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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Igualdade...


Fala moçada!

Em clima de Natal, venho novamente trazer à tona um assunto interessante e polêmico (para não perder o costume ;P)...a igualdade.

Desde 1948, temos um código mundial de respeito ao próximo, independente de sua cor de pele, gênero, religião, opção sexual, política, esportiva e lálálá...tudo isso porque "somos todos iguais".
A idéia é boa...mas traz problemas de interpretação, se for levada à risca...e, se não deve ser levada à risca, que seja adaptada para sua real intenção.
Vou mostrar o porque...

A biologia diz que o organismo humano segue padrões de funcionamento e reações químico-físio-biológicas em relação ao ambiente e diversos estímulos, por aí vai...até aí, tudo bem...não vamos ser paranóicos também de considerar as diferenças de indivíduo pra indivíduo a nível celular ou algo semelhante...mas uma coisa é fato: o igual não existe.

Já diziam antigos filósofos gregos que, por mais parecida que uma coisa seja com outra, eles nunca serão iguais pelo simples fato de não serem a mesma coisa. Dois carros fabricados por uma mesma fábrica não durarão a mesma coisa, nem terão os mesmos defeitos na mesma época, mesmo que sob a "mesma" condição de conservação (até porque essa não existe).
Se você pegar duas pedras de mesmo tamanho e formato semelhante e arremessar as duas com o mesmo braço, na mesma direção, sob a mesma velocidade de vento, tentando ao máximo reproduzir a mesma força em ambos os arremessos...enfim...elas nunca vão atingir exatamente o mesmo ponto ao cair. Isso porque elas não são a mesma, apesar de terem massa, formato, volume e outros atributos extremamente próximos. Isso porque, por mais próximos que sejam, é impossível que sejam o mesmo...por serem mais de um.

Ok...não é por isso que estou escrevendo essa postagem, mas é uma constatação valiosa.
Vamos ao que interessa...

Quando foram criados os direitos e deveres humanos, consideraram o ser humano como "igual", apesar de suas diferenças...mas ele não é.
Adultos têm deveres e direitos que crianças e idosos não têm. Homens têm deveres e condutas inaplicáveis a mulheres e vice versa. Alguns homens tem direito a benefícios que outros não tem. Uns mandam, outros obedecem e só isso já desqualifica sua igualdade. Se fossem iguais, não haveria necessidade de hierarquias, de diferentes camadas sociais, de sindicatos, ONGs e outros tantos recursos que buscar satisfazer necessidades específicas de pessoas específicas por razões específicas.
São essas necessidades específicas que nos tornam únicos e subjetivos. Podemos trazer o velho jargão "o que seria do azul se todos só gostassem de amarelo?" para fazer minha postagem ter mais sentido...mais uma contra-prova que apresenta meu ponto de vista de forma explícita, mas que passa despercebida...rs

Ninguém é igual a ninguém, pelo simples fato de que cada pessoa tem experiências únicas!
Quantos casos de gêmeos idênticos que são totalmente diferentes entre si num contexto geral não aparecem por aí o tempo todo?! Eles vêm dos mesmos pais, possuem o mesmo signo, mesma criação...tudo "igual"! E o que os leva a ser tão diferentes um do outro então?
Justamente essas características subjetivas, que resultam da forma como cada um interage com o mundo!

Agora...se entre gêmeos idênticos isso é tão comum...imagine entre pessoas absolutamente diferentes, com criações e valores diferentes?

Por isso ressalto...não é que devamos usar nossas diferenças para acusar, apontar, discriminar, desvalorizar ou qualquer coisa do gênero em relação a outras pessoas...pelo contrário, devemos absorver uns dos outros o que tem-se de melhor a ser e reproduzir...somente assim chegaríamos mais perto de poder dizer que somos quase iguais ;D

Obs.: Essa postagem também terá uma continuação em breve...aguardem ;)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Consequências...


"Tudo tem um preço".

Uma frase que a cada dia, a cada hora, a cada segundo de minha vida faz mais sentido.

Desculpe por não iniciar essa postagem cumprimentando-o como de costume, caro leitor, mas este é definitivamente um dia em que as coisas não estão seguindo o rumo que deveriam.
Não convém os detalhes do meu dia a essa postagem, mas parece-me que algo grande está a caminho...sei lá...simplesmente tenho essa impressão...

Bem...vamos ao que interessa...

