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domingo, 8 de março de 2009

Medo...




Só de se pensar no termo, esse já se faz presente...

Medo de sentir Medo...!

É de uso comum o emprego do termo em nossas vidas, mas...o que é de fato o medo? Qual é o problema em sentí-lo? Não haverá valor algum esse sentimento?

Bem, acho que concordará comigo quando afirmo que a maior parte das pessoas não revela sentir Medo, muito menos qual é ele.

A real razão disso é um sentimento ainda mais forte, que domina nossa vida constante e impiedosamente...para o nosso bem ou nosso mal...: a Vergonha.

Temos vergonha de nos revelarmos medrosos àqueles que nos observam porque, em geral, quem teme não tem força suficiente para enfrentar o temido. E ninguém quer se revelar fraco diante de outros, talvez por (novamente) medo de rejeição, escárnio ou até de posteriormente ser submetido a algum tipo de submissão sendo subestimado por incapaz de reagir ou se defender, dada sua (aparente) fraqueza.

São sentimentos muitas vezes correlacionados, pois atuam quase simultaneamente quando um se manifesta.

Por exemplo...

Quando você deve fazer uma prova na escola e não está seguro do conteúdo, você fica absolutamente apreensivo quanto a essa. Sente medo de não obter êxito considerável e ser tachado pelos colegas de classe de "ignorante", "burro", entre outros apelidos "carinhosos"...

Ou mesmo de sentir aqueles olhares "tortos" quando você passa, te dando a certeza de que construiram uma imagem sua de "fracassado".

Isso resulta, muitas vezes, na tão famosa e de largo uso através dos tempos "cola".

O aluno em questão esquece que a prova nada mais é do que o próprio nome diz: um teste aplicado para avaliar se você está obtendo progressos no aprendizado. Se não está, não há nada de valoroso em consultar fontes de pesquisa para eresponder corretaente às questões cuja resposta você não conhece de fato.

Tudo isso por culpa do Medo de ser tachado, que caminha de braços dados com a Vergonha.

Esses dois tem como um "terceiro aliado" outro sentimento que já causou tantas guerras e disputas que resultaram em tantas mortes e sofrimento quando levado a cabo: o Orgulho.

Mas esse será tema de outra postagem, em breve.

O fato é que esse "coquetel de sentimentos" leva muitas e muitas vezes pessoas de bem, tão promissoras quanto à evolução enquanto ser humano, à derrota de fato, e não a por elas imaginada.

A derrota verdadeira ocorre quando você abdica da sua consciência, da sua moral, da sua ética e comete atos falhos, com frequência prejudiciais (a você e/ou a outros) que te transformam em uma pessoa indigna de confiança, de méritos por conquistas e, uma vez que você recebe ESSES títulos, só tenho uma coisa para lhe dizer, caro leitor: Meus parabéns! Você acaba de se tornar o "ignorante", "burro" e outros apelidos "carinhosos" que tanto temia.

Já disse uma vez alguém bastante evoluído espiritualmente (por falta de termo mais neutro...):

"Preocupe-se mais com sua consciência do que com a sua reputação. Porque a sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles...".

De fato, se você tem consciência de que está fazendo o que é correto (não vou me aprofundar em conceitos filosóficos sobre correção a fim de alcançar meu objetivo com esse texto) e que todos os méritos e elogios que você recebe são de fato pela sua competência, e não por um esforço "roubado", de que importa o resto?

O Medo é necessário nesse instante, quando se está à beira de dar um passo em falso e estragar sua vida permanentemente!

Aliás, o medo é imprescindível ao ser humano! Se nossa espécie fosse "metida a corajosa" desde seus primórdios, provavelmente não teríamos sobrevivido até hoje!!!

A chave da questão é...tenha medo das coisas certas, no momento certo.

Um comentário:

  1. Como crianças, o medo, eu diria, é a cançao que embala o sono que nos mantém, a todos, no mundo das ilusoes, sonhos e pesadelos... longe da realidade. Ainda somos crianças... antes de nos livrarmos dele, é preciso crescer. ;)

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