosso bem ou nosso mal...: a Vergonha.

Temos vergonha de nos revelarmos medrosos àqueles que nos observam porque, em geral, quem teme não tem força suficiente para enfrentar o temido. E ninguém quer se revelar fraco diante de outros, talvez por (novamente) medo de rejeição, escárnio ou até de posteriormente ser submetido a algum tipo de submissão sendo subestimado por incapaz de reagir ou se defender, dada sua (aparente) fraqueza.

São sentimentos muitas vezes correlacionados, pois atuam quase simultaneamente quando um se manifesta.

Por exemplo...

Quando você deve fazer uma prova na escola e não está seguro do conteúdo, você fica absolutamente apreensivo quanto a essa. Sente medo de não obter êxito considerável e ser tachado pelos colegas de classe de "ignorante", "burro", entre outros apelidos "carinhosos"...

Ou mesmo de sentir aqueles olhares "tortos" quando você passa, te dando a certeza de que construiram uma imagem sua de "fracassado".

Isso resulta, muitas vezes, na tão famosa e de largo uso através dos tempos "cola".

O aluno em questão esquece que a prova nada mais é do que o próprio nome diz: um teste aplicado para avaliar se você está obtendo progressos no aprendizado. Se não está, não há nada de valoroso em consultar fontes de pesquisa para eresponder corretaente às questões cuja resposta você não conhece de fato.

Tudo isso por culpa do Medo de ser tachado, que caminha de braços dados com a Vergonha.

Esses dois tem como um "terceiro aliado" outro sentimento que já causou tantas guerras e disputas que resultaram em tantas mortes e sofrimento quando levado a cabo: o Orgulho.

Mas esse será tema de outra postagem, em breve.

O fato é que esse "coquetel de sentimentos" leva muitas e muitas vezes pessoas de bem, tão promissoras quanto à evolução enquanto ser humano, à derrota de fato, e não a por elas imaginada.

A derrota verdadeira ocorre quando você abdica da sua consciência, da sua moral, da sua ética e comete atos falhos, com frequência prejudiciais (a você e/ou a outros) que te transformam em uma pessoa indigna de confiança, de méritos por conquistas e, uma vez que você recebe ESSES títulos, só tenho uma coisa para lhe dizer, caro leitor: Meus parabéns! Você acaba de se tornar o "ignorante", "burro" e outros apelidos "carinhosos" que tanto temia.

Já disse uma vez alguém bastante evoluído espiritualmente (por falta de termo mais neutro...):

"Preocupe-se mais com sua consciência do que com a sua reputação. Porque a sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles...".

De fato, se você tem consciência de que está fazendo o que é correto (não vou me aprofundar em conceitos filosóficos sobre correção a fim de alcançar meu objetivo com esse texto) e que todos os méritos e elogios que você recebe são de fato pela sua competência, e não por um esforço "roubado", de que importa o resto?

O Medo é necessário nesse instante, quando se está à beira de dar um passo em falso e estragar sua vida permanentemente!

Aliás, o medo é imprescindível ao ser humano! Se nossa espécie fosse "metida a corajosa" desde seus primórdios, provavelmente não teríamos sobrevivido até hoje!!!

A chave da questão é...tenha medo das coisas certas, no momento certo.

terça-feira, 3 de março de 2009

Normal...

Já me peguei pensando, diversas vezes (como acredito que você também o fez e faz...), coisas como: "Como aquele cara é estranho!", ou "Aff...esse enlouqueceu"...ou ainda "Que anormal!". Mas...muitas vezes também paro para refletir...:

O que é, afinal, normal? Como pode-se estabelecer padrões que não acabem por prejudicar alguém - visto que é impossível, até se tornarem padrões e sendo as pessoas diferentes em sua natureza, que haja uma só coisa que TODOS façam igual, da mesma forma, ou com o mesmo objetivo -, contrariando esse alguém em alguma de suas concepções que devem então ser descartadas ou reprimidas para suprir uma demanda ideal?

O fato é que, no exato instante em que se estabelece um "normal", são destruídas infinitas e divergentes identidades que não correspondem ao então instaurado. É como se fossem anuladas...transformadas em pó e jogadas ao mar...

A título de ilustração...:

Imagine que moramos num mundo que, apesar de seus muitos governos regionais individuais, obedece a um poder maior, instiutido...digamos...por um homem mesmo. Desconsiderando as características psicológicas, emocionais e as experiências que construiram esse indivíduo enquanto ser humano, imaginemos que, em seu pleno e sóbrio juizo, esse "Líder" decide que vai estabelecer padrões, a fim de manter uma ordem e controlar mais facilmente qualquer um que tente se rebelar e instaura uma inflexível pena de morte a quem desobedecê-los. A partir de então, quem não usar camiseta preta, calça jeans, cabelo cortado em forma de cuia, sapato marrom (independente de ser homem ou mulher, adulto, criança ou idoso, branco, negro, amarelo, vermelho, rosa, verde com pintinhas amarelas...) e, no caso específico e ABSOLUTO feminino, batom vermelho como única maquiagem...morre. Impassível de perdão, multa como advertência ou qualquer outra forma de prevenção. Desacatou, morreu.

Como ficam as identidades, personalidades, subjetividade de cada habitante desse planetinha, sendo que se é formatado logo ao nascer, tendo seu nome predefinido escolhido numa lista com 3 possíveis?...enfim...

NÃO que eu seja a favor da originalidade a qualquer custo, desobedecendo leis para expressar livremente sua opinião e obrigar as outras pessoas a aceitarem essa imposição de personalidade. De fato, acredito que DEVEM SIM existir alguns limites para que o mundo não vire um caos absoluto, acelerando assim seu processo de destruição - que, diga-se de passagem, já está em velocidade consideravelmente alta.

Mas...quero acreditar que estamos próximos do dia em que será feita, com melhor juizo, uma revisão dos valores realmente imprescindíveis ao ser humano e que não devem ser transgredidos em função da subjetividade do indivíduo...uma reformulação de conceitos que alcancem, com precisão e correção, até onde é seguro, saudável e de direito que o indivíduo seja ele mesmo...e quando é hora de "por as rédeas"...

Espero, sinceramente, que este dia chegue logo...