Você já parou pra pensar que, de alguma forma, tudo pelo que está passando hoje pode ser reflexo de atitudes e escolhas passadas (suas, de pessoas ligadas a você e até de pessoas que você não conhece)?
Não falo de uma coisa ou outra...mas de tudo!
Se analisarmos pelo prisma que estamos sempre, geração após geração, seguindo os passos daqueles que já passaram por aqui e marcando o caminho percorrido para os que ainda estão por vir...veremos que nossa vida é só mais uma tábua da ponte e que tudo o que vivemos vem de uma reação em cadeia.
E não importa o quanto se lute para inovar...o produzido é, certamente, reproduzido de algum lugar. Somos a todo momento bombardeados por informações e influências de tudo o que experimentamos ou conhecemos e, inevitavelmente, adaptamos o que nos é relevante ao nosso cotidiano, a nossas ações, a nossas concepções de mundo...

Prefiro considerar que a profissão mais antiga do mundo não seja, como proferido aos quatro ventos, a prostituição...mas sim a de professor. É inato que aprendamos a maior parte de tudo o que sabemos e fazemos com nosso próximo, sendo um mínimo experimentado por conta própria sem primeiras influências...o que não quer dizer que ninguém tenha tentado antes.
Seja por imitação instintiva ou por incentivo (ou mesmo obrigação), todos nos baseamos nos que já exerceram e os que ainda exercem as funções sociais e profissionais para, um dia, ocuparmos seus lugares... e é de comum agrado que aprendamos bem, pois um dia alguém aprenderá conosco também...seja por observação instintiva, seja por incentivo/obrigação.

Há pesquisas recentes que afirmam, inclusive, que aprendemos melhor com os erros dos outros do que com os nossos. Ao vermos alguém errar, as chances de cometermos o mesmo erro são menores do que quando cometemos nós o mesmo erro. Isso nos traz, portanto, que praticamente (para não ser radical [demais...rsrs]) tudo o que fazermos é advindo de algo já feito por alguém.

Ok...depois de toda essa divagação, apresento por fim meu real propósito com esse texto:
Deveríamos nos policiar mais quanto ao que dizemos, pensamos e fazemos pois, querendo ou não, isso vai afetar tudo que vier depois. Por exemplo, se a energia nuclear não tivesse sido descoberta, tudo seria absolutamente diferente hoje. Assim como ocorreu com a mecânica, a cartografia, a astronomia, a filosofia, a matemática, a fisiologia, a psicologia e taaaaaaantas outras áreas de estudo.
Não há, porém, necessidade de entrar em paranóia e começar a delirar sobre todas as influências que cada atitude sua pode gerar, como em um efeito borboleta (ver Paralelos... e Paralelos #2...). Se todos começarem a entrar nessa onda paranóica extra-vigilante, o mundo vira (ou volta a ser) um caos.

O que proponho é que sejamos mais conscientes quanto a atitudes e pensamentos que tendem a nos beneficiar, quando esses podem não trazer benefícios a outros (ou pior, trazê-los prejuízos). Ou mesmo quanto a atitudes que não nos custam nada, mal nos tomam algum tempo, mas que podem fazer toda a diferença para alguém que esteja precisando. Se todos passarmos a pensar assim, logo chegaremos muito perto (para não dizer efetivamente) do conceito da "corrente do bem". A corrente do bem é um movimento que, não se sabe ao certo quando, onde, como ou por quem surgiu, mas que se propõe a tornar as pessoas mais altruístas, fazendo uma boa ação a um desconhecido e, exigindo como recompensa, simplesmente que o favorecido ajude gratuitamente a algum outro desconhecido necessitado. Assim, cria-se um efeito dominó, onde pessoas ajudam pessoas de modo gratuito e de bom grado, criando um ambiente e uma sociedade muito melhores, mais fortes, unidos e bem estruturados.
É quase impossível que isso seja possível de ser posto efetivamente em prática, pois a natureza humana, corrompida originalmente, tende sempre ao egocentrismo e à supremacia perante o semelhante. Mas, se algum dia isso (por milagre) for concretizado e alguém encontrar este meu texto perdido na rede...eu gostaria que divulgasse. Assim, a nova sociedade, reconstruída com reconscientização pelos que sobreviverem às catástrofes que se aproximam, vão saber que "nem todas as laranjas do cesto eram podres" antes da "faxina"...rsrsrs

Algo me diz que não acaba por aqui...mas a continuação para este texto vou deixar para um momento futuro, pois há algumas ideias a amadurecer e aperfeiçoar, bem como algumas críticas a se ouvir e considerar, antes de prosseguir...

Por enquanto, fique bem e sugiro que reflita sobre o que acabou de ler...independente de seguir meu conselho ou não, o que quer que faça vai gerar uma consequência...não se esqueça! ;)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Pré-conceitos vs. Preconceitos...


Hey hey, tudo em paz por aí?

