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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Futuro... #2


Continuação da postagem inspirada na minha muy prezada P.M., quem estive acompanhando por um tempo (tem link pra um dos blogs dela aqui, na seção Friends & Fiends) e me fascina de uma forma muito misteriosa. Não é o tipo de pessoa em que se esbarra nas esquinas da vida com frequência (quem dera fosse...o mundo seria, definitivamente, um lugar infinitamente melhor...rs).


*** pt. 2 ***

Quem é você pra mim? E quem sou para você? E somos quem somos para nós, ou para os outros, ou para todos...ou para ninguém?!
Como nos dedicamos a acreditar que as pessoas com quem nos relacionamos são quem esperamos que elas sejam, ou que elas são quem demonstram ser...e quantas vezes nos surpreendemos, nos arrependemos, nos orgulhamos e nos equivocamos com essas crenças?

Como saber se alguém é quem aparenta ser?

Bem...há diversas formas de ver isso...a maioria pautada em filosofia, psicologia, antropologia, sociologia e outros estudos voltados ao ser humano, mas...como esse não é um blog científico, pelo contrário, vou passar por um pouquinho de algumas dessas visões e por outras mais puxadas pra um senso comum, uma interpretação de cunho mais...pessoal...subjetivo...quiçá até tendencioso e suspeito...mas que seja.

Como abordado na postagem anterior, não somos capazes de ter controle sobre eventos por vir...e, igualmente, sobre as vidas com as quais as deparamos, que cruzam nossos caminhos ao longo do tempo, com as quais nos vemos obrigados, compelidos ou simplesmente favorecidos em lidar.
Cada ser humano é único, e essa singularidade pode ser paradoxal, a partir do momento em que conseguimos estabelecer padrões de comportamento, de comunicação e de identificação entre indivíduos de lugares diferentes, culturas diferentes, valores e criações diferentes e que, além de tudo isso, nunca se conheceram, sequer trocaram uma palavra, um olhar.

Como seria, então, possível estabelecer esses padrões, se cada indivíduo é único?
O fato é que não somos tão únicos quanto pode parecer. Desde seus primórdios, a humanidade (que não era tão populosa quanto hoje) começou a desenvolver padrões de comportamento diante de resultados positivos que tinham frente a experiências pelas quais se viam obrigados a passar...experiências de caça, de busca de abrigo, de necessidade de se manterem aquecidos, protegidos, enfim, vivos.
Esses comportamentos "adequados", assim digamos, foram sendo transmitidos de indivíduo para indivíduo, de geração em geração, de quem descobriu para quem passou a conhecer aprendendo. Isso, ao longo das eras, foi se modificando conforme a expansão territorial trouxe adversidades para as quais foram necessárias adaptações em alguns desses comportamentos. Povos de regiões mais frias passaram a se comportar diferente de povos das regiões mais cálidas, ainda diferentes dos povos que passaram a habitar montanhas, praias e florestas.
Com o desenvolvimento tecnológico (da roda à polvora, do fogo ao aço cirúrgico, da faca de pedra ao laser), novos comportamentos e técnicas foram sendo desenvolvidas e, igualmente, transmitidas a cada geração. Isso explicaria o padrão em pessoas distintas de várias partes do mundo.

Por outro lado, a forma como as pessoas lideram com determinados eventos diante de determinadas situações diferiram, e isso fez toda a diferença em algum momento do progresso da espécie. Povos se desenvolveram antes e/ou melhor que outros diante de escolhas que seus líderes (ou mesmo meros membros populares não-detentores de grandes poderes) tomaram. Escolhas essas por muitas vezes baseadas em suas crenças. Apostas feitas que por vezes deram certo, por vezes não.

...seja como tem sido, acabou nisso aqui. Só nos resta tomar consciência de como nossos atos, cada um deles, de cada piscada e respiração a cada grande escolha tomada, interfere no que vem pela frente...

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