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segunda-feira, 7 de março de 2011

Liberdade... #2


Fala galera!

Venho aqui hoje revisitar o tema "Liberdade...", já abordado anteriormente.
Me deparei com uma situação um tanto delicada, que eu já vivi anteriormente, e pela qual vi um dos grandes amores da minha vida, minha estimadíssima Minnie - que ganhará um post mais detalhado posteriormente ♥ -, passar recentemente: amor à distância.

Nada contra...se você lida bem com isso, parabéns. Mas o fato é que é raro que isso dê certo, pois o ser humano é um ser social, cheio de defeitos e necessidades, que simplesmente não consegue viver sozinho. Como já comentei em "Liberdade...", solidão é um tema que abordarei assim que possível, mas vamos ao que interessa.

Eu e essa grande amiga nos conhecemos pela internet a menos de um ano, na época "rolou um baita affair" de ambas as partes, mas com o tempo, naturalmente fomos nos dando espaço para vivermos nossas vidas de forma livre, pois a distância - dentre outros diversos fatores - era um complicador e tanto na efetividade de nossa relação. Ambos estávamos carentes e ambos viamos - e acho que posso dizer que ainda vemos...rsrs - um no outro algo que preenchia esse vazio que sentiamos.

Até aí, tudo bem. A questão é que algum tempo depois ela se apaixonou perdidamente por um estrangeiro, também via internet, e até planejavam se casar. Ele dava atenção a ela, se importava, a queria e prometia-lhe o mundo. Era até "bonitinho" de se ver...rsrsrs
Mas aí vem a grande chave dessa postagem: ele se empolgou...e ela, com o gênio nada fácil que possui, cansou da constante exigência de atenção e carinho por parte dele.
Então ela começou a se afastar da internet, evitar um contato social virtual de modo geral e, de vez em quando, recorria secretamente a mim para desabafar. Enfim, ela percebeu que não aguentaria viver uma relação com uma pessoa que, entregue à carência e ao encanto por ela - que é, de fato, incrível -, a controlava todo o tempo que podia.

Outro caso semelhante é de um grande amigo que tenho até hoje como um irmão, que era baterista da minha banda, mas "encontrou o amor da vida dele" e decidiu que era aquela a vida que realmente desejava. Cá estou eu com minha banda hoje e lá ele com a esposa e a vida que ele construiu. Ainda nos falamos, mas é uma situação que alavanca uma série de questões.
Eu não tenho direito, nem o intuito, de julgar a atitude deles aqui, mas devo apontar que esse meu amigo também conheceu sua atual esposa pela internet, que morava em outro estado, e era nítida a situação de controle por ambas as partes - dele e dela.
A grande diferença entre minha amiga primeiro citada e esse amigo que citei agora é que ele aceitava a situação de controle, não se sentia lá muito incomodado ou prejudicado com isso; Minha amiga não. Ela sente que nasceu para ser livre, e que não há pessoa no mundo que ponha rédeas em seu coração e sua vida.

Onde entro nisso? Há alguns dias ela me perguntou o que deveria fazer, pois estava exausta mas com medo de ferir os sentimentos dele. E eu, sensatamente baseado em tudo o que já vi e vivi, sugeri que ela buscasse a felicidade, com ou sem ele.
O rompimento poderia ser doloroso, mas era necessário para a saúde e o bem estar de ambos.

Fiz uma alusão à seguinte metáfora:

"Imagine que você foi atingida por uma flecha, ou uma bala. Se você tentar tirar lentamente, vai doer e você nunca vai conseguir executar o ato; assim, acabará deixando lá como está, uma ferida aberta esperando infeccionar e piorar. Agora, se você respirar fundo e tirar de uma vez só, a dor instantânea será um tanto maior, mas a ferida está pronta para receber tratamento e a dor cessa muito mais rápido que se o projétil permanecer dentro do ferimento. A cada movimento um pouco mais brusco, o projétil lhe causará dor, ao passo que sem ele lá, o corpo se encarrega de se curar. Com falta de sorte, lhe restará uma cicatriz dentro de algum tempo, mas a dor já terá ido embora".

A que ponto o ser humano é capaz de dominar ou se deixar dominar, anular e entregar suas vidas inteiras a outros que, muito provavelmente, não serão capazes de cuidar de algo além de suas próprias vidas?
Novamente, não sou contra relacionamentos - à distância ou não -, mas sou a favor da liberdade e do respeito à identidade acima de qualquer coisa. E se uma relação for doentia o suficiente para anular uma das partes, não a vejo digna de se manter existente.

Valorize sua liberdade, antes que seja tarde. Costumamos aprender a valorizar algo quando o perdemos, mas não deve ser assim...o ideal é que aprendamos a pesar o que realmente importa em nossas vidas e lutar com unhas, dentes e tudo o mais possivel, por isso.

Até a próxima! ;)

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