Como mencionado na postagem anterior, depois de uma fervorosa discussão (no bom sentido) com uma grande amiga de tão breve encontro, resolvi ponderar a respeito de preconceitos, que fazem parte dos pré-conceitos...

"Tá, mas...qual é a diferença?!" você deve ter pensado agora...

Basicamente, preconceito é um termo que torna um pré-julgamento - falar a respeito de algo ou alguém baseado em sua aparência ou outra característica superficial - pejorativo, como sendo de cunho discriminatório e vexatório. Mas não deixa de ser um pré-conceito, vindo desse pré-julgamento que acabo de citar.

Quando eu afirmei logo mais acima que você deve ter se perguntado o enunciado, eu estava pré-julgando - logo, pré-conceituando - seu comportamento, caro leitor.

Não, não me recrimine...pois provavelmente você, nesse exato momento, também está me pré-julgando (considerando que não conheça meu íntimo a tempo suficiente para saber como interpreto e porque me manifesto de determinada forma diante de determinados assuntos ou idéias...) e tomando conclusões sobre mim e sobre este artigo baseado no que já leu...o que certamente mudará quando você terminar de ler e, quem sabe, mudará novamente se o ler de novo daqui algumas semanas...meses...anos...

Assim, apresento-lhe que é irracional se dizer "Não se deve julgar as pessoas" ou "Não é certo ter preconceitos", pois é da natureza do ser humano - melhor dizendo, de qualquer animal - interpretar o que lhe é novo pela quantidade e qualidade de informações apresentadas.

Pois, por exemplo, se somente virmos um rapaz atlético, teremos uma idéia de sua personalidade, impostação, interação com as pessoas e o mundo baseados em sua aparência e em experiências anteriores nossas...mas, quando ele emitir alguma frase com conteúdo de complexidade razoável, passaremos a construir um novo conceito sobre ele. E, ao vermos suas reações mediante a determinadas situações, o interpretaremos de outra forma ainda. Ou seja, à medida em que adquirimos mais informações sobre ele, mais complexos e completos nossos conceitos e julgamentos sobre ele se formarão.
Isso acontece com tudo, o tempo todo, pois estamos sendo bombardeados de informações novinhas em folha a cada instante, mas algumas são muito semelhantes a umas já vividas, outras nem tanto e outras absolutamente inéditas.

É inevitável fazer esse tipo de julgamento. Ele é instintivo e garante nossa sobrevivência. Logo, quando nos deparamos com uma situação de perigo ou desconforto, tentamos buscar em nossa memória as informações e conceitos mais próximos que tivermos para estabelecer um parâmetro e podermos comparar, de modo a nos adaptarmos mais facilmente a situações semelhantes ou idênticas às já experimentadas.

Mas a grande problemática envolvida nesse assunto, que o torna tão polêmico e condenável, é como expomos e lidamos com esses pré-julgamentos!
Não podemos evitar conhecer mais profundamente aquele ou aquilo que nos é apresentado apoiados em nossas impressões superficiais. Esse é o grande erro da humanidade!
E, ao afirmar isto, estou SIM julgando e estou SIM conceituando, passível de acusações e retaliações de sua parte e daqueles mais que souberem da existência deste texto...sabe por quê?
Porquê incomoda demais ao ser humano ser acusado...ouvir de outro ser humano que suas atitudes, idéias, gostos e afins não são bem vindos, rotulados por vezes como "errados", "inadequados", "desmedidos", "estranhos" e até mesmo "bizarros"! Ferem-lhe o orgulho esses comentários. E torna-se doentio e desumano quando essas opiniões tão subjetivas, tão íntimas, são expostas direta ou indiretamente como forma de ofender ou atacar outra pessoa.

Não, não defendo o racismo, a disputa religiosa ou política, a homofobia e todo o resto. Não é isso.
Devem ser punidos SIM, de alguma forma, aqueles que ferem e/ou prejudicam outra pessoa com seus atos covardes de hostilidade por desinteresse ou aversão a características de pessoas!
Mas não se deve banalizar e tornar pejorativos os termos "pré-julgamento", "julgamento" e "pré-conceito". Se assim fosse, não faria sentido existir um tribunal de justiça, no qual um ser humano acusa e condena outro ser humano que tomou uma atitude baseado em suas convicções e crenças a determinadas penas. É capaz de discordar, caro leitor?!

O julgamento é necessário para que o ser humano aprenda com o próximo a evitar repetir seus erros. O estabelecimento de um pré-conceito é necessário para nos aproximarmos ou nos afastarmos daquilo que nos representa agrado ou repulsa, segurança ou ameaça.
Só não se deve deixar se limitar às primeiras impressões, ignorando uma realidade, um "mundo" inteiro novo que pode te surpreender.

