Saudações caros leitor, leitora, leitores e leitoras do meu blog...
Resolvi postar isso porque acho relevante...
Vocês devem ter notado que minhas postagens estão tomando, cada vez mais, certo cunho pessoal...mas é porque, cada vez mais, tenho me deparado com situações, dilemas e reflexões que acho de extrema importância compatilhar por aqui...então...lá vamos nós outra vez ;)
Seria de extrema arrogância e ignorância da minha parte ousar afirmar que Luís Vaz de Camões estava errado quando escreveu (ou disse...não necessariamente nessa ordem...rsrs) :
"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
[...]"
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
[...]"
...mas posso dizer, livre de qualquer acusação ou julgamento recriminante, que discordo dele quanto ao trecho que destaquei. E não o faço sem me justificar.
Não convém que eu conte aqui minha história de vida, mas posso dizer que as poucas experiências amorosas sinceras e duradouras que tive até o presente momento foram justamente as que não "arderam" por dentro...
Essas - que vinham como um incêndio e me consumiam até as cinzas...e que não foram poucas - foram meras ilusões, das quais tirei proveito praticamente zero. Os laços mais fortes que já criei até agora, seja na forma de relacionamento com parceiras amorosas, ou de amizades intensas e de maior valor que a linhagem sanguínea que compartilho com alguns...foram, na verdade, como um rio:
Começaram discretos, foram tomando forma com o decorrer do tempo e não me queimavam por dentro, mas me refrescavam quando eu me sentia sufocado...
Vieram flúidos, ininterruptos...e, por mais pedras que existissem no caminho, essas eram sempre contornadas ou subjugadas pela fluidez ininterrompível...por maiores que fossem as pedras no curso desses rios, a água sempre se reencontrava logo em seguida...
Quando tinham que acabar, logo se tornavam lagos, ficando estagnados e parados no tempo e espaço, em algum lugar pelo qual passei...e lá estão até agora...
...ou acabavam por se perder no mar, misturando-se à imensidão e esvaindo-se, espalhando-se...
Mas há rios que até agora fluem em meu caminho...
Rios esses pelos quais busco nadar, mergulhar, navegar...me deixar levar...a maior parte possível de meu tempo...
É neles que encontro frescor para aguentar os dias quentes e abafados...
É neles que lavo meu rosto e mãos, banhando-me de consciência limpa...
É neles que me encontro matando a sede quando penso que não há mais jeito...
É neles que me deixo levar...
...flúido...imerso...envolvido...úmido...amado...vivo!!!
**Dedico este texto à Nat (já mencionada em textos recentes), que tem se mostrado a cada dia mais uma grande irmã, daquelas com quem "não há laço de sangue, mas de alegria e respeito pela vida um do outro".** [Ilusões - Richard Bach]
owwwwnn *-*
ResponderExcluircomo sempre, ficou muito fooda *-* IUOAHIU e concordo plenamente ;B