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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Pré-conceitos vs. Preconceitos...


Hey hey, tudo em paz por aí?

Como mencionado na postagem anterior, depois de uma fervorosa discussão (no bom sentido) com uma grande amiga de tão breve encontro, resolvi ponderar a respeito de preconceitos, que fazem parte dos pré-conceitos...

"Tá, mas...qual é a diferença?!" você deve ter pensado agora...

Basicamente, preconceito é um termo que torna um pré-julgamento - falar a respeito de algo ou alguém baseado em sua aparência ou outra característica superficial - pejorativo, como sendo de cunho discriminatório e vexatório. Mas não deixa de ser um pré-conceito, vindo desse pré-julgamento que acabo de citar.

Quando eu afirmei logo mais acima que você deve ter se perguntado o enunciado, eu estava pré-julgando - logo, pré-conceituando - seu comportamento, caro leitor.

Não, não me recrimine...pois provavelmente você, nesse exato momento, também está me pré-julgando (considerando que não conheça meu íntimo a tempo suficiente para saber como interpreto e porque me manifesto de determinada forma diante de determinados assuntos ou idéias...) e tomando conclusões sobre mim e sobre este artigo baseado no que já leu...o que certamente mudará quando você terminar de ler e, quem sabe, mudará novamente se o ler de novo daqui algumas semanas...meses...anos...

Assim, apresento-lhe que é irracional se dizer "Não se deve julgar as pessoas" ou "Não é certo ter preconceitos", pois é da natureza do ser humano - melhor dizendo, de qualquer animal - interpretar o que lhe é novo pela quantidade e qualidade de informações apresentadas.

Pois, por exemplo, se somente virmos um rapaz atlético, teremos uma idéia de sua personalidade, impostação, interação com as pessoas e o mundo baseados em sua aparência e em experiências anteriores nossas...mas, quando ele emitir alguma frase com conteúdo de complexidade razoável, passaremos a construir um novo conceito sobre ele. E, ao vermos suas reações mediante a determinadas situações, o interpretaremos de outra forma ainda. Ou seja, à medida em que adquirimos mais informações sobre ele, mais complexos e completos nossos conceitos e julgamentos sobre ele se formarão.
Isso acontece com tudo, o tempo todo, pois estamos sendo bombardeados de informações novinhas em folha a cada instante, mas algumas são muito semelhantes a umas já vividas, outras nem tanto e outras absolutamente inéditas.

É inevitável fazer esse tipo de julgamento. Ele é instintivo e garante nossa sobrevivência. Logo, quando nos deparamos com uma situação de perigo ou desconforto, tentamos buscar em nossa memória as informações e conceitos mais próximos que tivermos para estabelecer um parâmetro e podermos comparar, de modo a nos adaptarmos mais facilmente a situações semelhantes ou idênticas às já experimentadas.

Mas a grande problemática envolvida nesse assunto, que o torna tão polêmico e condenável, é como expomos e lidamos com esses pré-julgamentos!
Não podemos evitar conhecer mais profundamente aquele ou aquilo que nos é apresentado apoiados em nossas impressões superficiais. Esse é o grande erro da humanidade!
E, ao afirmar isto, estou SIM julgando e estou SIM conceituando, passível de acusações e retaliações de sua parte e daqueles mais que souberem da existência deste texto...sabe por quê?
Porquê incomoda demais ao ser humano ser acusado...ouvir de outro ser humano que suas atitudes, idéias, gostos e afins não são bem vindos, rotulados por vezes como "errados", "inadequados", "desmedidos", "estranhos" e até mesmo "bizarros"! Ferem-lhe o orgulho esses comentários. E torna-se doentio e desumano quando essas opiniões tão subjetivas, tão íntimas, são expostas direta ou indiretamente como forma de ofender ou atacar outra pessoa.

Não, não defendo o racismo, a disputa religiosa ou política, a homofobia e todo o resto. Não é isso.
Devem ser punidos SIM, de alguma forma, aqueles que ferem e/ou prejudicam outra pessoa com seus atos covardes de hostilidade por desinteresse ou aversão a características de pessoas!
Mas não se deve banalizar e tornar pejorativos os termos "pré-julgamento", "julgamento" e "pré-conceito". Se assim fosse, não faria sentido existir um tribunal de justiça, no qual um ser humano acusa e condena outro ser humano que tomou uma atitude baseado em suas convicções e crenças a determinadas penas. É capaz de discordar, caro leitor?!

O julgamento é necessário para que o ser humano aprenda com o próximo a evitar repetir seus erros. O estabelecimento de um pré-conceito é necessário para nos aproximarmos ou nos afastarmos daquilo que nos representa agrado ou repulsa, segurança ou ameaça.
Só não se deve deixar se limitar às primeiras impressões, ignorando uma realidade, um "mundo" inteiro novo que pode te surpreender.

Até breve ;)

Um comentário:

  1. Faltou um pouco de coerência ao longo dos parágrafos mas a ideia discorrida é fatual. Gostei, só precisava ser mais objetivo. rs

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