Até breve ;)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Papo-cabeça #01 - Asphyxia


Essa madrugada tive um novo insight de um assunto cuja discussão é de extrema importância e que também me foi provido, acidentalmente, conversando com uma pessoa que, apesar do pouco tempo que conheço, já contribuiu com muito em meu aperfeiçoamento em reflexões: Asphyxia (como ela prefere ser identificada).
Obrigado, girl...você me fez lembrar que, por mais que queiramos e tentemos, não podemos evitar a construção do conceito sobre algo ou alguém sem nos basearmos, a princípio, em pré-conceitos - que é meu novo assunto, no post seguinte...

...aguardem ;)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sonhos...


Boa noite (ou bom dia...acaba de passar da meia noite...rs)!

Esse tema é algo que eu deveria ter abordado junto com Paralelos, mas "por alguma razão obscura", como diria um amigo meu, acabei vindo a concebê-lo apenas recentemente...

Você já parou para pensar no que é a realidade? E no que não é real?
Bem...tenho certeza que sobre a natureza dos seus sonhos você já deve ter parado para pensar, pelo menos alguma vez! Já deve ter se perguntado se seriam eles profecias de coisas ainda por acontecer, manifestações de desejos inconcientes ou mesmo uma forma surreal de armazenar e recapitular o que foi vivido naquele dia...

...mas...como podemos ter certeza de que, quando dormimos, não estamos, na verdade, acordando? Quero dizer...muitas vezes nossos sonhos apresentam características e sensações tão realistas (como em alguns pesadelos ou sonhos com cenas marcantes, com forte conteúdo emocional envolvido) que chegam a parecer reais e só nos damos conta de que estávamos sonhando quando acordamos.
Mas...e se, na verdade, o mundo em que "acordamos" é o onírico e, por alguma razão, estamos fadados a "retornar para o sonho" após alguns momentos de revivência da (possível) realidade?

Para quem assitiu o filme Matrix (outra obra-prima cinematográfica que amo), fica mais fácil entender o conceito que exponho. De forma bastante resumida, o protagonista - Neo - é "o escolhido" para salvar a humanidade - ou o que restou dela - num futuro pós-apocalíptico, o qual nos revela no decorrer do filme que o que acreditamos estar vivendo é, na verdade, um "super-programa de computador" que, a partir da nossa "vivência", gera energia para a realidade arruinada que luta para se defender de vírus super-poderosos.
Ok, surreal até demais, tenho que concordar...mas se formos considerar essa possibilidade...de que tudo o que acreditamos ser real é, na verdade, virtual e programado para ser assimilado como verdadeiro...não estamos tão longe, você há de convir comigo. Numa era onde a Inteligência Artificial já não é mais tão "coisa de cinema" assim, a internet já é um fator imprescindível na vida do ser humano enquanto ser social e a tecnologia voltada à infromática e à robótica está cada vez mais avançada...as chances são maiores a cada dia...

Mas falarei de "Tecnologia" em outro texto, mais futuramente...

...voltando ao fio da meada...mesmo que não entremos no campo tecnológico...por que não poderiamos estar vivendo, na verdade, um sonho construído com alguma intenção, sendo meras personágens dele, e nossas essências - entenda-se por essência a alma, o espírito, ou como quiser chamar - serem simplesmente ferramentas, ou ainda, sendo cenário interativo por algum propósito?

Está ficando complexo, né?

Ok. Vamos puxar outro exemplo...o filme A Origem, com Leonardo DiCaprio representando uma pessoa com a habilidade de invadir sonhos e extrair informações de pessoas enquanto elas dormem. Durante o sonho, essas pessoas percebem o mundo à sua volta como sendo real, nem desconfiando do que se passa de fato. Quando acordam, segredos muito bem guardados estão então nas mãos de alguém...alguém que pode fazer o que quiser com essas informações...
Mas, ainda dentro desse filme, há aqueles que percebem que estão sonhando e tentam, de alguma forma, acordar antes que o extrator - como o invasor é chamado - obtenha êxito. O que eles não esperam é acordar dentro de outro sonho...como se estivessem numa camada inferior onírica, vindo para uma mais rasa, mas ainda um sonho.

E é aí que eu queria chegar! Quem garante que, quando acordamos, o fazemos plenamente?
Como podemos ter certeza de que nossas experiências aqui não são meramente vituais - tecnologicamente falando ou não?

É algo que, assim como o tema de Paralelos - que aborda essa questão da existência de realidades paralelas que estão fora de nosso controle -, estamos longe de chegar a uma resposta tão cedo.

Resta-nos esperar para acordar...ou dormir...rs

Bons sonhos! ;)