Gostaria de dedicar essa postagem a todas as "pessoas públicas" com quem tenho tentado estabelecer contato frequente há algum tempo...
O que leva uma pessoa a acreditar que o alcance e a admiração de um público as faz diferentes (além do óbvio, em se falando de diferenças) daqueles que tentam se aproximar e estabelecer uma relação além de fã-famoso? Por que tem que ser tão difícil acessar e conseguir "ganhar" essas pessoas, que são tanto quanto (ou, às vezes, até menos que) nós enquanto indivíduos, mas nas quais vemos algo que nos parece relevante, interessante, valoroso para ser alguém com quem compartilhar momentos e experiências de nossas vidas?
...por que NÓS temos que lembrá-los de que são pessoas como nós?...
Desde que a humanidade se constituiu em sociedade, com posições hierárquicas e divisão de tarefas, alguns indivíduos se deram o direito/a condição de estabelecer um ar de superioridade, uma pose de autoridade, uma presença notória e nitidamente segregadora. O problema nem é esse, afinal, funções diferentes de pessoas diferentes dentro de um grupo social, por natureza, já constituem segregação.
A questão é a segregação depreciativa. Aquela em que as diferenças entre um indivíduo e outro dão a entender (indevidamente) que um deles é mais merecedor, valoroso, importante, influente ou significativo que o outro.
Esse clichê de dizer "somos todos iguais" é, obviamente, uma frase de efeito para tentar quebrar os paradigmas preconceituosos raciais, genéricos/sexuais/sexistas, religiosos, trabalhistas e afins. Mas nada mais é que uma falácia. E, enquanto falácia, não resolve o problema.
Há de se considerar as diferenças, individualidades e idiossincrasias de cada indivíduo. Afinal, é esse papo de "somos todos iguais" que vem anulando, massificando e formatando as pessoas ao longo do tempo. O capitalismo, por natureza, já instaura a idéia de "ter" em vez de "ser"; ainda se propagando o pensamento de "somos iguais", as pessoas têm se tornado autômatas, praticamente "ciborgues" de carne e osso, no sentido original da expressão (do inglês cyborg, abreviação para cybernetic organism - literalmente, organismo cibernético). Nos tornamos, cada vez mais, "um só". Mas não "um só" no sentido bonito do Rei Leão, onde as diferenças formam um todo belo e complexo, mas "um só" no sentido de que somos, cada vez mais, réplicas uns dos outros...corpos que se movem e sobrevivem em função de falsos ideais de gosto, de interesse, de valores, de objetivos e motivações para a vida.
Quando alguém te perguntar "qual é sua motivação de vida?", se quer saber qual é sua meta de vida. O que te move. Para que você vive?
A origem e o objetivo de nossa existência permanecem um segredo obscuro até os dias de hoje, mesmo detendo toda a tecnologia e conhecimento que produzimos e adquirimos ao longo dos não poucos séculos de existência de nossa espécie sobre a face desse planeta. Mas, como já dizia Sócrates: "Uma vida sem um objetivo não é digna de ser vivida". Passamos, então, a estabelecer "metas maiores" para alcançarmos enquanto respirarmos. Alguns queriam pisar na lua, outros compor uma obra-prima (seja musical, plástica, cênica, arquitetônica, escrita...), outros ainda fazer uma grande descoberta científica, resgatar uma nação da decadência, salvar-vidas de pessoas e/ou animais, e por aí vai.
...e aí? De que terá valido todo o investimento feito na sua pessoa até seu último suspiro? Todo o ar que você consumiu, todo alimento, água, energia, espaço ocupado...?
Parece um pensamento extremamente frio, racional e odioso, mas não é! É uma reflexão lógica!
Eu não me importaria de morrer de fome pra sustentar outro Galileu, Einstein, Mozart...pessoas que marcaram a história e foram notórias por sua contribuição para o desenvolvimento da sociedade em que vivemos hoje! Indivíduos que deixaram um legado colossal...e o que estamos fazendo com isso???
JOGANDO NO LIXO!
Façam um favor a si mesmas, celebridades vazias e irracionais...façam suas vidas valerem a pena, por favor! ;)
Ainda acho que você deveria se classificar ao todo (nortear suas postagens de acordo que sigam uma linha de raciocínio) e escrever um livro! Sou toda apoio! :)
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